Autor: Resistência TJ
Olá,
irmãos de batalha. Talvez vocês já tenham assistido minha análise sobre o
discurso absurdo de Gary Breaux no congresso das Testemunhas de
Jeová de 2021 sobre autodefesa, onde o orador defendeu uma visão distorcida em
relação às Escrituras. Em resumo, Breaux defendeu, com o aval do Corpo
Governante, que um cristão não pode se defender se isso for machucar ou ferir
alguém, mas deve morrer indefeso assim como supostamente Enoque teria feito,
pois tal morte agradaria a Jeová.
Você
pode assistir ao vídeo logo abaixo. (Peço perdão porque digitei errado, escrevi "Poscast" ao invés de "Podcast" e só percebi isso depois que havia publicado o vídeo. Por favor, ignorem isso.)
No vídeo, foi citada a revista A Sentinela de setembro de 1939, o artigo base para minha análise. Por tal razão, traduzi o artigo inteiro e agora o disponibilizo para vocês.
O que você vai ler a seguir é a tradução da revista A Sentinela de 15 de setembro, 1939, páginas 279-281. Os grifos em rubro-itálico são meus. Você verá que o autor do artigo (Rutherford) usa corretamente os textos bíblicos sem forçá-los para apoiar a opinião de homens. Nesse artigo, o autor defende inclusive a autodefesa armada. A liderança das Testemunhas de Jeová, entretanto, defende atualmente uma visão antibíblica e absurda sobre autodefesa, o contrário do que foi defendido em 1939.
DEFESA
²² Será que as Escrituras aprovam que um cristão se defenda contra violência ilegal por usar a força para repelir tal violência? A autodefesa é o direito de todo homem para se proteger de um ataque e usar tal força conforme aparenta ser necessária para salvaguardar a si mesmo, ou de uma agressão pessoal ou a sua propriedade. O mesmo direito de autodefesa pode ser exercido por ele para a proteção de seus parentes e amigos próximos, seus irmãos. Assim é a lei das nações e estados, mas tal lei não se baseia em tradição, nem em deduções apenas de homens, mas encontra apoio total na Palavra de Deus.
23 Moisés viu um egípcio ferir seu irmão hebreu, e Moisés, a fim de proteger seu irmão da agressão, matou o egípcio. (Êx. 2:11, 12) Moisés fugiu do Egito para que os egípcios não o matassem. Moisés não recebeu nenhuma punição, nem mesmo uma repreensão de Jeová Deus pelo que fizera. Posteriormente Deus especificamente usou Moisés para representar o Messias e sua obra. Deus também fez de Moisés seu profeta e o usou para escrever os cinco primeiros livros da Bíblia. Desde então toda nação tem invocado a lei da autodefesa, estendendo o direito de autodefesa para a propriedade de parentes próximos.
24 A lei da autodefesa é enfatizada ainda mais pelo que está escrito nas Escrituras que mostraram que é correto e apropriado que os servos de Jeová se preparem antecipadamente para autodefesa. Neemias, o servo aprovado de Jeová Deus, liderou uma companhia de seus irmãos, a quem Jeová trouxe do cativeiro e enviou para reconstruir os muros de Jerusalém. Quando aqueles homens fiéis em obediência ao mandamento de Deus começaram a construção do muro, Sambalá (retratando os líderes religiosos que se opõem ao reino de Deus) e seus seguidores fizeram ameaças repetidas contra Neemias e seus irmãos, ameaças que foram trazidas à atenção de Neemias. Então Neemias orou a Deus, e esta foi a sua oração: “Ouve, ó nosso Deus, porque estamos sendo tratados com desprezo; faz com que a zombaria deles volte sobre as suas próprias cabeças, e que eles sejam levados cativos como despojo para uma terra estrangeira. 5 Não ignores a sua culpa nem deixes que o seu pecado seja apagado de diante de ti, pois eles insultaram os construtores.” - Nee. 4: 4,5.
25 Os inimigos conspiraram juntos para lutar contra Neemias e seus irmãos; como está escrito: “Assim que Sambalá, Tobias, os árabes, os amonitas e os asdoditas souberam que o conserto das muralhas de Jerusalém estava avançando e que as brechas estavam sendo fechadas, ficaram muito irados. 8 Todos eles conspiraram para vir lutar contra Jerusalém e causar confusão ali.”- Nee. 4: 7, 8.
26 Será que Neemias instruiu seus irmãos a se permitirem de bom grado serem agredidos em uma face e depois virar a outra face e pedir para serem agredidos também? Será que Neemias disse a seus irmãos que deixassem o trabalho e se escondessem a fim de se protegerem dos ataques do inimigo? Ele certamente não o fez, mas se preparou para a autodefesa, e sua resposta está escrita nas Escrituras, a saber: “De modo que coloquei guardas nas partes mais baixas e desprotegidas atrás da muralha; eu os posicionei divididos por famílias, armados com espadas, lanças e arcos. 14 Quando percebi que estavam com medo, fui imediatamente dizer aos nobres, aos subgovernadores e ao restante do povo: ‘Não tenham medo deles. Lembrem-se de Jeová, que é grande e inspira temor, e lutem por seus irmãos, seus filhos e suas filhas, suas esposas e seus lares.’” [O grifo é do artigo]
27 Para que os judeus pudessem trabalhar e para que não fossem interrompidos por causa dos ataques do inimigo, Neemias diz ainda: “que reconstruíam a muralha. Os carregadores faziam o trabalho com uma das mãos, e com a outra seguravam uma arma. 18 Cada um dos construtores tinha uma espada na cintura enquanto trabalhava, e o homem que tocava a buzina ficava ao meu lado.” - Nee. 4:17, 18.
28 Certamente os judeus não tinham tais espadas apenas como um blefe, mas para serem usadas quando necessário para se protegerem e impedirem o inimigo de interferir na obra que Deus lhes ordenara que fizessem. Será que alguém teria razão caso contestasse que o inimigo do reino de Deus poderia agora obrigar os servos de Deus a interromper o trabalho que Deus lhes ordenou que fizessem para evitar problemas? Não ordenou Jesus que eles prosseguissem com sua obra sem levar em consideração ameaças e sem medo daqueles que poderiam matar seu corpo físico? (Mat. 10:28) A vigilância de Neemias e de seus irmãos, que até dormiam com suas roupas para ficarem prontos, é um exemplo impressionante para aqueles a quem o Senhor comprometeu os interesses do reino no presente momento.
29 O Senhor Deus aprova que o uso da força seja aplicado contra alguém que invade uma propriedade que não pertence ao invasor: “Se um ladrão for pego arrombando uma casa, for ferido e morrer, quem o matou não terá culpa de sangue.” (Êx 22:2) Alguém que tenta cometer uma ação ilegal contra outro pode ser tratado com força. E a pessoa agredida pode usar de força contra o malfeitor no grau que achar necessário a fim de proteger a si mesma e a sua propriedade ou parentes de um malfeitor. Jesus usou chicotes para expulsar os desordeiros do templo e não ofereceu a outra face. – João 2:15
30 Agora, Cristo Jesus, o Moisés antitípico, está presente. Seu reino chegou. Ele envia seus representantes para proclamar “este evangelho do reino”. Ninguém tem o direito de interferir na execução desse comando. Até a lei da terra estabelece que quando alguém tenta ilegalmente ‘interromper’ uma reunião ou assembléia de pessoas que se reuniram para ouvir a Palavra de Deus, tal interruptor é culpado de uma contravenção e pode ser tratado adequadamente. Em 25 de junho de 1939 aproximadamente 20 mil pessoas se reuniram legal e pacificamente no Madison Square Garden, Nova Iorque, para ouvir a mensagem da Palavra de Deus quanto ao seu reino. As pessoas que se opõem ao reino de Deus repetidamente fizeram ameaças de que iriam terminar aquela assembléia, e essas ameaças foram trazidas à atenção do povo do Senhor. Até os policiais foram notificados dessas ameaças. No dia da reunião, várias centenas desses iníquos entraram na reunião do Madison Square Garden após o início do programa e fizeram uma tentativa violenta de “interromper” a reunião. Os encarregados, cujo dever designado era manter a ordem, ordenaram aos perturbadores que parassem com os distúrbios ou deixassem o prédio. Em vez de atenderem a esse pedido, os perturbadores agrediram violentamente os seguranças. Alguns dos encarregados, no exercício de seus direitos legais e dados por Deus, resistiram a tais agressões e usaram força razoável e necessária para repelir tais agressões injustas. Ao fazê-lo, os encarregados agiram estritamente dentro de seus direitos e no desempenho de seus deveres e certamente têm a aprovação do Senhor ao fazê-lo. Os seguranças não estavam usando armas carnais para pregar o evangelho, mas estavam usando a força para obrigar o inimigo a desistir dos esforços para impedir a pregação do evangelho.
ADMOESTAÇÃO
31 No exercício da autodefesa, deve-se ter redobrada atenção e ninguém deve agir precipitadamente e sem mandado. Os cristãos devem obedecer à lei. Eles não devem usar força física para repelir um ataque, a menos que lhes pareça razoavelmente necessário para sua própria proteção e para a proteção de seus irmãos e de sua propriedade ou obra. O cristão deve fazer o possível para evitar o combate físico e nunca deve procurar o combate físico. Mas quando, no cumprimento legal de seu dever, um cristão é atacado pelo inimigo e o inimigo tenta destruir as propriedades do cristão ou agredir violentamente o cristão, então o cristão pode usar a força que no momento lhe parece ser necessária para se defender de tal ataque. Ao trabalhar no serviço do Senhor e distribuir literatura referente a Sua Palavra ou ao realizar outro serviço semelhante e adequado, se as testemunhas de Jeová forem atacadas por uma multidão, e se parecer necessário que essas testemunhas usem de força para repelir ou se proteger de tal ataque, elas poderão usar adequadamente a força que lhes parecer necessária para sua proteção ou defesa de si mesmas e de suas propriedades. Elas deveriam empregar força física apenas como último recurso para sua autoproteção contra os transgressores. Mas ninguém, por ser cristão, é obrigado a voluntariamente e sem resistência se submeter a um ataque de um bandido ou de outros que tentam impedi-lo de seguir legalmente sua obra de pregar o evangelho. Este evangelho do reino deve ser proclamado, e será proclamado. Deus advertiu seu povo que o inimigo lutaria contra ele e claramente lhes disse que o inimigo não deve prevalecer. Portanto, eles devem avançar sem medo no desempenho de seus deveres, exercendo seus direitos legais.
32 Se um oficial da lei no exercício de seu dever oficial prender um cristão, a pessoa assim presa não deve resistir ao oficial, mas deve ir tranquilamente com o oficial e aguardar o tempo adequado para ter uma audiência e fazer sua defesa perante o tribunal devidamente constituído. Isso ocorre de maneira ordenada e adequada. O oficial pode não ter o direito de prender o cristão ou interferir em seu trabalho, mas o oficial está agindo em nome do estado e há um local apropriado para determinar a questão de saber se ele está certo ou errado. . .
[Parágrafos 33 e 34 não estão traduzidos porque não apresentam argumentação bíblica relevante.]
35 Os seguranças em Madison Square Garden levavam cacetetes leves como meio de identificação. Eles haviam sido ameaçados por foras-da-lei, e agora parece correto, para salvaguardar a si mesmos de ataques cruéis, que eles tivessem esses cacetetes. De acordo com a lei da terra e a lei de Deus, quando alguém é ameaçado por danos corporais, ele tem o direito perfeito de se armar com o propósito de legítima defesa. - Nee. 4: 7-18.
Comentários
Só faria uma observação (opinião):
Se aqueles que optarem por ter uma arma – o discurso do Breuax é uma indução direta e não uma proibição direta – que o façam discretamente, sem alarde, sem espalhar que tem, já que as consciências dos irmãos foram marteladas para o viés negativo da mesma.
Outro ponto é que ao Jesus perguntar e autorizar a Pedro que trouxesse as espadas ele tinha (na minha modesta opinião) em mente o princípio de Mateus 3:15 visto a Isaías 53:12 (não só no momento de sua execução à estaca [Marcos 15:28], para também – uma razão – para ser levado até lá)
O texto em Lucas 22:37 é que provavelmente possa ser uma interpolação tardia, pois aparentemente está fora do contexto da narrativa.
Abraço fraterno!
Não é assim que funciona a lei. A função da lei é PROIBIR, não LIBERAR. A Bíblia não fala que cristãos não podem ter armas para autodefesa. A autodefesa é um direito dado por Deus.
(𝗟𝘂𝗰𝗮𝘀 𝟮𝟮:𝟯𝟱-𝟯𝟴)
𝘌𝘭𝘦 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮: “𝘘𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘰𝘴 𝘦𝘯𝘷𝘪𝘦𝘪 𝘴𝘦𝘮 𝘣𝘰𝘭𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘥𝘪𝘯𝘩𝘦𝘪𝘳𝘰, 𝘴𝘦𝘮 𝘣𝘰𝘭𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘷𝘪𝘴õ𝘦𝘴 𝘦 𝘴𝘦𝘮 𝘴𝘢𝘯𝘥á𝘭𝘪𝘢𝘴, 𝘴𝘦𝘳á 𝘲𝘶𝘦 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘧𝘢𝘭𝘵𝘰𝘶 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢?” 𝘌𝘭𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦𝘳𝘢𝘮: “𝘕ã𝘰!” 36 𝘌𝘯𝘵ã𝘰 𝘦𝘭𝘦 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦: “𝘔𝘢𝘴 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢, 𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘳 𝘣𝘰𝘭𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘥𝘪𝘯𝘩𝘦𝘪𝘳𝘰, 𝘭𝘦𝘷𝘦-𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘪𝘨𝘰, 𝘦 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘣𝘰𝘭𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘷𝘪𝘴õ𝘦𝘴; 𝙚 𝙦𝙪𝙚𝙢 𝙣ã𝙤 𝙩𝙞𝙫𝙚𝙧 𝙚𝙨𝙥𝙖𝙙𝙖, 𝙫𝙚𝙣𝙙𝙖 𝙖 𝙨𝙪𝙖 𝙘𝙖𝙥𝙖 𝙚 𝙘𝙤𝙢𝙥𝙧𝙚 𝙪𝙢𝙖. 37 𝘗𝘰𝘪𝘴 𝘦𝘶 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘨𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦𝘮 𝘥𝘦 𝘴𝘦 𝘤𝘶𝘮𝘱𝘳𝘪𝘳 𝘦𝘮 𝘮𝘪𝘮 𝘢𝘲𝘶𝘪𝘭𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘦𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘰: ‘𝘌𝘭𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦 𝘰𝘴 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘨𝘳𝘦𝘴𝘴𝘰𝘳𝘦𝘴.’ 𝘚𝘪𝘮, 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘦𝘴𝘵á 𝘴𝘦 𝘤𝘶𝘮𝘱𝘳𝘪𝘯𝘥𝘰 𝘦𝘮 𝘮𝘪𝘮.” 38 𝘋𝘪𝘴𝘴𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘦𝘯𝘵ã𝘰: “𝙎𝙚𝙣𝙝𝙤𝙧, 𝙩𝙚𝙢𝙤𝙨 𝙖𝙦𝙪𝙞 𝙙𝙪𝙖𝙨 𝙚𝙨𝙥𝙖𝙙𝙖𝙨.” 𝙀𝙡𝙚 𝙡𝙝𝙚𝙨 𝙙𝙞𝙨𝙨𝙚: “É 𝙤 𝙨𝙪𝙛𝙞𝙘𝙞𝙚𝙣𝙩𝙚.”
Enfia esse texto no teu cachimbo e fuma. (Eu sei quem você é e sei que você não acredita na Bíblia). Portanto, já afirmo de antemão que seu comentário futuro não será aprovado porque você vai obviamente negar esta passagem tão clara, assim como fez em todos os pontos que discutimos anteriormente. Já afirmo de antemão que, A MENOS QUE VOCÊ RECONHEÇA ABERTAMENTE SEU ERRO, seu comentário nem será lido na íntegra e será deletado.
𝐋𝐔𝐂𝐀𝐒 𝟐𝟐:𝟑𝟓-𝟑𝟖 𝐀𝐏𝐎𝐈𝐀 𝐀 𝐈𝐃𝐄𝐈𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐔𝐓𝐎𝐃𝐄𝐅𝐄𝐒𝐀?
No referido texto, lemos:
35 𝘌𝘭𝘦 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮: “𝘘𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘰𝘴 𝘦𝘯𝘷𝘪𝘦𝘪 𝘴𝘦𝘮 𝘣𝘰𝘭𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘥𝘪𝘯𝘩𝘦𝘪𝘳𝘰, 𝘴𝘦𝘮 𝘣𝘰𝘭𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘷𝘪𝘴õ𝘦𝘴 𝘦 𝘴𝘦𝘮 𝘴𝘢𝘯𝘥á𝘭𝘪𝘢𝘴, 𝘴𝘦𝘳á 𝘲𝘶𝘦 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘧𝘢𝘭𝘵𝘰𝘶 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢?” 𝘌𝘭𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦𝘳𝘢𝘮: “𝘕ã𝘰!” 36 𝘌𝘯𝘵ã𝘰 𝘦𝘭𝘦 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦: “𝘔𝘢𝘴 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢, 𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘳 𝘣𝘰𝘭𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘥𝘪𝘯𝘩𝘦𝘪𝘳𝘰, 𝘭𝘦𝘷𝘦-𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘪𝘨𝘰, 𝘦 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘣𝘰𝘭𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘷𝘪𝘴õ𝘦𝘴; 𝙚 𝙦𝙪𝙚𝙢 𝙣ã𝙤 𝙩𝙞𝙫𝙚𝙧 𝙚𝙨𝙥𝙖𝙙𝙖, 𝙫𝙚𝙣𝙙𝙖 𝙖 𝙨𝙪𝙖 𝙘𝙖𝙥𝙖 𝙚 𝙘𝙤𝙢𝙥𝙧𝙚 𝙪𝙢𝙖. 37 𝘗𝘰𝘪𝘴 𝘦𝘶 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘨𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦𝘮 𝘥𝘦 𝘴𝘦 𝘤𝘶𝘮𝘱𝘳𝘪𝘳 𝘦𝘮 𝘮𝘪𝘮 𝘢𝘲𝘶𝘪𝘭𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘦𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘰: ‘𝘌𝘭𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦 𝘰𝘴 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘨𝘳𝘦𝘴𝘴𝘰𝘳𝘦𝘴.’ 𝘚𝘪𝘮, 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘦𝘴𝘵á 𝘴𝘦 𝘤𝘶𝘮𝘱𝘳𝘪𝘯𝘥𝘰 𝘦𝘮 𝘮𝘪𝘮.” 38 𝘋𝘪𝘴𝘴𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘦𝘯𝘵ã𝘰: “𝙎𝙚𝙣𝙝𝙤𝙧, 𝙩𝙚𝙢𝙤𝙨 𝙖𝙦𝙪𝙞 𝙙𝙪𝙖𝙨 𝙚𝙨𝙥𝙖𝙙𝙖𝙨.” 𝙀𝙡𝙚 𝙡𝙝𝙚𝙨 𝙙𝙞𝙨𝙨𝙚: “É 𝙤 𝙨𝙪𝙛𝙞𝙘𝙞𝙚𝙣𝙩𝙚.”
Este texto claramente mostra que Jesus ordenou que seus seguidores portassem armas naquela ocasião, o que prova que não é errado que cristãos decidam ter armas para autodefesa. Os discípulos entenderam a ordem para que eles se armassem, e disseram para o Senhor que eles tinham “duas espadas”, e Jesus respondeu que isso já era “suficiente”.
No v.37 Jesus dá o motivo da ordem de se armar: “𝘗𝘰𝘪𝘴 𝘦𝘶 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘨𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦𝘮 𝘥𝘦 𝘴𝘦 𝘤𝘶𝘮𝘱𝘳𝘪𝘳 𝘦𝘮 𝘮𝘪𝘮 𝘢𝘲𝘶𝘪𝘭𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘦𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘰”. As palavras “𝘗𝘰𝘪𝘴 𝘦𝘶 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘨𝘰. . .” são a explicação do motivo da ordem “𝙦𝙪𝙚𝙢 𝙣ã𝙤 𝙩𝙞𝙫𝙚𝙧 𝙚𝙨𝙥𝙖𝙙𝙖, 𝙫𝙚𝙣𝙙𝙖 𝙖 𝙨𝙪𝙖 𝙘𝙖𝙥𝙖 𝙚 𝙘𝙤𝙢𝙥𝙧𝙚 𝙪𝙢𝙖”. Isso prova que as espadas não estavam ali para enfeite, tampouco serviriam apenas para uma suposta “proteção contra animais selvagens”, conforme já ouvi alguns dizerem – coisa que não tem base contextual alguma. (O contexto faz referência a humanos, não a animais.)
No contexto, Jesus estava prestes a enfrentar uma situação turbulenta, e os seus discípulos deveriam estar prontos, armados.
Alguns têm defendido que as palavras “É 𝘰 𝘴𝘶𝘧𝘪𝘤𝘪𝘦𝘯𝘵𝘦”, no final do versículo 38, seriam equivalentes a “𝘤𝘩𝘦𝘨𝘢 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘦 𝘢𝘴𝘴𝘶𝘯𝘵𝘰!”, ou “𝘱𝘢𝘳𝘦𝘮 𝘥𝘦 𝘧𝘢𝘭𝘢𝘳 𝘯𝘪𝘴𝘴𝘰!”. Entretanto, contextualmente não é este o sentido das palavras, pois Jesus ordenou que seus discípulos se armassem. Em resposta, os discípulos afirmaram que já tinham “𝙙𝙪𝙖𝙨 espadas”. O foco aqui é o número de espadas, ou seja, se apenas “duas” seriam o suficiente. E o Senhor respondeu: “É 𝘰 𝘴𝘶𝘧𝘪𝘤𝘪𝘦𝘯𝘵𝘦”.
A versão Almeida Atualizada traduz “𝘉𝘢𝘴𝘵𝘢!” – dando a ideia de um encerramento da discussão. Mas esta é uma tradução totalmente errada, pois as palavras gregas usadas são ἱκανόν ἐστι (𝘪𝘬𝘢𝘯ó𝘯 𝘦𝘴𝘵𝘪), não tem o sentido de “Basta!”, mas significam literalmente “é adequado”, e fazem referência a um número que é grande, um número bom e adequado para algo. Vejamos uma prova disso:
𝗠𝗮𝘁𝗲𝘂𝘀 𝟮𝟴:𝟭𝟮:
“𝘌𝘯𝘵ã𝘰, 𝘰𝘴 𝘤𝘩𝘦𝘧𝘦𝘴 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘢𝘤𝘦𝘳𝘥𝘰𝘵𝘦𝘴 𝘳𝘦𝘶𝘯𝘪𝘳𝘢𝘮-𝘴𝘦 𝘦𝘮 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘭𝘩𝘰 𝘤𝘰𝘮 𝘰𝘴 𝘢𝘯𝘤𝘪ã𝘰𝘴 𝘦 𝘵𝘳𝘢𝘮𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰 𝘱𝘭𝘢𝘯𝘰. 𝘋𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘢𝘰𝘴 𝘴𝘰𝘭𝘥𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘃𝘂𝗹𝘁𝗼𝘀𝗮 (ἱκανὰ) 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘪𝘢 𝘦𝘮 𝘥𝘪𝘯𝘩𝘦𝘪𝘳𝘰.”
A palavra 𝘩𝘪𝘬𝘢𝘯𝘰𝘴 é um adjetivo que faz referência à quantidade de dinheiro que era “suficiente”, isto é, 𝗮𝗱𝗲𝗾𝘂𝗮𝗱𝗮, 𝗮𝗽𝗿𝗼𝗽𝗿𝗶𝗮𝗱𝗮, 𝗯𝗼𝗮, para que fosse dada pela roupa de Jesus. Há a mesma situação em Lucas 22:38. As palavras “É 𝘰 𝘴𝘶𝘧𝘪𝘤𝘪𝘦𝘯𝘵𝘦”, significam “é 𝘢𝘥𝘦𝘲𝘶𝘢𝘥𝘰”, ou “é 𝘢𝘱𝘳𝘰𝘱𝘳𝘪𝘢𝘥𝘰”, em referência 𝗮𝗼 𝗻ú𝗺𝗲𝗿𝗼 de espadas que os discípulos tinham.