Contribuído por Cristão Antitípico.
Este é o artigo final da série em três partes. Na Parte 1, expliquei que muitos estudiosos e teólogos de diversas denominações protestantes tiveram opiniões variadas sobre Mateus 24:34 em relação à geração que não passaria. Mostrei também que há uma diferença entre “profetizar/fazer profecia” e “interpretar a profecia” que está escrita na Bíblia. As Testemunhas de Jeová (TJs) nunca “fizeram profecia”, mas sempre apresentaram, mesmo que de forma exageradamente autoritária, as suas aplicações da profecia que já está escrita na Bíblia, e nisso houve erros, assim como houve erros em todas as seitas protestantes. Tais erros não fazem de ninguém um “falso profeta”.
Na Parte 2, mostrei por que podemos ter certeza de que o atual entendimento do Corpo Governante das TJs, o qual diz que a geração de 1914 ainda não passou e que esta geração é uma união de duas gerações que se entrelaçam, está errado.
Nesta Parte 3, explico qual é a interpretação mais plausível para as palavras de Jesus em Mateus 24:34. Em verdade, esta é a única interpretação que nos restou, visto que todas as outras que analisei não se harmonizam com a Bíblia nem com o propósito da profecia. Admito que não posso garantir que esta interpretação é correta, mas é sem dúvidas a mais concisa de todas que analisei.
Os Entendimentos Variados e Suas Dificuldades
A seguir, listo uma série de entendimentos que foram publicados desde o século XVI e mostro suas dificuldades. Em seguida, vou dissertar sobre aquilo que a Bíblia apresenta como “a geração” que não passaria.
1. O entendimento preterista. A aplicação mais simples e lógica para “esta geração” é que se refira às pessoas vivas na época de Jesus e à destruição de Jerusalém – pelo menos algumas pessoas que estavam vivas no momento da declaração não morreriam até que Jerusalém fosse destruída, e isso é tudo. Nada se cumpre em nossos dias. Este foi o primeiro entendimento do protestantismo.
a. A dificuldade: Este entendimento me parece próximo ao correto, mas ao simplificar a tal ponto a explicação de um único versículo, tira-se o pleno sentido de muitos outros versículos e a declaração de Jesus em Mateus 24:35 perde sua força. “Céu e terra passarão, mas as minhas palavras de modo algum passarão” – disse o Senhor. Se não há nenhum antítipo que se cumpre em nossos dias que inclua a reunião dos escolhidos e o Filho do Homem vindo com os anjos, a afirmação no v. 35 é enfraquecida. Assim, devemos ter cautela com essa interpretação porque ela se opõe à metade da visão geral da profecia, que fora confirmada pela indagação dos discípulos: “Qual será o sinal da sua presença (parousía) e do final do sistema de coisas?”. Não estou dizendo que essa explicação está totalmente errada, apenas penso que ela precisa de uma boa argumentação e de detalhes específicos.
2. Aplicação antitípica aos eventos desde 1914. Os eventos mundiais apontam com uma grandiosa gama de evidências para o início do século XX como o momento histórico moderno correspondente aos quatro cavaleiros de Apocalipse e à profecia de Mateus 24, Lucas 21 e Marcos 13.
a. Dificuldade: Mais de 100 anos já se passaram desde 1914 e dos eventos que marcaram o início da parousía de Cristo. Portanto, essa interpretação deve ser rejeitada.
3. Aplicação apenas à última geração da igreja. A ideia aqui é que as palavras de Jesus somente se apliquem na era moderna. Muitos protestantes futuristas aceitaram essa cosmovisão.
a. Dificuldade: Esta aplicação deve ser rejeitada por motivos básicos. Primeiro, ela seria sem sentido para os cristãos que sobreviveriam à destruição de Jerusalém e que indagaram Jesus. Segundo, ela restringe a aplicação prática das palavras de Jesus, pois nada do que ocorreu antes da destruição de Jerusalém (guerras, fome, perseguição, etc.) poderia fornecer uma evidência sólida de que a geração chegara, e os discípulos jamais saberiam o momento de fugir da Judeia. Terceiro, em Mateus 23:36, Jesus disse: “Todas essas coisas virão sobre essa geração.” A expressão “essa geração” é a mesma aqui, e definitivamente não se refere a última geração da igreja. Então, as duas menções de “essa geração” devem se referir à mesma coisa.
4. O sentido do verbo “cumprir-se”. Alguns já argumentaram que o verbo “cumprir-se” (γενηται) indicaria “começar a se cumprir”. Assim, a geração que ouviu Jesus falar tais palavras veria os eventos começarem a se cumprir, mas não veria nem a destruição de Jerusalém, nem a volta de Cristo.
a. Dificuldade. A dificuldade é que isso torna a declaração extremamente vaga e cronologicamente indecifrável. Pois quando os eventos começassem a ocorrer, quão próximo estaria o fim? Ninguém teria a menor ideia. Assim, a declaração perde o propósito de alertar os cristãos. O que interessaria aos cristãos não é quanto tempo levaria para ver os eventos começarem a se cumprir, mas quando o fim realmente viria – quer seja o fim do sistema judaico, quer a consumação das eras em nosso tempo marcada pela volta de Cristo. Ademais, aquela mesma geração que ouviu Jesus dizer as palavras de Mateus 24:34 viu o fim do sistema judaico. Portanto, essa interpretação deve também ser rejeitada.
5. O sentido da palavra “geração” (γενεά). Essa foi uma forte interpretação dentro do protestantismo. Existem pelo menos 3 visões dentro do protestantismo sobre o sentido da palavra “geração”. 1) A raça judaica que acreditou em Cristo; 2) A era (dispensação) do evangelho; 3) Os judeus descrentes;
a. Dificuldade: A raça judaica que acreditou em Cristo. Essa foi a interpretação adotada desde os primórdios do protestantismo. Joseph Mede (1586 – 1639) projetou o fim do mundo para 1716, possivelmente em 1654.[1] Em seu livro Clavis Apocalyptica, uma interpretação bastante influente sobre o livro de Apocalipse, o autor também postulou que os judeus seriam milagrosamente convertidos ao Cristianismo antes da volta de Cristo.[2] O problema é que, se esse fosse o caso, isso significaria que a raça judaica que aceitou o Messias, a suposta “geração”, seria extinta (= “passaria”) depois da destruição de Jerusalém. Mas claramente não é esse o caso. Ademais, nenhum objeto em especial poderia ser atribuído a uma afirmação tão solene nesta interpretação, pois ninguém supunha, entre os discípulos, que os judeus crentes seriam extintos antes que as promessas de sua glória futura fossem cumpridas.
b. Dificuldade: A era (dispensação) do evangelho. Não há nada no Novo Testamento que indique que a geração que não passaria seria a da era do evangelho. Essa tese deve ser rejeitada pela simples inexistência de evidências.
c. Dificuldade: Os judeus descrentes. Esta parece ser, dentre essas três possibilidades, a mais simples e natural. Jesus Cristo continuamente fala dos judeus descrentes como “uma geração má e adúltera”, e “esta geração má”. (Mateus 12:39; 45) Era como se Jesus estivesse dizendo: “Esta geração rebelde e má, o coração impenitente do Israel descrente, jamais se arrependerá, e essa raça descrente não será extinta até que todas essas coisas ocorram.” Isso significaria que, após a volta de Cristo, os judeus descrentes serão destruídos; mas até lá, eles existirão. Esta interpretação faz algum sentido e possui algumas semelhanças com o primeiro entendimento da Torre de Vigia.
O problema nessa interpretação, entretanto, é que ela não traz nada de novo aos ensinos de Jesus, pois todos os cristãos sabiam que quem não depositasse fé em Cristo será destruído e não herdará a vida eterna. (João 3:16) Ademais, o foco dessa interpretação está na inexistência de arrependimento da parte dos judeus. Porém, Jesus está claramente falando de uma perspectiva cronológica, não moral ou racial, conforme confirma Mateus 24:36. Portanto, essa interpretação, embora pareça lógica em uma primeira leitura, soa desnecessária e incongruente com os avisos de alerta e prontidão. Afinal, no que ajudaria um cristão a mostrar prontidão saber que os judeus não se arrependeriam até a volta de Cristo?
O contraste entre os dois eventos
Esta, para mim, parece ser a interpretação correta das palavras de Jesus. A declaração “esta geração não passará” possui um óbvio sentido cronológico, e este é um sentido muito comum na Bíblia da palavra γενεά. Portanto, tal sentido não deve ser ignorado.
Para entendermos o sentido da declaração, precisamos entender qual foi a pergunta feita pelos discípulos. Eles fizeram, por assim dizer, duas perguntas que eram tanto distintas em si mesmas, como também seriam no modo como eles as entenderiam. Não há nada que indique que os discípulos confundiriam a destruição do templo com a parousía de Cristo. Há dois eventos em Mateus 24:3: o contemporâneo aos discípulos (fim do sistema judaico) e o distante (a parousía), que começou a se cumprir, cremos nós, em nossa era; e os discípulos sabiam disso, embora tivessem algumas dúvidas sobre o intervalo de tempo entre a destruição do templo e a parousía de Jesus.
É possível que eles pensassem que o intervalo entre os dois eventos seria curto. O Senhor responde distintamente a ambas as perguntas, mas combina as respostas tão intimamente que a transição entre um ponto e outro só pode ser vista por um exame minucioso e pela chave fornecida no evangelho de Marcos. Agora, existem, da mesma maneira, duas afirmações distintas com relação ao tempo dos eventos previstos:
(Marcos 13:30-32) Com toda a certeza vos afirmo que não passará esta geração até que todos esses fatos ocorram. Os céus e a terra passarão, contudo as minhas palavras nunca passarão. Só Deus sabe o dia e a hora. Vigiai! Todavia, a respeito daquele dia ou hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho do homem, senão apenas o Pai. (King James em português)
Essas duas afirmações trazem as marcas claras de um contraste planejado. A primeira, grifada em azul, parece transmitir uma revelação simples do tempo distinto dos eventos a que se refere; a outra, grifada em verde, uma forte declaração da natureza não revelada da época da vinda durante a parousía. Essas duas declarações também respondem precisamente às duas indagações sobre as quais o discurso está fundamentado. Os pronomes sublinhados (esta geração x aquele dia e hora) implicam que os eventos nomeados no primeiro eram mais próximos e os nomeados no segundo mais distantes.
A única dificuldade reside no fato de que os últimos eventos mencionados são o aparecimento do Filho do Homem e a reunião dos eleitos por seus anjos. (Compare com Marcos 13:24-27) Em uma primeira leitura, a expressão “estas coisas” (em referência a “esta geração”) pareceria gramaticalmente se referir a tal evento (i.e., à vinda do Filho do Homem). No entanto, sabe-se bem que a escolha dos demonstrativos pode variar de acordo com a ordem de menção ou da situação real dos objetos descritos. Assim, o demonstrativo “estas” (ταυτα, plural neutro) não precisa necessariamente se referir àquilo que foi mencionado logo antes.
Os discípulos estavam sentados próximos ao templo, rodeados pelas próprias cenas da desolação que se aproximavam e que Jesus sabia muito bem que estavam próximas. Por outro lado, a vinda de Cristo durante a parousía referia-se a uma gama muito mais ampla em sua visão geral, e a um período mais remoto, depois que os tempos dos gentios findassem. Eu não estou ciente de nem se quer uma única publicação da Torre de Vigia, nem de qualquer outro erudito bíblico, que aplique Mateus 24:36 ao evento da destruição do templo em 70 EC, mas o versículo é sempre aplicado somente à volta de Cristo. Sendo este o caso, parece evidente, pelo menos para mim, que o Senhor estava fazendo um contraste entre o evento imediato e o evento distante. O evento imediato (a destruição de Jerusalém em 70 EC) seria visto por aquela geração, a qual não passaria até que tudo se cumprisse; O evento distante, porém, ninguém sabe o dia e a hora.
Consequentemente, as palavras “essas coisas” e “aquele dia” devem se referir ao contraste entre os dois eventos distintos, separados por um intervalo indefinido que é abrangido pelos sete tempos dos gentios desde 607 AEC. As palavras, portanto, admitirão esta paráfrase: - ‘Esta mesma geração não passará até que todos esses eventos, que respondem à primeira indagação, sejam cumpridos. A irrevogável sentença de Deus é pronunciada contra a cidade e o templo. O céu e a terra passarão, mas essas advertências se cumprirão sem falta. Mas com respeito àquele outro dia sobre o qual vocês indagaram, e o sinal da parousía que resulta na volta do Messias, nenhum homem sabe, nem eu mesmo sei, somente meu Pai. Portanto, fiquem atentos e orem, porque vocês não sabem quando chegará o tempo.’
Vamos apenas nos colocar na posição dos discípulos quando Jesus se dirige a eles, e esta explicação do versículo será considerada natural e simples. Eles haviam perguntado: “Quando acontecerão essas coisas?” (Mateus 24:3) - a ruína do templo e a vingança sobre o povo. Jesus revela o tempo e diz a eles: “Eu lhes garanto que esta geração de modo algum passará até que todas essas coisas aconteçam.” (Mateus 24:34) Mas os discípulos também perguntaram: “Qual será o sinal da tua presença (parousía)?” (Mateus 24:3) Jesus menciona os sinais que o acompanham, mas se recusa a declarar o tempo da vinda: “Daquele dia e hora ninguém sabe.” Ao mesmo tempo, ele adiciona palavras de cautela: “mostrem-se prontos, porque o Filho do Homem vem numa hora que vocês não imaginam.” (Mateus 24:44) Essas declarações solenes no encerramento do discurso respondem plenamente à indagação dupla em Mateus 24:3!
Há mais uma observação que pode servir para remover qualquer ambiguidade dos detalhes da interpretação. Os eventos da geração da época até a queda de Jerusalém correspondem, como um breve epítome,[3] aos de toda a dispensação do Evangelho. Eles também se assemelham, em muitos aspectos distintos e também por uma analogia ainda mais próxima, aos eventos anunciados em outra parte na última geração antes da volta de Cristo. Destes dois fatos surgiu a principal tentação de desviar essa profecia de seu significado natural. Mas a tipificação da profecia como um todo, por si só, é uma prova insuficiente de igualdade entre o evento imediato e o distante no que tange à “geração”; e os intérpretes que argumentam a partir da semelhança entre os eventos apenas envolverão todo o esquema da profecia em uma confusão sem fim.
Vemos algo interessante no evangelho de Lucas. Visto que a distinção entre as duas partes da profecia é dada mais claramente em seu Evangelho, era desnecessário marcar tão fortemente o que seria evidente por si mesmo. Mas, além disso, a palavra omitida por Marcos e Mateus, em relação aos eventos de Jerusalém, é fornecida no contexto. ‘Agora, quando estas coisas começarem a acontecer’ – ‘Quando vocês virem estas coisas acontecerem” – ‘Para escapar de todas estas coisas que hão de acontecer’. A referência direta em todas essas três cláusulas é visivelmente os problemas judaicos (Lucas 21:6-24), aos quais os apóstolos seriam realmente expostos e, portanto, a declaração no versículo 32 (“esta geração”) é tão verdadeiramente limitada pelo contexto como se a palavra “estas” fosse mantida. Portanto, “esta geração” deve estar limitada a “estas coisas” que sobreviriam sobre os discípulos em 70 EC. Somente os eventos representados pelos quatro cavaleiros de Apocalipse e os demais eventos relacionados no livro de Apocalipse devem possuir aplicação antitípica em nossos dias.
A estreita conexão do versículo que acaba de ser explicado com a impressionante declaração de Jesus sobre “aquele dia e hora” sugere uma observação sobre seu significado também. Tem sido sustentado por vários escritores protestantes, como uma consequência autoevidente, que a congregação até o fim não pode ter dados para fixar suas expectativas; e que todos os que calculam datas e eras proféticas, em conexão com a escatologia, são presunçosos.
Essas observações são igualmente precipitadas e superficiais. Uma vã curiosidade, de fato, deve ser condenada aqui, não menos do que em todos os outros tópicos de investigação sagrada. A pretensão arrogante de certo conhecimento em bases duvidosas e incertas e a pretensão de autodenominar-se a própria materialização da última geração da igreja são pensamentos perniciosos em si mesmos e pedra de tropeço para aqueles que são fracos na fé – e é esta a postura atual do CG. Mas a forte crítica que as TJs sofrem com desdém dos protestantes são tão precárias de razão sólida quanto são desprovidas de qualquer garantia escripturística. Esses críticos, em sua sabedoria apressada, esquecem-se inteiramente de dois ou três fatos evidentes.
Primeiro, essas palavras de Jesus se aplicam ao dia e à hora, em contraste com o intervalo mais longo de uma geração. Ou seja, dia e hora são períodos muito precisos para se saber, mas épocas são mais fáceis de serem identificadas.
Em segundo lugar, a afirmação aqui feita limita-se ao tempo real em que o discurso foi proferido. É apenas por inferência e analogia que pode ser estendido a períodos posteriores do povo de Jeová; e as bases dessa inferência tornam-se mais fracas à medida que o fim se aproxima. Por tal razão, eu rejeito a interpretação atual do CG. A mesma verdade aparece a partir da ordem enfática das palavras nessa declaração em Atos 1:7: “Não cabe a vocês saber os tempos ou as épocas que o Pai colocou sob sua própria autoridade.” As palavras também se aplicam distintamente aos apóstolos e à era apostólica.
Em terceiro lugar, a própria razão pela qual o tempo do fim foi ocultado, sendo que estava realmente distante dos apóstolos, era para aumentar a vigilância da congregação, e assim também devemos perceber que o conhecimento aproximado dele será dado a nós por Deus, não por homens, quando o tempo estiver realmente próximo; e a busca por tal conhecimento, na medida em que Deus se agrada em comunicá-lo, é claramente recomendada à nós e virtualmente prescrita ao cristão, pelo exemplo de Daniel e dos outros profetas de Deus. (Leia Daniel 9:1; 1 Pedro 1:11)
Na verdade, a declaração de Jesus deve ser interpretada de modo a indicar uma dimensão decrescente de incerteza à medida que o tempo passa. Nos dias dos próprios apóstolos, o alcance dessa incerteza chegava a dois mil anos! O dia e a hora literais podem continuar desconhecidos até o fim. Entre esses limites, para aqueles que imitam a pesquisa e fé de Daniel, a dimensão da incerteza terá continuado a diminuir, na proporção em que o grande evento se aproxima. A evidência combinada de períodos proféticos e dos sinais morais da providência de Deus proporcionará materiais crescentes, de época em época, para o exercício de um julgamento sólido e espiritual. O assunto é, entretanto, de grande importância, e durante o século passado, C.T. Russell, J. Rutherford e N. Knorr, juntamente com a Torre de Vigia, fizeram um excelente trabalho nesse sentido, embora erros sérios tenham sido cometidos.
Conclusão
Jesus foi questionado sobre dois eventos – o fim do sistema judaico e a época da sua vinda em nossos dias -, e ele corretamente responde a estes dois eventos em Marcos 13:30-32.
Quanto ao evento imediato e contemporâneo aos apóstolos, Jesus disse: “Esta geração não passará”; isto é, o Senhor garantiu que pelo menos algumas das pessoas naquele momento vivas veriam o fim do sistema judaico em 70EC. Mas quanto ao evento futuro, a saber, a parousía, Jesus disse: “Daquele dia e hora ninguém sabe.” Assim, a geração que não passaria é uma profecia direcionada apenas ao primeiro século, ao passo que “o dia e a hora” que ninguém sabe se aplica apenas à nossa era.
Portanto, não há nenhuma aplicação antitípica para nós sobre as palavras de Jesus em relação à “geração” que não passaria.
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
[1] Christopher Hill, Milton and the English Revolution, p. 33.
[2] Scult, Mel (1978). Millennial Expectations and Jewish Liberties: A Study of the Efforts to Convert the Jews in Britain, Up to the Mid Nineteenth Century. Brill Archive. pps. 20–21.
[3] Definição de epítome disponível em https://www.lexico.pt/epitome/.
Comentários
Abraço.
Pesquise, escreva e embase sua pesquisa que eu a publicarei aqui, mesmo que contradiga este artigo. É bom termos várias pesquisas, mesmo com conclusões distintas, para que a luz brilhe e cheguemos a um denominador em comum. Abraço. Te amo com um amor hétero e másculo. Quá-quá. Abraço.
Eu não apenas 'cheguei a dizer' que os membros do Corpo Governante devem ser desassociados; antes, eu PROVEI o motivo disso. Eles são culpados de heresia. "Heresia" significa promover falsos ensinos que causam divisões.
Há falsos ensinos que causam divisão e que estão sendo fortemente promovidos pelo CG. Alguns deles, mas não todos, são os seguintes:
1) A guerra contra o uso de barba;
2) A instituição de mais de 29 pecados de desassociação sem base bíblica;
3) A coação contra o ensino superior;
4) O ensino de 2013 onde o CG "chutou" da classe de "escravo fiel" os demais cristãos, autointitulando-se o "canal de Jeová", sendo que o único canal de Jeová é a igreja ou congregação como um todo, não oito homens que agora são 9.
5) O ensino de 2015 sobre tipos e antítipos e a nova teologia que se assemelha à teologia liberal (liberalismo teológico);
Há fartas evidências de que o CG é culpado de heresia e que por isso eles devem ser desassociados. Isso é leina Bíblia. (Romanos 15:16, 17; Tito 3:10) Reclame com os apóstolos, não comigo.
O Liberalismo Teológico, acentuado nos séculos 19 e metade do século 20, conseguiu destruir a fé de muitos cristãos mais conservadores de diversas denominações - ditas cristãs -, mas muitos dos seus teólogos botaram a 'mão na massa' nos últimos anos e conseguiram reverter bem o prejuízo, e estou falando de teólogos 'da cristandade'. Eu não sei se conscienciosamente ou não, mas esse blog é um antídoto contra o liberalismo teológico da Torre de Vigia, que com certeza sabe o que é e o adotou; sim, os membros do Corpo Governante têm de ser desassociados e expulsos da sede mundial.
Quanto a quem eu sou ou o que faço, se estou associado ou não, se sou ativo ou inativo, isso é irrelevante. O que eu defendo nesse site é VERDADE – isto é o que importa. A única coisa que posso lhe garantir é de que me esforço para agradar a Jeová e a Jesus.
Também achei um absurdo querer comparar a influência do espirito santo na primitiva fraternidade , como foi manifesto naquele concilio de Jerusalém em Atos 15 , com o atual CG , é evidente que as manifestações do espirito são diferentes em alguns casos , pois eles não tem visões , revelações , etc , assim como os apóstolos e anciãos tinham , mas me pareceu , e posso estar equivocado , que na tua opinião o CG atual deveria ser tão " perfeito " quanto a primitiva fraternidade , mas ainda acredito que todas as devidas correções dentro da fraternidade , serão feitas por Jeová e do modo dele , e não por aqueles que se consideram mais " inteligentes " , mas Jeová vai usar os mais humildes .....
Em relação a outros sites, não me interessa isso. Eu não estou do lado das pessoas que mencionaste. Eu estou do lado da verdade.
Quanto à frase do autor do site “TNM Defendida”, acho idolatria da parte dele afirmar que ninguém é mais inteligente que os membros do CG. Você realmente acha que os membros do CG, que não entendem hebraico, nem grego, nem aramaico, nem possuem curso superior em nada, nem qualificação em linguística, nem em coisa nenhuma, são os “mais inteligentes” dentre todas as TJs? Com certeza há irmãos mais inteligentes que os membros do CG. Mas seja como for, isso não tem a ver com inteligência, mas com desejo de poder da parte do CG.
De qualquer forma, está provado que o CG é culpado de heresia, e não importa se eu sou orgulhoso, pretensioso, ou um monstro – os membros do CG devem ser desassociados e isso á factual, não opinativo.
Pense bem, se eu dissesse que sou o único escravo fiel e discreto, contrariando tudo que a organização ensinou até 2013, eu não teria sido desassociado? Sim, eu teria sido. Por que é que o CG fez isso e nada aconteceu com eles? Eles estão acima da lei? Pelo seu comentário, parece que você acha que sim. Isso é veneração imprópria. Afasta-te disso, meu irmão. Apega-te ao Cristo.
Quanto ao que você disse sobre o CG e os apóstolos, eu concordo com você. Entretanto, o CG não se comporta como quem não recebe revelações. Os apóstolos eram passíveis de críticas, o CG não tolera críticas, mas desassocia a todos que os criticam.
Paulo criticou Pedro, mas não foi desassociado. Se você criticar o CG publicamente assim como Paulo fez com Pedro, será desassociado e chamado de “apóstata”. Entretanto, Pedro era inspirado, e o CG não é. Assim, existe um padrão invertido – o CG clama ter a mesma autoridade dos apóstolos, mas não aceita críticas e nem alega a inspiração que os apóstolos tinham. Isso não te parece no mínimo incoerente demais? Se o CG se comporta como os apóstolos, eu tenho direito de exigir deles os atributos dos apóstolos. Simples assim.
Se o CG não tem o que os apóstolos tinham, então o CG não pode estar na posição que os apóstolos estavam. O que te falta para entender isso?
Quanto a Jeová consertar o erro ou não, desde quando que isso é um “cala a boca” para todos? Quem você pensa que é para dizer que Jeová só pode usar quem VOCÊ quer que Ele use? Ora, deixe de ser prepotente! Jeová usa QUEM ELE QUISER, não quem VOCÊ PERMITE QUE ELE USE. Baixe a sua bola! Você não manda em Jeová!
Só vou responder aquela última observação do teu comentário : tenho visto várias pessoas deixarem de seguir a fraternidade , por varios motivos , e alguns motivos relacionados com o CG , outros continuam ativos na fraternidade , mas como tu mesmo disse e isso é um fato , não podem manifestar livremente suas críticas.
Quando eu disse que Jeová não vai usar os mais " inteligentes " , me refiro a estes que deixaram de seguir a fraternidade por causa da atitude do CG , acredito que ele vai usar os " humildes " que estão dentro da fraternidade , mas claro isto é somente minha opinião ...
Então concordo que ele vai usar quem ele quiser ....mas quem estiver dentro da fraternidade...não fora dela...minha opinião
Jeová usa quem ele quiser, mesmo se essa pessoa estiver fora da organização ou dentro, não importa. Eu não posso dizer "na minha opinião" - devemos entender que "a minha opinião", isto é, a nossa, a tua, a de todos, é irrelevante.
O ponto é: devemos estar atentos para aqueles que se voluntariam. Eu posso sim ser desassociado pelo que posto nesse blog. Ou melhor, serei certamente desassociado assim que os anciãos lerem este blog.
Eu não sou contra a nossa fraternidade - ao contrário! O que posto aqui é em defesa das TJs. Quando você joga veneno para as pulgas, você não é inimigo do cachorro, mas amigo dele; o veneno é para as pulgas, não para o cachorro.
Da mesma forma, minha crítica ao CG é para o bem dos irmãos que precisam acordar.