Contribuído por Cristão Antitípico.
Quando tratamos de escatologia bíblica, que é um assunto relacionado ao cumprimento de profecias no tempo do fim, adentramos um terreno abstruso e com grande probabilidade de conclusões equivocadas. Isso é natural, e tais equívocos não nos transformam em falsos cristãos.
Os requisitos para entender a escatologia profética são os seguintes:
1. Chegar o tempo certo para que Jeová revele o entendimento;
2. Ser o povo em quem a profecia se cumpre;
3. Estar espiritualmente atento/pronto para entender a profecia;
Em vista disso, todo instrutor cristão deve ser modesto ao ponto de não impor suas opiniões e conclusões sobre os demais, pois Jeová não designou a ninguém para tal função. Se Jeová tivesse nomeado um intérprete da profecia, durante o exercício de tal função o intérprete seria inerrante.
Portanto, admito que posso estar errado, pois não estou designado por Deus para nada; mas estou pessoalmente confiante de que Jeová me conduziu ao entendimento correto. Assim, apenas apresento aqui minhas pesquisas e incentivo a você, o leitor, a pesquisar as referências em sua Bíblia e verificar se as informações são verdadeiras ou falsas.
144.000 é um número literal? São estes judeus carnais?
Muitos comentaristas bíblicos possuem visões conflitantes sobre isso. Há duas visões majoritárias no protestantismo. Estas são:
1. O número 144.000 é literal, e são israelitas carnais, os “primeiros frutos” que se converterão ao cristianismo, cuja tarefa será evangelizar o mundo durante a grande tribulação;
2. O número 144.000 é simbólico, e os israelitas são espirituais, isto é, representam toda a igreja ou corpo de Cristo;
Minha posição é que essas duas visões estão erradas e não se harmonizam nem com a Bíblia e nem com os eventos atuais.
Em relação ao número, minha conclusão é que não há absolutamente nenhum argumento nem ao menos “razoável” para afirmar que o número 144.000 seja simbólico. O número é evidentemente literal no contexto de Apocalipse, capítulos 6 e 7. Os números simbólicos em Apocalipse são apenas estes: 2, 3, 4, 6, 7, 10, 12 e 24; e cada um destes possui características alegóricas. Às vezes, até mesmo estes números são literais. (Apocalipse 1:11; 5:1; 6:1; 21:14)
No livro Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo, Capítulo 4, p. 19, nós podemos ver a explicação dos números simbólicos:
2 |
Indica confirmar-se solidamente um assunto. (Revelação 11:3, 4; veja Deuteronômio 17:6.) |
3 |
Denota ênfase. Indica também intensidade. (Revelação 4:8; 8:13; 16:13, 19) |
4 |
Indica universalidade ou quadrangulação em simetria. (Revelação 4:6; 7:1, 2; 9:14; 20:8; 21:16) |
6 |
Indica imperfeição, algo anormal, monstruoso. (Revelação 13:18; veja 2 Samuel 21:20.) |
7 |
Indica uma divinamente determinada inteireza, quer referindo-se aos propósitos de Jeová, quer aos de Satanás. (Revelação 1:4, 12, 16; 4:5; 5:1, 6; 10:3, 4; 12:3) |
10 |
Indica totalidade ou inteireza em sentido físico, referente às coisas na Terra. (Revelação 2:10; 12:3; 13:1; 17:3, 12, 16) |
12 |
Indica uma organização divinamente constituída, quer nos céus, quer na Terra. (Revelação 7:5-8; 12:1; 21:12, 16; 22:2) |
24 |
Indica o arranjo organizacional abundante (dobrado) de Jeová. (Revelação 4:4) |
A Bíblia não diz que o número 144.000 “representa” todos os salvos; portanto, o número é literal. Dissertarei mais sobre isso no decorrer deste artigo.
Em relação à identidade do grupo, certamente são aqueles a quem Jesus se
referiu como “escolhidos”. Embora cada cristão seja “escolhido/ungido”, pois é
isso que significa o termo “cristão”, Jesus usou tal termo em referência um uma
classe de cristãos selados, a qual tentarei explicar neste artigo. (Leia Mateus 24:22-31)
Quando João escreveu o Apocalipse, as tribos já haviam sido abolidas, e nunca houvera uma seleção dos membros de cada tribo para uma salvação especial antes de Cristo. Sobre isso, Albert Barnes, erudito protestante, declarou:
[Quanto a] se isso se refere àqueles que seriam selados e salvos entre os judeus, ou àqueles na igreja cristã - podemos responder:
(a) que existem fortes razões para supor que esta [i.e., a igreja cristã] seja a opinião correta. Muito antes da época de João, todas essas distinções de tribo já tinham sido abolidas. As dez tribos haviam sido levadas e espalhadas em terras distantes, para nunca mais serem restauradas; e não se pode supor que houvesse uma seleção literal das doze tribos aqui mencionadas, ou qualquer designação de doze mil para cada uma. Não houve ocasião – nem quando Jerusalém foi destruída, e nem em qualquer época - em que houvesse tais realizações, conforme as que aqui ocorrerem em referência aos filhos de Israel.[1]
Embora Albert Barnes tenha defendido que o número 144.000 seja simbólico e não literal, ele faz um argumento inegavelmente poderoso para a que se entenda esse “Israel” como sendo a igreja de Cristo: desde antes do tempo de João já não havia distinção tribal para os israelitas, muito menos nos dias atuais. Isso prova que a separação tribal feita em Apocalipse 7:5-8 é simbólica.
Os 144.000 selados são mártires fiéis
Antes de introduzir o número 144.000, João dá a seguinte descrição dessa classe de cristãos com número preordenado:
(Apocalipse 6:9-11) 9 E quando abriu o quinto selo, vi por baixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa da obra de testemunho que costumavam ter. 10 E gritaram com voz alta, dizendo: “Até quando, Soberano Senhor, santo e verdadeiro, abster-te-ás de julgar e vingar o nosso sangue dos que moram na terra?” 11 E a cada um deles foi dada uma comprida veste branca; e foi-lhes dito que descansassem mais um pouco, até que se completasse também o número dos seus co-escravos e dos seus irmãos, que estavam para ser mortos assim como eles também tinham sido.
Após isso, João diz que estes “selados” que seriam mortos são 144.000. Note que João diz que um número havia de ser ‘completo’, e isso prova que o número 144.000 é literal, pois um número simbólico não pode ser ‘completo’.
João descreve que alguns dos membros dessa classe haviam sido mortos, e suas almas clamavam por justiça. Essa não é uma descrição sobre a falsa doutrina da imortalidade da alma; antes, é apenas uma representação da justiça de Deus e da necessidade de retribuição pelo assassinato de cristãos fiéis. Em realidade, tais almas não são literais, nem é o altar; tudo isso faz parte de uma alegoria para representar a vindoura justiça de Jeová.
A descrição de João é exclusiva do martírio. João diz que alguns dos 144.000 já haviam sido mortos; e que os demais, que ainda não haviam sido mortos, completariam o número (144.000) daqueles que estavam para ser mortos. Sugiro que leia Apocalipse 6:9:11 em sua Bíblia com máxima atenção.
Veja como algumas traduções vertem essa passagem:
· “até que se completasse o número dos seus irmãos que, como eles, foram servos e que, da mesma forma, também deveriam ser mortos.” (Versão King James em português);
· “até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.” (João Ferreira de Almeida Atualizada);
Não há disputa significativa sobre a tradução dessa passagem. Em relação a isso, comentou o erudito Albert Barnes em Notes on the Bible:
Este selo pertence aos mártires. . . A prometida vingança ocorreria quando todas aquelas perseguições tivessem passado e o número de mártires estivesse completo.” [O grifo é meu.]
Assim, temos aqui o retrato completo: os 144.000 não são cristãos comuns, mas mártires. Isso é reafirmado mais uma vez pelo apóstolo João. Em referência à estas “almas” que simbolicamente clamavam por justiça, que são os 144.000, João diz sem rodeios:
(Apocalipse 20:4) 4 E eu vi tronos, e havia os que se assentavam neles, e foi-lhes dado poder para julgar. Sim, vi as almas dos executados com o machado, pelo testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus, e os que não tinham adorado nem a fera nem a imagem dela, e que não tinham recebido a marca na sua testa e na sua mão. E passaram a viver e reinaram com o Cristo por mil anos.
Os 144.000 são exclusivamente mártires fiéis, cristãos verdadeiros que foram executados pelo nome de Jesus; eles compõem a Nova Jerusalém e reinarão com Cristo por mil anos; durante este período, a grande multidão ficará na Terra, a qual será transformada no Éden, e será levada à perfeição.
A conclusão de que os 144.000, isto é, aqueles que adentram a primeira ressurreição e reinam nos céus com o Senhor, são mártires é reafirmada pelo apóstolo Paulo:
(Filipenses 3:10, 11) 10 a fim de conhecer a ele e o poder de sua ressurreição, e a participação nos seus sofrimentos, submetendo-me a uma morte semelhante à dele, 11 [para ver] se de algum modo consigo alcançar a ressurreição [a ocorrer] mais cedo dentre os mortos. (TNM86)
Perceba que Paulo relaciona a ressurreição (e pelo contexto subentende-se àquela descrita como sendo a “primeira ressurreição” – Apocalipse 20:5), com o martírio. Em termos claros, é isto: Paulo almejava o martírio porque este garantiria sua salvação eterna na herança celestial. Isso é reafirmado pelo apóstolo em Colossenses 1:24, onde ele disse que estava ‘preenchendo o que está faltando nas tribulações do Cristo na sua carne’, isto é, a morte.
Paulo também disse mais sobre sua vindoura morte como mártir:
(2 Timóteo 4:6-8) 6 Pois, já estou sendo derramado como oferta de bebida, e o tempo devido para o meu livramento é iminente. 7 Tenho travado a luta excelente, tenho corrido até o fim da carreira, tenho observado a fé. 8 Doravante me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, o justo juiz, me dará como recompensa naquele dia, contudo, não somente a mim, mas também a todos os que amaram a sua manifestação.
Essas palavras corroboram com a tese de que Paulo almejava o
martírio, pois ele se doou como sacrifício a Deus.
Assim, parece-me incontestável que os sofrimentos,
as perseguições e prisões, além da morte pela causa de Cristo são os requisitos
para tornar-se membro dos 144.000 e entrar no Pacto para um Reino com o Senhor,
conquistando a herança celestial.
O que significa ser um mártir?
O dicionário de Aurélio define “mártir” como “Pessoa que sofreu tormentos, torturas ou a morte por sustentar a fé cristã.”[2]
Embora todos os 144.000 sejam mártires, nem todo aquele que morreu aparentemente em nome de Jesus será computado como membro dos 144.000. Parece contraditório? Não tão rápido.
Digamos que um padre católico, promotor de falsas doutrinas como a Trindade, a idolatria e o inferno de fogo, seja enviado como missionário para a Coréia do Norte. Lá, ele começa a catequizar as pessoas de forma escondida das autoridades. Então, ele é descoberto e sentenciado à morte. Ele é um dos 144.000? A resposta é um sonoro NÃO.
Da mesma forma, no decorrer da história muitas pessoas que confessavam fé em Cristo foram executadas injustamente por suas crenças. Isso, entretanto, não garante que essas sejam parte dos 144.000, pois embora tinham fé e morreram por tal fé, seu zelo a Deus não era “segundo o conhecimento exato”. (Romanos 10:2) Tal pessoa obviamente será salva, mas não como membro dos 144.000.
Apenas morrer acreditando ser fiel a Cristo não torna alguém um verdadeiro mártir. O verdadeiro mártir tem de ser um cristão genuíno, fiel, assim como eram os 12 apóstolos. Ninguém sabe ao certo como cada apóstolo morreu, mas eles enfrentaram o martírio imediato ou prolongado.
A que me refiro com “martírio prolongado”? Imagine a seguinte cena: um cristão genuíno é preso em um campo de concentração. Ele não renuncia sua fé, mas está pronto para enfrentar a própria morte pela causa do Senhor. As autoridades o torturam e o espancam, usam-no até mesmo como cobaia para experimentos científicos, apontam uma arma para sua cabeça, mas ele não nega o Senhor e sua fé é testada ao limite. Entretanto, ele não morre naquele momento, mas algum tempo após isso, talvez de uma doença em decorrência disso. Ele não foi executado no ato do martírio, mas é considerado um mártir.
Conclusão
O número 144.000 é literal, e não há argumentos sólidos para se pensar que representaria todos os salvos.
Visto que os 144.000 “são os que estão seguindo o Cordeiro para onde quer que ele vá”, (Apocalipse 14:4) eles não são israelitas que se converterão ao cristianismo durante a grande tribulação ou em algum momento no tempo do fim. Antes, parte dos 144.000 já existia nos tempos de Jesus, e tal parte era os 12 apóstolos e demais discípulos próximos deles. O fato de que a distinção tribal apresentada em Apocalipse 7:5:8 não existe mais desde o cativeiro em Babilônia corrobora fortemente para esta tese.
A descrição de João sobre os 144.000 é do número completo de pessoas que foram mortas por dar testemunho de Deus e de Cristo; ou seja, são mártires. Assim, ninguém vivo hoje pode afirmar ser membro dos 144.000. Quem decidirá isso é Jeová Deus.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
[1] Albert Barnes’ Notes on the Bible.
[2] O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 3ª. edição, 1ª. impressão da Editora Positivo, 2004.
Comentários
Sobre Romanos 8:15-17, vale ressaltar que todas as religiões afirmam ter tido ou recebido "revelações" de Deus. Os mórmons, a via de exemplo, encaram essa "revelação" como parte essencial da conversão ao mormonismo, e usam Romanos 8:15-17 como base principal para isso.
Sobre Romanos 8, há controvérsia sobre a referência das palavras de Paulo. Eu ainda não tenho opinião definida. Entretanto, vale lembrar que Romanos 8 não possui relação alguma com a ceia do Senhor ou o novo pacto.
Se alguns cristãos afirmam que foram escolhidos por Deus de forma secreta, eu não posso negar isso; afinal, não cabe a mim fazer tal julgamento. Entretanto, visto que tampouco posso confirmar isso, nem pode a pessoa provar de forma objetiva tal unção, isso não pode ser em hipótese alguma motivo para dividir a congregação entre "ungidos" e "não ungidos".
Em outras palavras, se a pessoa foi de fato escolhida por Deus para ser parte dos 144.000, ela provará isso em sua morte, e apenas em sua morte.
Com respeito ao martírio, realmente... não sei como eu não vi isso antes. O livro de Revelação ou Apocalipse é claro e as citações que você fez são inegáveis. Sem qualquer sombra de dúvidas os 144.000 são mártires porque a Bíblia diz duas vezes de forma clara que são mártires! Agradeço-lhe por me abrir os olhos. Agora entendo que todo cristão deve participar da ceia do Senhor.
Peço que explique mais sobre a grande multidão.
Mas uma pergunta que sempre me faço, e ela mesma não tenha resposta em consenso entre eruditos em geral, é sobre Apocalipse 14:4a:
O texto é claríssimo! Como coadunar isso? Somente homens virgens herdarão a glória?
Obrigado.
Não há razões para colocar ‘entendimento’ entre aspas – de fato este é um entendimento no pleno sentido da palavra.
O texto referido de Apocalipse 14:4 diz:
“𝐸𝑠𝑡𝑒𝑠 𝑠ã𝑜 𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑛ã𝑜 𝑠𝑒 𝑝𝑜𝑙𝑢í𝑟𝑎𝑚 𝑐𝑜𝑚 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠; 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜, 𝑠ã𝑜 𝑣𝑖𝑟𝑔𝑒𝑛𝑠.”
Não sabemos exatamente, pelo contexto, qual seria a referência dessas palavras; entretanto, biblicamente falando, o termo “mulher”, que por definição significa “pessoa adulta do sexo feminino”, nem sempre se refere a uma mulher de forma genérica. Às vezes o termo “mulher” pode se referir a uma meretriz, pois o meretrício era uma prática puramente feminina nos tempos bíblicos. O que esclarescerá isso é o contexto. Visto que o texto em pauta menciona “mulher” com ‘poluir-se’, logicamente conclui-se que por “mulher” o termo se refere a meretrizes, e o termo “virgens” se refere à pureza, isto é, à contaminação espiritual, pelo menos é este o contexto.
Assim, a Escritura diz:
(2 𝐶𝑜𝑟í𝑛𝑡𝑖𝑜𝑠 11:2) “𝑃𝑜𝑖𝑠, 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑐𝑖𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑣ó𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑐𝑖ú𝑚𝑒 𝑝𝑖𝑒𝑑𝑜𝑠𝑜, 𝑝𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑢, 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒, 𝑣𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑚𝑒𝑡𝑖 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑎 𝑢𝑚 𝑠ó 𝑚𝑎𝑟𝑖𝑑𝑜, 𝑎 𝑓𝑖𝑚 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑠 𝑎𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑣𝑖𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑡𝑎 𝑎𝑜 𝐶𝑟𝑖𝑠𝑡𝑜.”
(𝘛𝘪𝘢𝘨𝘰 4:4) “𝘈𝘥ú𝘭𝘵𝘦𝘳𝘢𝘴, 𝘯ã𝘰 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘪𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘢𝘮𝘪𝘻𝘢𝘥𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 é 𝘪𝘯𝘪𝘮𝘪𝘻𝘢𝘥𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘋𝘦𝘶𝘴? 𝘗𝘰𝘳𝘵𝘢𝘯𝘵𝘰, 𝘵𝘰𝘥𝘰 𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘲𝘶𝘪𝘴𝘦𝘳 𝘴𝘦𝘳 𝘢𝘮𝘪𝘨𝘰 𝘥𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘵𝘪𝘵𝘶𝘪-𝘴𝘦 𝘪𝘯𝘪𝘮𝘪𝘨𝘰 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴.”
Assim, a virgindade dos 144.000 é, segundo as palavras principais do texto, em sentido teológico – os 144.000 não cometeram adultério espiritual com a grande meretriz, a saber, Babilônia, a Grande.
O texto diz em Apocalipse 20:4:
"Vi tronos, e aos sentados neles foi dada autoridade para julgar. Sim, vi as almas dos que foram executados por causa do testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus, vi aqueles que não tinham adorado a fera nem a imagem dela e não tinham recebido a marca na testa e na mão. Eles voltaram a viver e reinaram com o Cristo por mil anos."
O texto cita que João viu:
1) os que foram executados , evidentemente mártires.
2) os que não adoravam a fera e nem a sua imagem.
Este segundo grupo também são de ungidos, mas não necessariamente mártires. Foram considerados fiéis, não por morrerem como mártires em perseguições no primeiro século ou depois, mas por terem sido fiéis no tempo do fim, no tempo em que existe governos e a ONU que oprimem o povo de Deus.
Acho forçado dizer que somente mártires são ungidos, já que o texto cita outro grupo.
Apocalipse 14 cita serem virgens, espiritualmente falando, por não se contaminarem com a adoração falsa e por seguirem o cordeiro aonde quer que ele vá como motivo da escolha destes, não necessariamente morrer sendo perseguido.
Acho que estão equivocados neste sentido. Mártires são apenas uma parte dos ungidos, como provado. Agradeço o espaço.