Contribuído por Cristão
Antitípico.
Este
artigo é uma resposta a um leitor que comenta com o nome de “Vagner”.
Primeiramente
quero deixar claro que não tenho interesse em debates prolongados, e apenas me
proponho a responder a pessoas que percebo serem dignas de uma resposta, e isso
tem limite de vezes. No caso do leitor Vagner, eu nem procuro dar muita atenção
aos seus comentários porque ele é visivelmente o tipo de pessoa com quem é
impossível de se ter uma conversa. Explicarei por quê.
Em
resumo, o leitor Vagner tem a seguinte postura:
1. Ele não analisa os
argumentos que os outros usam e opina sem pesquisar e sem pesar os argumentos;
2. Depois, mostra-se a ele
que a opinião dele é inconsistente e sem base bíblica sólida;
3. Apercebendo-se de que
sua opinião é inconsistente, Vagner joga a culpa nos outros, dizendo que sua
opinião foi mal-interpretada e ofende os outros;
4. Vagner tenta ganhar no
cansaço com ad nauseam (repetições exaustivas);
5. As pessoas param de dar
atenção a Vagner porque percebem de sua personalidade difícil, e ele canta
vitória.
Pessoas
com a personalidade do Vagner existem aos montes na internet. Entenda uma
coisa, prezado leitor: o fato de seus comentários não terem sido aprovados não
significa que não podem ser rebatidos; na maioria dos casos é apenas para
não perder tempo com solos infrutíferos; para não dar margem a pessoas que
só falam e não escutam.
Eu
estou sempre disposto a mudar de opinião, mas a pessoa precisa saber me provar
biblicamente por que eu estou errado. Isso já aconteceu várias vezes comigo e
sou grato a esses irmãos. Mas se a pessoa é de personalidade difícil, agressiva
nos argumentos, aí fica complicado de se ter ao menos uma conversa respeitosa.
É por isso que seus comentários não são aceitos, prezado Vagner. Eu já fui
igual a você, mas mudei. Acredite em mim, vale a pena mudar!
O
Vagner comentou por último o seguinte:
Eu fiz um
comentário em resposta ao autor do artigo, mas até agora meu comentário não foi
aprovado para aparecer aqui! Ou seja: o moderador do site ficou com medo da
minha resposta e só deixou as palavras do autor do artigo me atacando! Pra mim,
é prova da fragilidade intelectual dos atuais escritores do site.
Creio
que este comentário, por si só, já esclareça por que os outros não foram
aprovados. Mas vou dar um contexto a você, leitor. No meu artigo sobre o Sonho de Nabucodonosor, argumentei
profundamente, com inúmeras referências de eruditos bíblicos, que o sonho de
Nabucodonosor tem que ter algum sentido tipológico para a congregação. Vagner
ignorou todos os argumentos, referências e respondeu:
Na minha
opinião, o sonho de Nabucodonosor não tem segundo sentido que aponte
para os últimos dias. Creio que apenas as passagens que se referem claramente a
uma aplicação futura, “para o tempo do fim”, é que devem ser
consideradas como profecias ligadas à vinda do Reino de Cristo. O sonho da
estátua e as profecias sobre o rei do norte e rei do sul são as únicas de
Daniel que deveriam ser consideradas indicadoras para o “tempo do Fim”. No caso do sonho da árvore, creio que seu único objetivo teria
sido humilhar o arrogante Nabucodonosor e deixar claro para qualquer um que
tomasse conhecimento do fato que: Jeová é o Soberano Universal. Apenas
Ele é o Altíssimo e pode humilhar e rebaixar qualquer governante que Ele achar
arrogante e mereça ser colocado “no seu devido lugar”. O mais humilde da
humanidade ser colocado por Jeová foi cumprido quando Ele restaurou a sanidade
mental de Nabucodonosor e o recolocou no cargo, fazendo-o sair da condição de
um humilhado louco, que comia grama como um touro, e foi reconduzido para a
glória de seu cargo de Rei.
Em
vista disso, respondi em sequência ao Vagner da seguinte forma:
Vagner, a
sua posição é a mesma do protestantismo atual e do catolicismo. O artigo
mostrou claramente vários pontos que identificam o relado de Nabucodonosor como
um tipo profético. O livro de Daniel não é um livro de ética, mas de profecia.
Muitos eruditos já chegaram à mesma conclusão. O que muda nas conclusões dos
eruditos que viveram entre os anos de 1800 e 1900 é o método de calcular isso,
mas as evidências são estarrecedoras.
Se você quer ver a Bíblia como um livro de ética, vá em frente. Isso é heresia.
Devido
à sua personalidade difícil, Vagner deu o seguinte comentário, o qual não havia
sido aprovado.
Primeiro:
você dizer que a minha “posição é a mesma do protestantismo atual” não quer
dizer nada, pois da mesma forma eu posso te acusar de adotar a mesma posição de
eruditos protestantes que inicialmente formularam essa interpretação em torno
do sonho da árvore.
Prezado Vagner, eu sei disso. Entretanto, eu nunca
disse que o fato de sua posição ser a mesma do protestantismo resulta em ela
ser falsa. Eu apenas salientei que sua posição é a mesma do protestantismo – só
isso. Foi apenas uma introdução ao assunto, não uma tentativa de argumentação.
Portanto, você refutou um argumento que você mesmo tirou do vento. Depois você
acusa os outros de fazer isso com você – é por isso que seus comentários não
mais serão aceitos. Você tem uma personalidade difícil. Não seja assim. Vagner comentou:
Segundo:
falta honestidade intelectual da sua parte quando você distorce a minha opinião
e quer dar a entender que eu quero “ver a Bíblia como um livro de ética”. Não,
em nenhum momento eu teria dito ou dado a entender que eu veria a Bíblia sob
este ponto de vista!
Prezado, eu me esforço ao máximo em desenvolver
honestidade intelectual. Aqui fica claro o segundo motivo de ser difícil de
conversar com pessoas com a personalidade do Vagner – ele fala algo
inconsistente e, depois que a inconsistência vem à tona, nega ter feito as implicações
existentes nos argumentos usados. Isso foi visto por mim e por outros em
literalmente todos os comentários do Vagner nestes últimos artigos
escritos por mim.
Conhecendo
a estrutura de um argumento
Um argumento possui declarações diretas e também implicações.
Se as implicações necessárias do argumento são falsas, o argumento também é
falso. Por exemplo, os trinitários argumentam que Jesus é Deus porque em João
20:28 Tomé disse a Jesus “Meu Senhor e meu Deus” no contexto da
ressurreição. A implicação disso, no entanto, seria que Deus morreu,
pois Tomé falou tais palavras ao Jesus ressuscitado. O ponto é que Deus é
imortal; logo, se você não aceitar a implicação de que “Deus morreu”,
não poderá dizer que as palavras de Tomé provam que Jesus é o Deus Supremo.
Com base em minhas conversas com o Vagner, posso afirmar
que, se ele fosse trinitário, acusaria o outro de desonestidade intelectual,
afinal, Vagner “nunca disse que Deus morreu” – este é o tipo de conversa que ele
apresentou em todos os seus comentários, e se você não tem certeza disso,
sugiro que leia os comentários dele abaixo de um artigo neste
link
e veja por si só. Ele fala uma coisa; quando mostramos a ele a inconsistência
das implicações dos seus comentários, ele nega que tenha dito tal coisa e
ofende os outros. É por isso que os comentários do Vagner não são aceitos. Veja
dois comentários contraditórios do Vagner.
Comentário 1:
No caso
do sonho da árvore, creio que seu único objetivo teria sido humilhar o
arrogante Nabucodonosor.
Comentário 2:
Não, em
nenhum momento eu teria dito ou dado a entender que eu veria a Bíblia sob este
ponto de vista! (i.e., “um livro de ética”.)
Ele
tenta se explicar melhor:
A minha
opinião é claramente voltada e focada no sonho da árvore de Nabucodonosor. [Não se pode
negar o sentido profético de um relato e dizer que não nega a Bíblia, apenas um
relato. Por exemplo, se você negar que Abraão e Isaque representam a Jeová e a
Jesus Cristo, você nega a Bíblia, não apenas “um relato”.] Ou seja: não há heresia da
minha parte, pois eu tenho minha conclusão com base puramente no que a Bíblia
permite que seja entendida a passagem em questão. [Errado.
A Bíblia aponta claramente para Nabucodonosor como um tipo profético.] Você
pode estar muito mais com um pé na heresia do que eu, pois a sua posição te faz
colocar palavras “na boca” da Bíblia, ensinando como doutrina uma interpretação
forçada de homens, que podem estar errados. [Eu
mostrei inúmeros argumentos que atestam a tese de que Nabucodonosor é um tipo
profético.]
Mas o fato é: heresia é colocar acima da Bíblia interpretações humanas como se
fossem a verdade absoluta e que não pode ser contestada, como você faz, “Cristão
Antitípico”.
Prezado Vagner, releia o artigo que escrevi sobre
o sonho de Nabucodonosor. Só peço que desta vez você preste atenção aos argumentos
e os pese, coloque-os sobre a mesa. Não é um texto que está em pauta, mas a
própria forma fundamental de enxergarmos os escritos sagrados.
Quando um
relato é um tipo profético?
Quando
falamos de tipologia bíblica, as Escrituras não apresentam de forma expressa
todos os tipos proféticos, mas as passagens contêm elementos que evidenciam
tipos proféticos, e cabe à congregação percebê-los. Isso não é “colocar
palavras na boca da Bíblia”, mas o espírito santo habilita a congregação a
entender tais contextos de forma profética.
Por
exemplo, o drama de Abraão e Isaque. Não é dito em parte alguma nas Escrituras
que tais personagens representam algo; contudo, é evidente que Abraão é um tipo
de Jeová e Isaque é um tipo de Jesus Cristo, pois há elementos proféticos no
relato de Gênesis. (João 3:16) Os judeus jamais entenderiam tal relato de tal
forma; apenas os cristãos perceberiam seu real sentido. Portanto, o tipo
profético é obscuro o suficiente para ser negado pelos incrédulos, mas claro o
suficiente para ser percebido pelos cristãos verdadeiros.
Outro
exemplo é o Cântico de Salomão. Este belo livro não é uma canção de amor, mas
uma representação profética: a Sulamita representa a congregação, o pastor
representa Jesus Cristo, e Salomão representa os reis do mundo. Contudo, a
Bíblia não diz isso em parte alguma de forma expressa, tal como “Vós sois a
Sulamita”. Então, como sabemos dessas representações maravilhosas? Por
causa dos elementos contextuais e intertextuais com outras partes da Bíblia.
O ponto
mais determinante é que, se não enxergarmos tal relato como um tipo profético,
ele se torna sem sentido para nós, e só o que nos resta é olhar para o relato
de uma visão ética, com lições morais triviais. O mesmo ocorre no exemplo de
Abraão e Isaque, Oolá e Oolibá, a Jerusalém apóstata e em muitos outros. A fim
de mantermos a consistência, todos esses relatos teriam de ser vistos de uma
perspectiva puramente ética se enxergarmos o relato de Nabucodonosor nessa
perspectiva e vice-versa.
Agora,
digamos que você diga que Abraão e Isaque não representam nada, e que tal
relato apenas nos ensina a termos fé em Deus como Abraão teve. Aí eu o acusaria
de olhar para a Bíblia de uma perspectiva puramente moral/ética, e que isso é
heresia; então você me responde dizendo que não vê a Bíblia dessa forma, apenas
crê que o relato de Abraão e Isaque em específico não se aplique a nós. Pois é,
foi exatamente isso que você fez no caso de Nabucodonosor. Isso significa ver a
Bíblia de uma perspectiva puramente ética, por mais que você não tenha falado
sobre a Bíblia inteira, apenas sobre um relato. Falar de um relato como sendo
“a Bíblia” é uma metonímia.
Toda a
história do povo de Jeová nos séculos 19 e 20 está fundamentada sobre uma
premissa: A Bíblia inteira é inspirada por Jeová, e isso significa que cada
relato especial aponta para o Cristo e para a congregação, a antitípica
Sulamita. Desmembrar o livro de Daniel, dizendo que o capítulo 2 não tem
ligação com o 4, e que são capítulos independentes e que o capítulo 4 só nos
ensina lições morais, tudo isso é um desperdício do livro de Daniel. Não é a
forma de ver um texto apenas, mas é uma nova forma de ver os fundamentos dos
escritos sagrados. Isso é contra todo o ensino que as Testemunhas de Jeová tiveram desde 1879.
Se for assim, isso altera toda nossa forma de ver a Bíblia.
Preste atenção aos argumentos
Veja outro
exemplo da personalidade difícil que impossibilita uma conversa sadia.
No meu artigo sobre akatharsía
(impureza), eu apresentei todas as referências bíblicas para tal palavra
no Novo Testamento, além de citações lexicais, e tal exposição mostra de forma objetiva que akatharsía
se refere à “impureza de motivo”, isto é, a sentimentos. O Vagner
ignorou todos os fatos e disse que discordava; ele sequer pesou os
argumentos. É por isto que seus comentários não são aprovados, prezado Vagner: você
não analisa o que é dito, apenas opina em discórdia sem pesquisar, sem avaliar
a argumentação. Você quer debater, brigar; eu não quero. Você desperdiçou
suas chances.
Espero que a
presente resposta o ajude a pesquisar melhor antes de opinar. No seu caso,
porém, suas respostas desrespeitosas e inconsistentes não mais serão aceitas por causa deste último comentário.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja
citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
Jonas representa Jesus.
Davi representa Jesus.
Moisés representa Jesus.
Ester representa a igreja organizada durante o tempo do fim.
Nabote representa Jesus Cristo.
Salomão representa Jesus Cristo.
Mas Nabucodonosor não representa nada naquele relacionamento o tão especial? Só nos ensina que Deus odeia a soberba?
Obrigado por seu comentário. O termo "humilde" na Bíblia não tem o significado que tem para nós na sociedade atual. Usualmente falamos "humilde" no sentido de "modesto". Por exemplo, se alguém começa a se gabar de um feito por dizer algo como "eu sou o melhor mesmo", dizemos: "Seja humilde". Contudo, não é neste sentido que a palavra "humilde" é usada na Bíblia.
"Humilde" na Bíblia geralmente tem o sentido de pobre, humilhado, paupérrimo, alguém que está em uma condição social ou financeira bastante deplorável; alguém insignificante em sentido social e econômico.
O ponto é que é o messias que será colocado no trono do "reino da humanidade" por Deus. Então é aqui que está a referência ao messias. Portanto, o sonho de Nabucodonosor claramente faz referência ao propósito de Deus e de seu Reino.