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A lei das testemunhas atesta contra a alegada pessoalidade do “Espírito Santo”?


As decisões judiciais em Israel dependiam do depoimento de duas ou três testemunhas
Fonte: jw.org


Um leitor trouxe a este site a interessante consideração:

Vamos considerar do ponto de vista de um cristão verdadeiro daquele período:

Como exemplo, pense no apóstolo Paulo. Ele fora “batizado no Espírito Santo”; também “desceu às águas”, como dizem alguns atualmente. Paulo conhecia (para exemplificar o que se cria como cristão de verdade no primeiro século) toda a Lei de Moisés; conhecia a Deus e conhecia o ressuscitado Jesus (teve experiência pessoal com ele em mais de uma vez). Paulo também tinha o “Espírito Santo” de Deus.

Pois bem, Paulo, como judeu, citou certa vez a Lei em um sentido: o de utilizar testemunhas para resolver certos assuntos. Deuteronômio 19:15 diz que qualquer assunto que seriamente necessite de provas conte com o testemunho de dois, até mesmo três testemunhas, para ser firmemente confiável. Paulo confirmou isso em 2 Coríntios 13:1. Lá ele disse que “pela boca de duas ou três testemunhas, toda questão será decidida”.

Isso é uma grande regra. Vale para resolver todo tipo de assunto polêmico. Em uma ocasião, ao dar instruções ao jovem ancião (presbítero) Timóteo, ele utilizou esse princípio bíblico sobre alguém que levianamente pudesse acusar um cristão que detivesse esse privilégio. Ele escreveu: “Não aceites denúncia contra presbíteros, senão exclusivamente sob o depoimento de DUAS ou TRÊS testemunhas.” – 1 Timóteo 5:19.

Agora, pensemos no seguinte caso: Paulo, o apóstolo escolhido pelo próprio Jesus, estava pedindo que Timóteo, o jovem presbítero fizesse uma conjuração (jurasse diante de TRÊS testemunhas confiáveis). Quais seriam as pessoas mais confiáveis do universo para testemunhar a conjuração de Timóteo? Se Paulo, com o histórico acima, tivesse o conceito daqueles judeus, ou se quisesse expor o conceito mais apropriado, não teria a melhor oportunidade para isso nessa ocasião? E você, quais testemunhas convocaria para ouvir a conjuração do jovem presbítero?

É bem simples. Basta ler alguns versículos seguintes e ver o que fez o privilegiado apóstolo. Ainda no capítulo 5 da segunda carta a Timóteo, ele faz uma conjuração no versículo 21, que diz: “Conjuro-te perante Deus, e Cristo Jesus, e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos, sem prevenção, nada fazendo com parcialidade”. Notaram? Ele usou a pessoa de maior confiança no universo para testemunhas isso, Deus. Ele usou em seguida a segunda pessoa mais digna de consideração, Jesus Cristo. Que categoria de pessoas ele convocou para ocupar o terceiro lugar para testemunhar a decisão de Timóteo? Os anjos! Por qual motivo Paulo não usou o “Espirito Santo” para declarar isso aos cristãos de sua época?

O interessante é que Paulo volta a conjurar o presbítero Timóteo, dessa vez na sua segunda carta. A diferença é que Paulo volta a utilizar-se do princípio sagrado para fazer a mesma convocação. Só que dessa vez ele achou por bem chamar apenas DUAS testemunhas. Isso está 2 Timóteo 4:1, que diz “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua manifestação e pelo seu Reino.” Note que o escritor não achou necessário o uso de TRÊS testemunhas, senão apenas DUAS.

Já tirou suas conclusões? Eu já! Pense nisso.

[Fim da consideração feita pelo referido leitor.]


O espírito santo dá testemunho, mas não junto com o Pai e o Filho (João 8:17, 18), e sim, junto com coisas impessoais, tais como a água e o sangue.  – 1 João 5:5-8.

Jesus disse, em João 8:17, 18: “Também, na própria Lei de vocês está escrito: ‘O testemunho de dois homens é verdadeiro.’ Eu sou um que dá testemunho de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, dá testemunho de mim.” A Lei mosaica, citada por Jesus, estabelecia que as decisões judiciais deveriam fundamentar-se “no depoimento de duas ou três testemunhas” (Deuteronômio 17:16; 19:15). Duas testemunhas eram o mínimo exigido. Mas, evidentemente, seria melhor três testemunhas. Este era o motivo da menção de “duas ou três testemunhas”. Como o espirito santo não é uma pessoa espiritual, foi necessário Jesus citar a si mesmo como testemunha dele próprio, junto com o testemunho de seu Pai.

O espírito santo, por não ser uma pessoa espiritual, dá testemunho junto com coisas impessoais, conforme lemos em 1 João 5:5-8, que declara:  “Quem pode vencer o mundo? Não é aquele que tem fé em que Jesus é o Filho de Deus? Este é aquele que veio por meio de água e de sangue: Jesus Cristo; não apenas com a água, mas com a água e com o sangue. E o espírito dá testemunho, porque o espírito é a verdade. Pois são três os que dão testemunho: o espírito, a água e o sangue; e os três estão de acordo.”

Assim, como vemos, a lei das testemunhas desfere um golpe na alegada personalidade do espírito santo.

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