Fonte: jw.org
Um leitor escreveu:
Saudações Cristãs. Primeiramente, quero elogiar o seu trabalho, querido
apologista. Seu trabalho e competência em defender a verdade com certeza dá
alegria ao nosso Pai Jeová. Sempre leio seus artigos e estudos. A forma como o
irmão expõe os assuntos não deixam dúvidas para aqueles que estudam a Bíblia de
forma sincera e sem pré-conceitos.
É admirável ver sua facilidade em ensinar e rebater doutrinas humanas
falsamente colocadas como cristãs. Com humildade, sabedoria e interesse sincero
em que as pessoas venham conhecer a verdade, o irmão expõe a falsidade da
doutrina da Trindade, inferno de fogo, personalidade do espírito santo (aliás,
seu estudo sobre pneumatologia é sensacional).
Enfim, não quero engrandecê-lo, e penso que sua humildade não
permitiria isso, mas é necessário a mim elogiar seu trabalho, pois já tive
muita ajuda sua. Espero receber uma ajuda neste momento. Tenho algumas
dúvidas a respeito da forma como Jeová vê pessoas inocentes. Eu iria perguntar
para o superintendente, quando ele nos visitar, pois esses irmãos cristãos
explicam de forma mais cabal. Mas me lembrei de ti. Esta dúvida está me
amargurando e acredito que você vai entender o porquê.
Nos julgamentos “do mundo” Jeová executou crianças, bebês, velhinhos e
possivelmente deficientes mentais. No caso de Sodoma e Gomorra, o patriarca
Abraão disse: “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio;
que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a
terra? Então disse o SENHOR: Se eu em Sodoma achar cinquenta justos dentro da
cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles” (Gênesis 18:25, 26).
No caso, para Jeová as crianças e bebês não eram justas? Há diferença
para Jeová entre justo e inocente? Sabemos que as pessoas mortas nesses dois
julgamentos não voltarão mais para viver no paraíso terrestre, mas e tais
crianças? Não achei na Biblioteca da Torre de Vigia nenhum artigo que fale
sobre isso especificamente.
Sei que, ao logo da narrativa, Jeová mostrou amor e carinho às crianças
de várias formas. Suponhamos que tais crianças não voltem, pois já tiveram seu
julgamento, que garantias temos de que as crianças Testemunhas de Jeová e não
TJ, enfim, crianças e bebês no geral, sejam salvas no Armagedom?
Também sei do conceito sobre os injustos que voltarão a viver e
aprenderão a verdade, mas isso também se refere às pessoas nos dois julgamentos
mencionados? São essas as minhas dúvidas. Irmão, não me leve a mal, e não pense
que estou tendo ideia errada sobre o amor de Jeová, mas não consegui responder
essas questões. Muito obrigado!
Resposta:
Muito obrigado pelo carinho em
suas expressões de apreço. Fico muito contente de saber que meus esforços estão
logrando êxito.
Quanto a assuntos ligados a
julgamento eterno, tenha presente que é um assunto não tão simples de
determinar se, e quando, houve uma execução eterna de pessoas. Mesmo no caso
envolvendo Sodoma e Gomorra, a organização nem sempre manteve a mesma posição,
o que significa que a posição vigente pode sofrer alteração, e que nenhum ponto
de vista nessa questão precisa ser aceito como absoluto.
O que podemos ter certeza é que Jeová jamais fará injustiça. Ele é
amor, e já deu prova suprema de seu infinito amor pela humanidade por resgatar
a humanidade do pecado e da morte pelo mais caro bem que ele possui – o seu
Filho unigênito! – João 3:16; 1 João 4:8.
Visto que ele pagou um preço tão
alto para salvar a humanidade, ele não irá perder ninguém que possua algo de bom. Lemos em 1 Reis 14:13: “Todo o
Israel o lamentará e o enterrará. Da família de Jeroboão só ele será colocado
numa sepultura, porque ele é o único da casa de Jeroboão em quem Jeová, o Deus
de Israel, achou algo de bom.” Esta
passagem diz respeito a Abias, filho do idólatra Rei Jeroboão I, de
Israel. Abias foi o único da família de Jeroboão que recebeu um enterro
decente, porque Jeová viu nele “algo de bom”. Assim, Jeová está atento quanto a
ver o que há de bom nas pessoas.
Na situação envolvendo filhos,
vemos o conceito divino em uma das leis de Deus dadas a Israel, que declara: “Os
filhos não devem ser mortos por causa do que seus pais fizerem. A pessoa só
deve ser morta pelo seu próprio pecado.” (Deuteronômio 24:16) Se este é o
conceito de Deus no caso de uma execução temporária, neste sistema de coisas,
quanto mais no caso de uma execução eterna!
Por isso, poderá acalmar seu
coração, tendo presente o nobre fato a respeito do Deus Todo-Poderoso: “A Rocha
[Jeová]— perfeito é tudo o que ele faz, pois todos os seus caminhos são
justos. Deus de fidelidade, que nunca é injusto; Justo e reto é ele.”
Veja também o artigo “Você tem dificuldade de encarar Deus como um Ser amoroso? (Artigo especial)”.
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da
Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
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