Fonte: jw.org
“Big Bang” (termo inglês para “Grande Explosão”) é atualmente
a teoria mais aceita, embora não comprovada, para o surgimento do Universo
físico.
O cientista
russo naturalizado estadunidense, George Gamow (1904-1968) e o padre e
astrônomo belga Georges Lemaître (1894-1966) anunciaram tal teoria em
1948. A suposta grande explosão
cósmica teria ocorrido entre 10 e 20 bilhões de anos.[1]
Qual é o postulado
científico dessa teoria?
Segundo o físico Robson L. Rodovalho (2013, pp. 102-103)
[…]
essa explosão não se encaixa no conceito de explosão como se entende no senso
comum. […] [O Universo] teria começado a se expandir – mas não como uma
explosão da forma que entendemos, e sim como uma flutuação, proposta da
abordagem quântica, que … provocou sua expansão e diminuição de temperatura,
adquirindo energia cinética.
De fato, uma explosão tal qual entendida no senso comum não
poderia explicar um Universo tão organizado, do mesmo modo como a explosão em
uma gráfica não poderia resultar em um exaustivo dicionário.
Então, para o cientista, o que houve foi uma expansão a
partir de um ponto de concentração de densidade infinita.
As desconfortáveis
implicações da teoria para os cientistas ateus
O conceito geral é de que o próprio espaço e o tempo
começaram com o Big Bang. Isso
implica numa consequência nada agradável para os ateus. Conforme explicou
Rodovalho (2013, p. 168): “Se não existia o tempo ou o espaço, para que fosse
possível a ação de um agente causador antes do Big Bang, não podemos atribuí-lo a nenhuma causa física.” Assim,
conclui Rodovalho:
Até
agora, a visão do Big Bang permanece como a mais aceitável, embora traga
implicações desconfortáveis para a maioria dos cosmólogos – a não causalidade
física do Big Bang, clamando portanto para um fator além da materialidade das
leis cientificas. – P. 169.
[…]
É
necessário um milagre muito grande para que esse nada se torne o agente
causador de um Universo ordenado, complexo e com uma sintonia tão fina propensa
à vida como o nosso.
Tanto
os princípios antrópicos como o princípio da causalidade apontam nessa direção.
– P. 177.
Em harmonia com essa postura lógica e científica, o Professor
Antonio Delson C. de Jesus, pós-doutor em Detritos Espaciais e professor da
Universidade Estadual de Feira de Santana, na Bahia, declarou[2]:
[…]
então, para todos os efeitos, o Universo não surgiu do nada do ponto de vista
científico, mas de uma transformação que só foi possível por causa de coisas
bastante reais – as tais partículas. E assim permanece a pergunta: ‘quem deu
origem a essas partículas primordiais?’
O físico e geneticista Francis Collins,
líder do Projeto Genoma, responsável pela façanha do mapeamento do DNA humano,
afirmou, em seu livro A Linguagem de Deus
(2007, p. 75):
Tenho de concordar. O Big Bang grita por uma explicação
divina. Obriga à conclusão de que a natureza teve um princípio definido. Não
consigo ver como a natureza pode ter se criado. Apenas uma força sobrenatural,
fora do tempo e do espaço, poderia tê-la originado.
Portanto, a teoria do Big Bang,
longe de sequer aventar a possibilidade de Deus estar fora do cenário, traz à
tona a necessidade de Sua existência como Causa Primária, Inteligente, na
produção do nosso altamente organizado Universo.
Nota:
[1] FRANCISCO, Wagner de Cerqueria e. "Big Bang - A Teoria do Big Bang"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/big-bang.htm>. Acesso em 14 de marco de 2017.
[2] Apud Rodovalho (2013, p. 177).
Bibliografia:
COLINS, Francis. A
linguagem de Deus. Editora Gente, 2007.
RODOVALHO, Robson Lemos. Ciência
e Fé: o reencontro pela física quântica. Rio de Janeiro: Leya, 2013.
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