https://www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/w20121115/jesus-era-humilde/
“Mantenham a mesma atitude que
Cristo Jesus teve: embora ele existisse em forma de Deus, não pensou numa
usurpação, isto é, em ser igual a Deus.” – Filipenses 2:5, 6.
Um
leitor me enviou uma matéria sobre Filipenses 2:5, 6, na qual o autor da
matéria cita duas traduções desse texto sem fonte, em que se coloca o advérbio
“como”, o qual não existe no texto grego, conforme mostrou o artigo deste site sobre o mesmo texto, intitulado “DIREITO OU ‘USURPAÇÃO’?
(Filipenses 2:6)”. (Queira ver.)
As traduções sem fonte desse texto citadas pelo autor da referida matéria
contêm a frase
“não como uma
usurpação considerou o ser igual a Deus”. Contudo, em grego não ocorre o advérbio “como” (ώς; hos) nem a ideia dele.
Além
disso, as duas traduções citadas não são diferentes no que tange a colocar
Cristo como “igual a Deus”. Uma diz que Cristo não considerou usurpação “ser
igual a Deus”, ao passo que outra diz que ele não se aferrou a “ser igual a
Deus”. Assim, tal autor não foca realmente a tradução que torna claro que
Cristo considerou uma usurpação “ser
igual a Deus”. Desse modo, ele não desenvolve nenhuma argumentação contra essa
forma de traduzir, o que não exige nem sequer uma réplica.
Ademais,
ele parte do pressuposto errado de que a palavra harpagmós também possa significar, além de usurpação, ‘algo a se
apegar [aferrar]’.
Então, partindo da premissa correta, de que harpagmós significa “usurpação”, ele chega a uma conclusão de que Jesus não pensou em usurpar a igualdade com Deus porque ele já subsiste em forma de Deus.
Então, partindo da premissa correta, de que harpagmós significa “usurpação”, ele chega a uma conclusão de que Jesus não pensou em usurpar a igualdade com Deus porque ele já subsiste em forma de Deus.
Isso é
totalmente absurdo! Pois, se Cristo já fosse o Deus Todo-Poderoso, a “igualdade
com Deus” não seria nenhuma usurpação! Não há como ele pensar em uma usurpação
que não é nenhuma usurpação. O “ser igual a Deus” só seria uma usurpação se
Cristo fosse uma criatura.
O
autor ainda afirma que, em sua existência pré-humana, Jesus era igual ao Pai.
Se assim fosse, por que Jesus é apresentado como “mestre de obras” (“aluno”, Almeida Revista e Corrigida) em
Provérbios 8:30?
Também
afirma que, se Cristo é uma criatura, então não usurpar a igualdade com Deus
seria um exemplo de obediência, não de humildade. Acontece que ele desconsidera
aqui a continuação da passagem: “Pelo contrário, ele abriu mão de tudo que tinha
[Ou: “ele se esvaziou”, nota],
assumiu a forma de escravo e se tornou humano.” (Filipenses 2:7) Que exemplo sublime de
humildade!
O
autor afirma que os antitrinitaristas não conseguem expor suas ideias e ao
mesmo tempo mostrar como essa passagem nos ensina a humildade, afirmação que
foi contestada no artigo “DIREITO OU ‘USURPAÇÃO’? (Filipenses 2:6)”.
A
menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do
Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
Russell acertou sobre 1914, apenas errou seu significado. Mas a data é certa.
E o fim "iminente do sistema de coisas" não é doutrina das Tjs, e sim bíblica.