Fonte da ilustração:
http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1102014614
Surge o Preparador do caminho (29 EC)
(Mateus 3:1-12; Marcos 1:1-8; Lucas
3:1-18; João 1:6-8, 15-28)
O
princípio das boas novas a respeito de Jesus Cristo: No décimo quinto ano do
reinado de Tibério César[1],
quando Pôncio Pilatos[2]
era governador da Judeia e Herodes[3]
era governante distrital da Galileia, mas Filipe[4],
seu irmão, era governante distrital do país da Itureia[5] e
de Traconítis[6],
e Lisânias[7]
era governante distrital de Abilene,[8]
nos dias do principal sacerdote Anás[9] e
de Caifás[10],
surgiu um homem enviado como representante de Deus: seu nome era João. Veio a
declaração de Deus a João, filho de Zacarias, no ermo da Judeia. Este homem
veio em testemunho, a fim de dar testemunho da luz, para que pessoas de toda
sorte cressem por intermédio dele. Ele não era essa luz, mas havia de dar
testemunho dessa luz.
Naqueles
dias veio João Batista pregar no ermo da Judeia. Ele percorreu assim toda
a região em volta do Jordão, pregando o batismo em símbolo de arrependimento
para o perdão de pecados, dizendo: “Arrependei-vos, pois o reino dos céus se
tem aproximado.” Este, de fato, é aquele de quem se falou por intermédio de
Isaías, o profeta, conforme está escrito nestas palavras: “(Eis que eu envio o
meu mensageiro diante da tua face, o qual preparará o teu caminho.)[11]
Escutai! Alguém está clamando no ermo: ‘Preparai o caminho de Jeová, fazei
retas as suas estradas. Cada vala tem de ser enchida e cada monte e colina têm
de ser nivelados, e as curvas têm de tornar-se caminhos retos, e os lugares
escabrosos, caminhos planos; e toda a carne verá o meio salvador de Deus.’”[12]
Ora, João usava roupa de pelos de camelo e um cinto de couro em volta dos seus
lombos; seu alimento, também, era gafanhotos e mel silvestre.
Então
saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judeia e toda a região em volta do
Jordão, e as pessoas eram batizadas por ele no rio Jordão, confessando
abertamente os seus pecados. Portanto, começou a dizer às multidões que
vinham para ser batizadas por ele, quando viu os muitos fariseus[13] e
saduceus[14]
que vinham ao batismo: “Descendência de víboras, quem vos insinuou fugir do
vindouro furor? Produzi, pois, fruto próprio do arrependimento; e não presumais
dizer a vós mesmos: ‘Temos por pai a Abraão.’ Pois eu vos digo que Deus é capaz
de suscitar destas pedras filhos a Abraão. Deveras, o machado já está em
posição na raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produzir fruto
excelente, há de ser cortada e lançada no fogo.”
(Lucas 3:10-16a)
10 E as multidões perguntavam-lhe: “Que devemos fazer, então?” 11 Em
resposta, ele lhes dizia: “Aquele que tiver duas peças de roupa interior
partilhe com aquele que não tiver nenhuma, e aquele que tiver coisas para
comer, faça o mesmo.” 12 Vinham, porém, até mesmo
cobradores de impostos para ser batizados, e disseram-lhe: “Instrutor, que
devemos fazer?” 13 Ele lhes disse: “Não reclameis mais
do que a taxa do imposto.” 14 Também os em serviço
militar[15]
perguntavam-lhe: “Também nós, que devemos fazer?” E ele lhes disse: “Não
hostilizeis a ninguém e não acuseis a ninguém falsamente, mas contentai-vos com
o vosso soldo.”[16]
15 Ora, visto que o povo estava em expectativa e todos
raciocinavam nos seus corações a respeito de João: “Será este o Cristo?” 16 João
deu a resposta, dizendo a todos:
“Eu, da
minha parte, batizo-vos com água, por
causa do vosso arrependimento. O que vem depois de mim é mais forte do que eu;
não sou nem apto para me abaixar e desatar os cordões de suas sandálias. Ele vos batizará com espírito santo e com fogo. Tem na mão a sua pá de joeirar, e limpará completamente a sua eira,
ajuntando seu trigo no seu celeiro, mas a palha ele queimará em fogo
inextinguível.” Dava assim também muitas outras exortações e declarava as boas
novas ao povo.
(João 1:15-28)
15 (João
deu testemunho dele, sim, ele realmente clamou — este era aquele que [o] disse
— dizendo: “Aquele que vem atrás de mim avançou na minha frente, porque existiu
antes de mim.”) 16 Pois todos nós recebemos de sua
plenitude, sim, benignidade imerecida sobre benignidade imerecida. 17 Porque
a Lei foi dada por intermédio de Moisés, a benignidade imerecida e a verdade
vieram à existência por intermédio de Jesus Cristo. 18 Nenhum
homem jamais viu a Deus; o deus unigênito, que está [na posição] junto ao seio do
Pai, é quem o tem explicado. 19 Ora, este é o testemunho
de João, quando os judeus lhe enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém para
perguntar-lhe: “Quem és?” 20 E ele confessou e não
negou, mas confessou: “Eu não sou o Cristo.” 21 E
perguntaram-lhe: “O que, então? És tu Elias?” E ele disse: “Não sou.” “És tu O
Profeta?” E ele respondeu: “Não!” 22 Disseram-lhe,
portanto: “Quem és? para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram.
Que dizes a respeito de ti mesmo?” 23 Ele disse: “Eu sou
a voz de alguém clamando no ermo: ‘Fazei reto o caminho de Jeová’, assim como
disse Isaías, o profeta.” 24 Ora, os que tinham sido
enviados eram dos fariseus. 25 De modo que o
interrogaram e lhe disseram: “Então, por que batizas, se tu mesmo não és o
Cristo, nem Elias, nem O Profeta?” 26 João
respondeu-lhes, dizendo: “Eu batizo em água. No meio de vós está parado um a
quem não conheceis, 27 o que vem atrás de mim, não sendo
eu nem digno de desatar o cordão de suas sandálias.” 28 Estas
coisas ocorreram em Betânia,[17] do
outro lado do Jordão, onde João estava batizando.
Explicação das abreviações usadas:
AEC: Antes de nossa Era Comum.
EC: Era Comum
it: obra Estudo Perspicaz das Escrituras. O número em sequência indica o volume.
A
menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do
Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
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[1] Segundo
imperador de Roma. Nasceu em 42 AEC. Augusto morreu em 17 de agosto de
14 EC (calendário gregoriano); Tibério foi nomeado imperador pelo Senado
romano em 15 de setembro. O 15.º ano de Tibério, contando-se a partir da morte
de Augusto, se estendeu de agosto de 28 EC a agosto de 29 EC.
Contando-se a partir de quando ele foi oficialmente nomeado imperador, o ano
transcorreu de setembro de 28 EC a setembro de 29 EC. Tibério viveu
até março de 37 EC. – It-3, p.
709.
[2] O
5.º governador romano da Judeia. Tibério nomeou-o em 26 EC, e seu governo
durou dez anos. Josefo relata que Pilatos foi posteriormente removido do cargo
em resultado de queixas apresentadas pelos samaritanos ao superior imediato de
Pilatos, o governador da Síria, Vitélio. Eusébio, de fins do terceiro e início
do quarto século, diz que Pilatos viu-se obrigado a suicidar-se durante o
reinado de Caio (Calígula), sucessor de Tibério. – It-3, pp. 267-70.
[3] Herodes
Ântipas, filho de Herodes, o Grande, com Maltace, uma samaritana. Augusto César
deu a Ântipas a tetrarquia da Galileia e da Pereia. “Tetrarca”, que significa
‘governante de uma quarta parte’ duma província, era o termo aplicado ao
governante dum distrito menor ou a um príncipe territorial. No entanto,
popularmente, ele talvez tenha sido chamado de Rei, assim como Arquelau. (Mateus14:9;
Mar. 6:14, 22, 25-27) – It-2, p. 322.
[4] Tetrarca.
Filho de Herodes, o Grande, com sua esposa Cleópatra, de Jerusalém. Quando seu
pai faleceu, Augusto César dividiu o reino, dando a Filipe a tetrarquia de
Itureia, Traconítis e outros distritos vizinhos. Governou por mais de 30 anos.
– It-2, p. 326.
[5] Pequeno
território com limites variáveis e indefinidos, situado ao NE do mar da
Galileia. Pensa-se que o nome “Itureia” derive de Jetur, filho de Ismael, cujos
descendentes, que residiam a L do Jordão, foram derrotados pelos israelitas.
(Gên. 25:15, 16; 1 Crô. 1:31; 5:18-23) – It-2,
p. 460.
[6] [Duma
raiz grega que significa “escabroso”, provavelmente uma região escabrosa,
pedregosa]. Os limites norte de Traconítis situavam-se a uns 40 km
ao SE de Damasco, na parte nordeste de Basã. Quanto ao tamanho, abrangia
uma área piriforme de cerca de 900 km2. – It-3, p. 732.
[7] [Duma
raiz que significa “solto; soltar”]. A tetrarquia romana de Abilene tinha por
capital Abila, perto de Damasco da Síria. – It-2 p. 708.
[8] Distrito
romano, ou tetrarquia, na região das montanhas do Antilíbano, ao norte do monte
Hermom. Foi assim chamado segundo sua capital, Abila, cidade situada numa
garganta pitoresca à margem do rio Abana (moderno Barada). – It-1, p. 20.
[9] [Do
hebr., significa “Mostrando Favor; Benévolo (Gracioso)”]. Designado sumo
sacerdote por volta de 6 ou 7 EC por Quirino, governador romano da Síria,
serviu até cerca de 15 EC, (Luc. 2:2) sendo então removido do cargo pelo
procurador Valério Grato. Contudo, continuou a exercer grande poder e
influência. Cinco de seus filhos, bem como seu genro, Caifás, ocuparam, cada um
por sua vez, o cargo de sumo sacerdote. – It-1,
p. 128.
[10] José
Caifás foi designado sumo sacerdote pelo antecessor de Pôncio Pilatos, Valério
Grato, por volta de 18 EC (ou 26 EC, segundo alguns). Por volta de 36 EC,
Vitélio, o legado romano na Síria, removeu Caifás do cargo. – It-1, p. 396.
[11] Mal. 3:1.
[12] Isa. 40:3-5.
[13] “Separados; Separatistas”.
Desde antes de 150 AEC, já constituíam uma seita influente. Acreditavam na
imortalidade da alma, na punição eterna, no destino. Eram autojustos e
desprezavam o povo comum. – It-2, pp.
107-8.
[14] Seita
judaica associada com o sacerdócio. (Atos 5:17) Eles não criam nem na
ressurreição, nem em anjos. (Atos 23:8) Rejeitavam as muitas tradições orais
observadas pelos fariseus e também a crença farisaica na imortalidade da alma e
em punições ou recompensas após a morte. Também não criam no destino. – It-3, p. 491.
[15] Eram soldados
judeus, que possivelmente estavam empenhados num tipo de fiscalização policial,
em especial relacionada com a alfândega ou a coleta de impostos. – It-3, p. 623.
[16] Remuneração de militar. – Dicionário Aurélio.
[17] Não
a Betânia perto de Jerusalém. (NM,
nota.) O registro em João 1:29, 35, 43; 2:1 parece indicar um lugar a uma
distância de não mais de um dia de Caná da Galileia; ao passo que o de João
10:40 e 11:3, 6, 17 talvez sugira que se encontrava a dois dias de distância de
Betânia, onde morava Lázaro. Portanto, um lugar um pouco ao S do mar da
Galileia parece mais provável, mas não é possível fazer uma identificação
positiva. – It-1, p. 345.
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