Por:
Queruvim e o Apologista da Verdade
Recentemente,
foi lançado no site O Apologista da
Verdade um desafio saudável e respeito – de incentivo à pesquisa bíblica:
encontrar outra tradução, além da Tradução do Novo Mundo das Escrituras
Sagradas, que traduza corretamente o texto de 1 Coríntios 7:36-38.
A vasta
maioria das traduções usadas pela cristandade – tanto por católicos quanto por
evangélicos – traduz de modo incoerente essa passagem, dando a ideia de que a
Bíblia promove o incesto, ou o machismo.
Para se
inteirar disso, leia os cinco artigos dessa série:
Um desafio aos
católicos e aos evangélicos! – Parte 1
Um desafio aos
católicos e aos evangélicos! – Parte 2
Um desafio aos
católicos e aos evangélicos! – Parte 3
Um desafio aos
católicos e aos evangélicos! – Parte 4
Um desafio aos
católicos e aos evangélicos! – Parte 5 (Final)
Não
conseguindo contestar a racionalidade da forma em que a Tradução do Novo Mundo
das Escrituras Sagradas verte, os críticos se voltam para questionar a
fundamentação linguística da tradução de parthénos
por “virgindade”.
Paulo
escreveu sobre alguém achar que “se está comportando de modo impróprio para com
a sua virgem”, subentendendo o que pode ser traduzido como uma “[condição de]
virgem”, ou “virgindade”.
Um estudo
sério do texto de 1 Coríntios 7:36-38 se harmoniza perfeitamente com tal
entendimento, o que é fundamentado por diversos eruditos que não são
Testemunhas de Jeová.
Por exemplo,
o respeitado Comentarista bíblico Inglês Matthew Henry (1662-1714)
escreveu:
“Acho que o
apóstolo continua aqui seu discurso anterior, e aconselha pessoas não casadas,
às quais cabe decidir o que fazer; a virgem do homem refere-se à sua
virgindade.” –
Matthew Henry’s Commentaryonthe Whole Bible
[Comentário de Toda a Bíblia, de Matthew
Henry], 1976, Vol. III, p. 1036.
Em textos
gregos seculares, a palavra grega par·thé·nos também
inclui homens solteiros.[1] Assim, a tradução “virgindade”, segundo encontrada nas versões feitas por J. B.
Rotherham e J. N. Darby (ambas em inglês), bem como
na Tradução do Novo Mundo, é apropriada e parece
ajustar-se melhor ao contexto.
Em um
artigo acadêmico a respeito de παρθένος (parthénos), faz-se a seguinte afirmação:
“Um bom
estudo semântico de parthénos
demonstra que o termo tem um sentido de castidade e o próprio Brown concorda
com isso. (Becker & Brown, 1985, p. 233.) Gerhard Delling, autor de um
subtópico falando sobre parthénos no
Dicionário Teológico de Kittel, afirma que parthénos
pode muito bem ter um significado diferente em alguns casos, geralmente pode se
dizer que o termo se refere à ideia de castidade”.
O autor
parece concordar que parthénos tem um
sentido estrito de castidade. (Delling,
1979, v.5, p.832). [2]
Também, o
erudito inglês de Cambrige da Faculdade Corpus
Cristi, George Morrish (1814-1911), entendeu que parthénos pode significar
“virgindade” em seu A New and
Concise Bible Dictionary.[3]
Ele coloca
a definição do verbete parthénos assim:
“Virgem, Virgindade (παρθένος).” Depois explica: “Em sua aplicação natural as
palavras se aplicam a ambos os sexos, e em 1 Coríntios 7: 36-37 talvez seja
melhor traduzida como ‘a virgindade’.”
O erudito
e comentarista bíblico Inglês Daniel Whitby (1638–1726)[3] defendeu amplamente a mesma leitura que encontramos na Tradução do Novo Mundo
em 1 Coríntios 7:36, apresentando diversos motivos para isso. Escreveu
volumosas obras onde comentava versículo por versículo não somente os
Evangelhos, mas também as cartas de Paulo. Falando sobre o texto de 1 Coríntios
7:36, ele faz o seguinte comentário:
“Supõe-se
geralmente que estes três versículos [36, 37, 38] referem-se a virgens sob o
poder dos pais ou guardiões; e, portanto, a inferência usual é esta
– filhos são desposados em casamento pelos pais. Ora, isto pode ser
verdade, mas não tem fundamento algum neste texto. Visto que τηρεῖν τὴν ἑαυτοῦ παρθένον
não é manter a virgindade da filha, mas a sua própria. Pois como Favorino nos
informa, ele é chamado uma virgem que de livre vontade se entrega ao
Senhor, renunciando o matrimônio e preferindo uma vida gasta em
continência.
“E que este
deve ser o verdadeiro significado destas palavras aparece a partir desta
consideração, que isto depende do propósito do seu próprio coração e o poder
que ele tem sobre a sua própria vontade, e a não necessidade decorrente de si
mesmo para mudar essa finalidade. Considerando que manter uma filha solteira
não depende dessas condições por parte de seu pai, mas dela própria; pois tendo
ela uma necessidade, certamente o apóstolo não aconselharia o pai para mantê-la
uma virgem, porque ele já havia determinado assim fazer; nem poderia haver
alguma dúvida se o pai tinha poder sobre a sua própria vontade ou não, quando
não haveria necessidade da parte dele de dar sua virgem em casamento. O grego
flui neste sentido: se ele já tinha ficado firme em seu coração, não
encontrando nenhuma necessidade para mudar o seu propósito; e tendo poder
sobre a sua própria vontade para não se casar; encontrando-se capaz de
persistir na resolução que ele tinha feito para manter sua virgindade, ele faz
bem em continuar virgem: e, em seguida, a frase 'se alguém acha que se comporta
de modo impróprio para com a sua virgem, se tem mais idade, e pensa que
deve sim se unir em matrimônio' refere-se às opiniões tanto de judeus e gentios
de que todos deveriam se casar. Os judeus dizem que o tempo de casamento é de
16 ou 17 a 20; enquanto alguns dos gentios especificam de 30 a 35. Se qualquer
um pensar assim, diz o apóstolo, 'deixai-os fazer o que eles desejam, eles não
pecam; casem-se'. E então ele conclui com estas palavras aplicadas a ambos os
casos: 'por isso, então, tanto o que se casa faz bem, e aquele que não se
casa, faz melhor'". (Os grifos são do original.)[5]
Outro
erudito, Adam Clarke, comenta:
“O
apóstolo, por παρθενος, não quer dizer uma virgem, mas o estado de virgindade ou
celibato, seja no homem ou mulher.”[6]
Esta última
opinião parece ser o verdadeiro sentido do apóstolo. Após citar Daniel Whitby
nas palavras acima, este Comentário de Adam Clarke diz:
“Pode ser
necessário fazer algumas observações gerais sobre estes versículos, resumindo o
que foi dito. Παρθενος aqui deve ser considerado como implicando não uma
virgem, mas o estado de virgindade”.
O emprego
de parthénos, parthenia, pseudo-parthénos, parthenios
e parthenias confunde até mesmo
alguns eruditos em abordagens superficiais. Parthenias e parthenios não
raro se referiam a filhos de uma parthénos.
Ou seja, uma “virgem” que tinha filhos era também chamada “parthénos” no sentido pejorativo. Assim,
Paulo não usaria “parthenias”, que em sua época tinha um sentido igual a um
palavrão. Giulia Sissa, escritora italiana, falando sobre parthénos, afirma que essa palavra
apresenta um “meandro semântico” não compreendido por muitos estudiosos.[7]
A historiadora Italiana e Professora na
Universidade Johns Hopkins, Giulia
Sissa, escrevendo sobre parthénos e palavras derivadas, afirmou algo
a respeito de uma definição pouco discutida em léxicos:
“Terminologia é crucialmente importante porque
devido ao uso das palavras, parthenia, pseudo-parthénos, parthenios, e parthenias pode causar
confusão. Esta confusão é simplesmente um fato. Por um lado, parthenia
denota uma condição que poder ser
tomada, λαμβάνειν, (Eschines, Letter 10), e levanda embora, ἀφελέσθαι (Pollux,
Onomastikon, 3, 42). É um tesouro que pode ser protegido, φυλάσσειν (Greek Anthology, 9, 44). Uma sentença
metafórica, como a que encontramos em
Pindar, “soltar as rédeas da
parthenia,
implica este mesmo significado. Há ampla evidência, portanto, se uma parthénos detém parthenia,
ela possui “algo”. Para complicar o quadro semântico, parthenia parece estar lá, muito embora às vezes não
esteja, ou não exista mais. A evidência inclui a palavra pseudo-parthénos,
na narrativa de Heródoto a respeito de mulheres jovens que, na Líbia, lutam a
fim de determinar quem é a verdadeira
parthénos e quem é a falsa.”
Sissa defende que parthénos não se refere apenas a um status social, mas a uma condição, que pode ser perdida. Isto
demonstra uma acepção que explica o uso que Paulo faz do substantivo.
Empregou-o de uma forma não usual, mas claramente compreensível. Sissa afirma
também:
"Um numero de eruditos clássicos autoritativos
afirmou que uma parthénos era uma mulher jovem
não casada – e nada mais. Este não pode ser o caso. As circunstancias
sociais de uma virgindade precisam ser
entendidas em conexão com terminologia e anatomia."[8]
Temos que
oferecer uma definição de parthénos
que dá conta de todos os usos linguísticos. Neste ponto, pode-se dizer que os
léxicos tradicionais fizeram um bom trabalho de tradução literal; contudo,
traduzir é mais do que apenas verter uma palavra de um idioma para outro.
Existe o que o erudito Jason Beduhn chama de “contexto literário,
cultural e de meio ambiente, no apoio” de uma tradução. Traduzir como um robô
até o Google já está fazendo.[9]
O erudito
Inglês John Locke (29/08/1632– 28/10/1704), autor de inúmeros
artigos sobre filosofia, política e "Novo Testamento", abordou detalhadamente
diversas cartas do apóstolo Paulo, inclusive 1 Coríntios. Ele escreveu uma nota
falando sobre 1 Coríntios 7:35, na qual afirmou:
“παρθένου parece
ser usado aqui para o estado de virgem, e não à pessoa de uma virgem. Se há
exemplos semelhantes deste uso, não sei; portanto, proponho isso como minha
conjectura, sob esta base: 1) Por que a resolução em mente, da qual se
fala aqui, deve estar na pessoa que irá se casar, e não no pai, que tem o poder
sobre a pessoa a quem se concerne: pois como a firmeza de mente do pai impedirá
a fornicação da filha que não tem a firmeza?; 2) A necessidade de
casamento somente pode ser julgada pela própria pessoa. Um pai não pode sentir
as chamas da paixão de uma filha que resulta na necessidade de casamento.
Somente a própria pessoa conhece seu ‘fogo’ ou tem o dom de
continência; 3) ἐξουσίαν δὲ ἔχει περὶ τοῦ ἰδίου θελήματος (‘tem o poder sobre sua própria vontade’) pode significar ‘pode governar seus próprios desejos e ser mestre
sobre sua própria vontade’ mas não pode ter este significado aqui, porque
é suficientemente expresso antes, por ἑδραῖος ἐν τῇ καρδίᾳ (‘firme no
coração’) e posteriormente por κέκρικεν ἐν τῇ καρδίᾳ
(‘decretado no coração’) ou deve significar: ‘tem a disposição de si próprio’, está livre do poder de seu pai de dispor seus filhos em casamento. Pois acho
que as palavras deveriam ser traduzidas ‘tendo poder sobre sua própria vontade’,
isto é, concernente ao que ele deseja. Pois se por isso São Paulo queria se
referir ao poder sobre sua própria vontade, alguém teria imaginado que ele
teria expressado tal pensamento como ele faz no cap. ix [9] 12 e em
Romanos ix [9] 21. Sem περὶ ou pela preposição ἐπὶ como
ele faz em Lucas ix [9] 1; 4) Porque, se ‘manter sua virgem’
significasse guardar seus filhos do casamento, a expressão teria sido mais
natural se tivesse sido usada a palavra τέκνα, que se aplica a ambos os
sexos, ao invés de παρθένος, que pertence somente ao feminino. Se,
portanto, παρθένος for tomada de modo abstrato para virgindade,
o versículo precedente deve ser entendido assim: ‘Mas se alguém acha que é
vergonhoso passar a flor da idade sem se casar e achar necessário se casar, que
faça como lhe agrada; ele não peca; que case.’ Confesso que é difícil trazer
estes dois versículos ao mesmo sentido, e ambos ao objetivo do apóstolo aqui,
sem considerar as palavras deles em um ou outro de modo bastante figurativo.
São Paulo parece aqui impedir uma objeção que poderia ser feita contra sua
dissuasão do casamento, que poderia ser uma indecência de que alguém fosse
culpado, se alguém vivesse sem casar tendo passado sua melhor idade, e
posteriormente ser forçado a casar. A qual ele responde: Que ninguém deveria se
abster, pelo fato de ser um Cristão, mas aqueles que são de firme resolução,
fica à sua própria disposição, e estão plenamente determinados em suas próprias
mentes.”[10]
Virgem e
virgindade são substantivos que se apresentam com uma dependência similar.
Alguém virgem detém a virgindade da mesma forma que uma pessoa honesta
detém a honestidade. Ou seja, se a pessoa perde a virgindade ela não é virgem
da mesma forma que a pessoa que perde a honestidade não é mais honesta. Parthénos significa literalmente (mas
não unicamente) “virgem” e é assim definido nos léxicos. Tanto um homem como
uma mulher são mencionados como podendo ser parthénos
ou “virgem” apesar de uma aplicação masculina ser algo raro nos escritos
antigos. Achilles Tatius, no livro 5, capítulo 20, menciona Clitofon
como sendo παρθενία.[11]
Muitos
dicionários ou léxicos, até mesmo exaustivos, não apresentam toda a gama de
significação de uma palavra ou até mesmo omitem algo devido à tendência ou
preferência de uma escola teológica. Uma evidência de limite deste aspecto pode
ser visto no artigo Refere-se a palavra grega malakós (1 Cor. 6:9) a praticas homossexuais?, no blog Tradução
do Novo Mundo Defendida, sobre o uso de malakós
nas Escrituras. Não raro sua acepção de “efeminado” não aparece em alguns
léxicos.
Certo
crítico da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada referiu-se à opção
“virgindade” em 1 Coríntios 7:36 na TNM como sendo uma “monstruosidade”. Este
tipo de linguagem cheia de carga emocional não é novidade para nós. Se é uma
“monstruosidade” tão grande, por que se importar tanto com ela? Essa alegada
“monstruosidade” é defendida por:
Matthew Henry (comentarista)
George Morrish (erudito Inglês)
Adam Clarke, (erudito Britânico)
John Locke (Prolixo escritor de
assuntos políticos, filosóficos e bíblicos que marcou época)
Daniel Whitby (erudito e
comentarista bíblico)
Portanto, acha que seria correto afirmar que a Comissão de Tradução da TNM, neste assunto de 1 Coríntios 7:36, “se escora apenas sobre a autoridade da Emphatic Diaglott, de Berry, de Darby e de Rotherham”? Será que todos os eruditos e autores acima são Testemunhas de Jeová?
É
impressionante como alguns são tão preconceituosos contra as Testemunhas de
Jeová e condenam a todo custo o que elas pensam, usando de linguagem barulhenta
e ridicularização! Mas não é exatamente isto o que se esperaria dos que lutam
contra o verdadeiro cristianismo – o ódio?
Observe que
em quase todos os sites onde se
apresenta a Bíblia e diversas traduções dela, católicos e protestantes fazem
questão de jamais colocarem a Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada na
lista das versões ali apresentadas. Chegam ao absurdo de darem preferência a
paráfrases radicais do texto sagrado! A mentalidade de muitos funciona assim:
‘É objetável falar mal de um gay,
falar mal de alguém devido à sua cor, mas demonstrar preconceito descarado
contra as Testemunhas de Jeová pode!’ Será que pode mesmo?
A LEI Nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 considera os
crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Note que,
na referida Lei, sonegar a hospedagem de alguém em um determinado hotel somente porque
ele é de religião diferente é crime. Mas observe que na internet este mesmo
tipo de preconceito atinge graus absurdos. Páginas que apresentam versões da
Bíblia evitam a todo custo “hospedar” qualquer referência à Tradução do Novo
Mundo da Bíblia Sagrada.
Algo de mais peso que a questão linguística
O que os críticos
da tradução de parthénos por
“virgindade” ao invés de por “virgem” desconsideram é que a tradução literal e
imediata (“virgem”) é simplesmente incoerente no texto de 1 Coríntios 7:36-38,
dando margem a comentários extensivos e insatisfatórios de teólogos, bem como a
críticas justificadas por parte dos críticos da Bíblia, pois tal tradução
promove incesto e/ou machismo, algo condenável na inteira Palavra de Deus.
A tradução
de parthénos por “virgindade”, além
de estar de acordo com a lógica e com o contexto de 1 Coríntios 7, como exposto
pelos diversos eruditos citados neste artigo, também concorda com o “restante
das Escrituras”. – 1 Pedro 3:16.
A menos que haja uma
indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada.
Os artigos deste site podem ser citados ou
republicados, desde que seja citada a fonte: o site oapologistadaverdade.org
[2] Disponível
em:
<http://ciberteologia.paulinas.org.br/ciberteologia/wp-content/uploads/2009/06/01ousodeparthénos.pdf >.
[3] Disponível em: <
http://bibletruthpublishers.com/virgin-virginity/george-morrish/concise-bible-dictionary-v/la84375>.
[4] http://www.preteristarchive.com/StudyArchive/w/whitby-daniel.html
[5] Disponível em: <
https://archive.org/stream/criticalcommenta06pitmuoft#page/n39/mode/2up>.
[6] Adam Clarke’s Commentary. Disponível em: <http://www.studylight.org/commentary/1-corinthians/7-36.html>.
[7] Disponível em:
<http://eugesta.recherche.univ-lille3.fr/revue/pdf/2013/Sissa-3_2013.pdf>.
[8] Fonte: http://eugesta.recherche.univ-lille3.fr/revue/pdf/2013/Sissa-3_2013.pdf
[10] A paraphrase and
notes on the Epistles of St. Paul to the Galatians, First and Second
Corinthians, Romans, and Ephesians : to which is prefixed an essay for the
understanding of St. Paul’s Epistles, by consulting St. Paul himself / John
Locke, p. 119.
Comentários
O artigo deixou no ar que esses termos são complexos e com variedade de aplicações.
BAUER
παρθενία, ας, ἡ (παρθένος; Sappho, Pind., Trag.+) state of being a virgin, virginity (Callim., Hymn. 3, 6 of Artemis: παρθενίη αἰώνιος; Aristocritus [III b.c.]: 493 Fgm. 5 Jac. of Hestia; Diod S 5, 3, 4) ἡ π. Μαρίας IEph 19:1. Of the time of virginity (w. focus on time of entry into married status)
LIDDELL-SCOTT
✪ παρθένος, Lacon. παρσένος Ar.Lys.1263 (lyr.), ἡ, maiden, girl, Il.22.127, etc.; αἱ ἄθλιαι π. ἐμαί my unhappy girls, S.OT1462, cf. Ar.Eq.1302; also γυνὴ παρθένος Hes.Th.514; π. κόρα, of the Sphinx, dub. in E.Ph.1730 (lyr.); θυγάτηρ π. X.Cyr.4.6.9; of Persephone, E.Hel.1342 (lyr.), cf. S.Fr.804; virgin, opp. γυνή, Id.Tr.148, Theoc.27.65.
Após tais fontes, decidimos observar o assunto com mais atenção e percebemos algum ponto que foi despercebido referente à gama de significação de PARTHENOS e até mesmo de PARTHENIA.
Queruvim