Fonte da ilustração:
https://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/historias-biblicas/6/jesus-nasce-num-estabulo/
“‘Vejam! A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe darão o nome de Emanuel’, que traduzido quer dizer ‘Deus está conosco’.” – Mateus 1:23.
A passagem acima, de Mateus 1:23, tem sido
invariavelmente sido citada como alegada prova de que, quando Jesus estava na
Terra, ele era Deus encarnado, Deus em carne.
Para início
de conversa, tal interpretação entraria frontalmente em choque com a doutrina
cristã fundamental do resgate (também chamada de “remissão” e de “redenção”).
O artigo A Cristandade e a Doutrina da Redenção explicou:
A necessidade de uma redenção, remissão ou resgate
surgiu quando o primeiro homem, Adão, pecou, e após isso, transmitiu o pecado
aos seus descendentes. (Ro 5:12, 18) Uma vez que foi um homem perfeito quem
pecou, seria necessário outro humano perfeito para pagar o preço do resgate, de
acordo com o princípio bíblico de se dar “vida por vida”. (Êx 21:23, Versão Almeida Revista e Corrigida) Trata-se do
princípio da equivalência, para equilibrar a balança da justiça.
Assim, Jesus
não poderia ser Deus-Homem, pois, se o fosse, ele não poderia ser um “resgate
correspondente”, visto que Adão não era Deus-Homem, mas sim um homem – um humano
perfeito. - 1 Timóteo 2:5, 6.
Um segundo
fator é que a expressão “Deus conosco” (ACRF) ou “Deus está conosco” (NTLH) não
significa textualmente que Jesus seja o “Deus conosco”. Contextualmente significa,
antes, que Jeová estava com o povo de Israel POR MEIO de Jesus.
Mateus 1:23
é uma alusão à profecia de Isaías:
“Portanto, o próprio Jeová lhes dará um sinal: Vejam! A jovem ficará grávida e dará à luz um filho,
e ela lhe dará o nome de Emanuel.” – Isaías 7:14.
Descrevendo os assírios como uma torrente inundante, a profecia
declarou:
“E invadirá Judá. Ele inundará e passará, chegando até o pescoço; com as
asas estendidas, ele cobrirá a largura da sua terra, Ó Emanuel!” – Isaías 8:8.
De modo poético, a profecia mostra que os inimigos do povo de Deus não
serão bem-sucedidos em seus ataques:
“Façam um plano, mas ele será frustrado! Digam o que quiserem, mas não
será bem-sucedido, porque Deus está
conosco!” – Isaías 8:10 (Maiúsculas acrescentadas).
Comentadores bíblicos têm sugerido que Emanuel tenha sido um filho de Isaías.
(Isaías 8:18; Estudo Perspicaz das
Escrituras, volume 1, p. 802.)
De qualquer forma, o Emanuel típico – da época de Isaías – não era Deus
em carne. Era sim um sinal, ou garantia, de que ‘Deus estava com eles’ (os
judeus). O mesmo se aplica no antítipo aplicado a Jesus.
Siglas das traduções usadas:
ACRF: Almeida Corrigida e Revisada Fiel
NTLH: Nova Tradução na Linguagem de Hoje
A menos que haja uma indicação, todas as citações
bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site oapologistadaverdade.org
Comentários
E também pelo fato muito óbvio de que Deus não pode morrer e sendo assim o resgate não poderia ser pago com a morte de Deus, se Jesus fosse Deus, então ele não morreu realmente, sua morte teria sido uma farsa, uma fraude, onde ele fingiu que morreu, mas apenas se afastou temporariamente de seu corpo físico, no caso tendo também fingindo que ressuscitou.
O irmão poderia acrescentar uma frase no artigo frisando Deus não pode sacrificar sua vida.