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A identidade de Jesus Cristo (Parte 2)


Fonte: jw.org 

No quinto século de nossa Era Comum, houve uma grande mudança no cristianismo nominal. Sobre essa mudança, o Almanaque Abril (ed. 1984, p. 146) declara: “451. O Concílio de Calcedônia conclui pela existência de duas naturezas, uma humana e outra divina, na única pessoa de Cristo.”

Curiosamente, somente nessa data tardia, mais de 400 anos após o estabelecimento do cristianismo, é que se afirmou oficialmente essa teoria. Se fosse realmente uma verdade bíblica, isso seria evidente desde os primórdios do cristianismo. Então, o que as Escrituras têm a dizer sobre a identidade de Jesus enquanto na Terra?

3. Não Deus-homem

O Salmo 8:4 e 5 declara: “O que é o homem mortal, para que te lembres dele,E o filho do homem, para que cuides dele? Tu o fizeste um pouco menor que os seres divinos, e o coroaste de glória e esplendor.”

O apóstolo Paulo, por inspiração, aplicou tal passagem a Jesus Cristo, afirmando:

Mas em certa passagem uma testemunha disse: ‘O que é o homem, para que te lembres dele, ou o filho do homem, para que cuides dele? Tu o fizeste um pouco menor que os anjos; tu o coroaste de glória e honra, e deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos. Tu lhe sujeitaste todas as coisas debaixo dos pés.’ Ao lhe sujeitar todas as coisas,Deus não deixou nada que não ficasse sujeito a ele. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas sujeitas a ele. Mas vemos a Jesus, que havia sido feito um pouco menor que os anjos, coroado agora de glória e honra por ter sofrido a morte, para que, pela bondade imerecida de Deus, provasse a morte por todos. Portanto, visto que as ‘crianças’ são  sangue e carne, ele também se tornou sangue e carne,  para que, pela sua morte, reduzisse a nada aquele que tem os meios de causar a morte, isto é, o Diabo. Por isso, ele teve de se tornar igual aos seus ‘irmãos’ em todos os sentidos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas referentes a Deus, a fim de oferecer um sacrifício propiciatório pelos pecados do povo.” – Hebreus 2:6-9, 14, 17.

Observe as palavras em negrito. Tendo sido feito na Terra um pouco menor que os anjos”, Jesus simplesmente não poderia ser um ‘Deus-homem’. Afinal, Deus  não é menor que os anjos.

Ademais, o fato de ter ‘provado a morte por todos’ mostra que Jesus era o equivalente exato ao homem perfeito Adão. Pois a doutrina bíblica da Redenção (Resgate) mostra que somente um homem perfeito poderia pagar o preço da redenção da humanidade. Por esta razão Jesus foi chamado de último Adão”. (1 Coríntios 15:45; veja o artigo “A Cristandade e a Doutrina da Redenção”.)

Que Jesus era plenamente humano é reforçado pelas expressões “se tornou sangue e carne” e “igual aos seus ‘irmãos’ em todos os sentidos”. A única exceção à expressão “em todos os sentidos” é a ausência de pecado, conforme explicitado em Hebreus 4:15: “Pois não temos um sumo sacerdote incapaz de compreender as nossas fraquezas, mas temos um que foi provado em todos os sentidos como nós, porém sem pecado.” Se Jesus fosse parte Deus e parte homem, a provação não seria “em todos os sentidos” como nós, humanos. Note que a única diferença estabelecida pelas Escrituras é a ausência de pecado.

Por ser plenamente humano, Jesus referiu-se a si mesmo como o “Filho do homem”: “E, assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim será erguido o Filho do Homem para que todo aquele que nele crer tenha vida eterna.” – João 3:14, 15.

Com isso, fechamos mais um tópico sobre a identidade de Jesus Cristo: ele não era Deus–homem, mas sim um ser plenamente humano, um homem perfeito, similar a Adão antes de este pecar.

O próximo artigo enfocará a distinção entre Jesus e seu Pai, Jeová.


A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada.



Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site oapologistadaverdade.org








Comentários

Unknown disse…
Apologista , uma dúvida. É claro muito claro que Jesus era humano no pleno sentido. O que não entendo é o porque da expressão "um pouco menor que os anjos" visto que os anjos são na verdade muito muito maior que um ser humano. Um anjo matou 185.000 humanos numa noite, se precisasse ele matéria o dobro. Porque então "um pouco" menor?
Essa é uma questão intrigante que já há um bom tempo tem-me feito refletir. Será que isso indicaria que estamos realmente muito mais distantes do que seria o ser humano perfeito do que imaginamos?
Unknown disse…
Que coisa!!!!! Nunca pensei nisso, e é talvez a resposta. O humano na sua condição perfeita é muito distante do que somos hoje com a imperfeição. Como tudo q Jeová cria ou faz é PERFEITO a natureza nossa original como filhos de Jeová não deve distanciar de um anjo a não ser nos poderes sobrenaturais .
GIBE disse…
não sei se o que vou dizer ajuda em alguma coisa, mas acredito que este anjo que golpeou os assírios era a próprio Jesus na sua forma pré-humana.
thecamellon disse…
Creio que existem anjos de várias categorias, e também acredito que o texto se refira aos anjos imediatamente superiores aos humanos, mas inferiores, por exemplos, aos serafins e querubins.
Saga disse…
A passagem não tem por objetivo comparar a força ou o poder, mas a dignidade, um dinossauro é muito mais poderoso que um ser humano, mas o ser humano ainda é superior a ele.

Numa escala de seres, os anjos são o passo imediatamente acima do homem, bem superior a minerais, plantas e animais.
Unknown disse…
Ótimo Saga. Ótima comparação, me fez entender de forma exata . muito bom mesmo..
Unknown disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Bem, aprecio o comentário de cada um de vocês sobre essa questão. Creio que no tempo devido de Deus entenderemos claramente o que o Salmo 8:5 quis dizer. - 1 Coríntios 13:9-13.

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