Fonte da ilustração: http://www.jw.org/pt/testemunhas-de-jeova/perguntas-frequentes/aniversarios/
A palavra “aniversário”
origina-se do latim anniversarius,
que é composta pelos termos annus (“ano”)
e vertere (“voltar”, ou “retornar”).
Assim, aniversário é aquilo que retorna anualmente. Ou seja, todas as
datas, com exceção de 29 de fevereiro, são aniversários.
Quanto a
celebrar, ou comemorar, um aniversário, isso depende da importância do
acontecimento que ocorreu em determinada data – o dia da independência, a
abolição da escravatura etc.
A nação de
Israel recebeu a lei divina que estabeleceu a comemoração de diversos
aniversários: a Páscoa (14 de nisã, Êxodo 12:5, 6, 14), o Pentecostes (6 de
sivã, Levítico 23:15, 16), o Dia da Expiação (10 de etanim, Levítico 16:29-31)
etc. O cristianismo recebeu também a observância de um aniversario: a
comemoração da morte de Cristo, que ocorreu no dia da Páscoa (14 de nisã, 1
Coríntios 11:23-26).
Mas, há outro tipo de aniversário que a Bíblia também menciona — o aniversário de nascimento:
Mas, há outro tipo de aniversário que a Bíblia também menciona — o aniversário de nascimento:
Gênesis
40:20-22: “O terceiro dia era o aniversário de Faraó, e ele deu um
banquete a todos os seus servos; ele trouxe para fora o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros, diante
dos seus servos. 21 E ele restituiu o chefe dos copeiros ao seu
posto de copeiro, e ele continuou a servir o copo a Faraó. 22 Mas Faraó pendurou o chefe dos padeiros num
madeiro, assim como José havia interpretado.”
Marcos 6:21-29: “Mas chegou um dia conveniente,
quando Herodes, no seu aniversário, ofereceu um
banquete aos altos funcionários, aos comandantes militares e aos homens mais
importantes da Galileia. 22 E a filha de Herodias entrou e dançou, e
ela agradou a Herodes e aos que comiam com ele. O rei
disse à moça: ‘Peça-me o que quiser, e eu darei a você.’ 23 Sim, ele lhe jurou: ‘O que for que você me
pedir, até a metade do meu reino, eu darei a você.”24 Então ela saiu e perguntou à sua mãe: “O
que devo pedir?’ Ela respondeu: ‘A cabeça de João, o Batizador.’ 25 Imediatamente, ela correu até o rei e fez o
seu pedido, dizendo: ‘Quero que o senhor me dê sem demora, numa bandeja, a cabeça
de João Batista.’ 26 Embora isso o entristecesse profundamente,
o rei não quis desconsiderar o pedido dela, por causa dos juramentos que tinha
feito e por causa dos seus convidados. 27 Assim, o rei enviou imediatamente um
soldado da sua guarda com ordens para que trouxesse a cabeça de João. Então ele
foi, decapitou-o na prisão 28 e trouxe a cabeça numa bandeja. Ele a deu à
moça, e a moça a deu à sua mãe. 29 Quando os discípulos dele ouviram isso,
foram pegar o seu corpo e o colocaram num túmulo.”
De início, já se pode perceber características em
comum nos dois relatos:
1)
Os aniversários
foram celebrados por pagãos: o Faraó do Egito, adorador de vários deuses, e o
Rei Herodes, opositor do povo de Deus da época (os judeus)
2)
Houve o mesmo
acontecimento trágico em ambas as comemorações de aniversário: a morte de uma
pessoa.
Será que essa
menção desfavorável do aniversário de nascimento na Bíblia indica algo sobre
ele? O que a História mostra sobre a comemoração de aniversários natalícios (de
nascimento)?
“A noção de
uma festa de aniversário natalício ERA ALHEIA ÀS IDEIAS DOS CRISTÃOS.” – A História da Igreja e Religião Cristã
Durante os Três Primeiros Séculos, 1848, Augusto Neander, p. 190. (Maiúsculas
acrescentadas.)
“Orígenes [escritor do
terceiro século EC] . . . insiste em que ‘dentre todas as
pessoas santas nas Escrituras, não se registra nenhuma delas como tendo
guardado uma festa ou realizado um grande banquete em seu aniversário natalício.
São apenas os pecadores (como Faraó e Herodes) que fazem grandes festejos
quanto ao dia em que nasceram neste mundo cá embaixo.’” — The Catholic
Encyclopedia (Enciclopédia Católica), 1913, Vol. X, p. 709.
A Cyclopædia de M′Clintock
e Strong (1882, Vol. I, p. 817) afirma que os judeus “consideravam as
celebrações de aniversários natalícios como parte da adoração idólatra . . .,
e isto provavelmente por causa dos ritos idólatras com que eram celebrados em
honra dos que eram considerados como deuses padroeiros do dia em que a pessoa
nasceu”.
“Os gregos criam que cada
um tinha um espírito protetor ou gênio inspirador que assistia a
seu nascimento e vigiava sobre ele em vida. Este espírito tinha uma relação mística
com o deus em cujo aniversário natalício o indivíduo nascia. Os romanos também
endossaram esta idéia. Chamavam o espírito de o gênio. Esta noção
incorporou-se na crença humana e reflete-se no anjo da guarda, na fada e no
santo padroeiro.” — The Lore of Birthdays [A
História dos Aniversários Natalícios], Ralph e Adelin Linton.
“A guarda de registros de
aniversários era importante nos tempos antigos principalmente porque a data do
nascimento era essencial para tirar um horóscopo”, afirmam os Lintons.
O Dr. Richard Lenski declara:
“Os judeus abominavam a celebração de aniversários natalícios como sendo
costume pagão.”
“Os hebreus posteriores
consideravam a celebração de aniversários natalícios como parte da adoração idólatra,
conceito que era abundantemente confirmado pelo que viam nas observações comuns
associadas com tais dias.” — The Imperial Bible-Dictionary
(Londres, 1874), editado por Patrick Fairbairn, Vol. I, p. 225.
Assim, não é
por mera coincidência que a Bíblia relata desfavoravelmente os aniversários de
nascimento: estavam ligados à magia, astrologia, misticismo, enfim, ao
paganismo.
Talvez alguém
diga: ‘Mas isso é coisa do passado. Hoje o aniversário de nascimento é uma
comemoração que não está ligada a essas coisas pagãs.’
Em primeiro lugar, temos este princípio: “Se a raiz é santa, os ramos também são.” (Romanos 11:16) Essa regra é tão verdadeira na Biologia quanto na origem dos atuais costumes. E a recíproca também é verdadeira: se a raiz (origem de uma celebração) é impura, os ramos (seus costumes atuais) também o são.
Em primeiro lugar, temos este princípio: “Se a raiz é santa, os ramos também são.” (Romanos 11:16) Essa regra é tão verdadeira na Biologia quanto na origem dos atuais costumes. E a recíproca também é verdadeira: se a raiz (origem de uma celebração) é impura, os ramos (seus costumes atuais) também o são.
Também, a
Bíblia é nossa ponte de ligação com o passado, e ela relata desfavoravelmente
os aniversários de nascimento. E os detalhes da cerimônia natalícia mostram que
as superstições pagãs ainda permanecem nas atuais comemorações natalícias. Exemplo:
fazer um pedido e soprar as velas. Sobre isso, note a obra de referência
abaixo:
“Os vários costumes de
celebração de aniversários natalícios das pessoas hoje em dia têm uma longa
história. Suas origens acham-se no domínio da mágica e da religião. Os costumes de dar parabéns, dar presentes
e de celebração — com o requinte de velas acesas — nos tempos antigos eram
para proteger o aniversariante de demônios e garantir segurança no ano
vindouro. . . . Até o quarto século, o cristianismo rejeitava a
celebração de aniversário natalício como costume pagão.” — Schwäbische
Zeitung (suplemento Zeit und Welt), de 3/4 de abril
de 1981, p. 4. (Negrito acrescentado.)
As velas são acendidas
diante de defuntos ou de um ídolo. Se o aniversariante não é um defunto, ele é
um ídolo. Assim, o bolo de aniversário, na hora da celebração, torna-se um
alimento oferecido a um ídolo. Sobre isso, a Bíblia declara:
“Pois pareceu
bem ao espírito santo e a nós não
impor a vocês nenhum fardo além destas coisas necessárias: 29 que persistam em se abster de coisas sacrificadas a ídolos, de sangue, do que foi
estrangulado e de imoralidade sexual. Se vocês se
guardarem cuidadosamente dessas coisas, tudo irá bem com vocês. Saudações!” –
Atos 15:28, 29.
Quanto a
outros aniversários (além dos ordenados a Israel e da Comemoração da morte de
Cristo, ordenado aos cristãos), a Bíblia não faz referência. Cabe a cada um que
quer agradar a Deus verificar o seu conteúdo e origem.
Referências:
A Sentinela de 15 de janeiro de 1981, p. 31.
Brasil Cultura. Origem da
Palavra Aniversário. Disponível em: <http://www.brasilcultura.com.br/almanaque-brasil-cultura/origem-da-palavra-aniversario/>.
Despertai! de 22 de junho de 1982, p. 13.
Estudo
Perspicaz das Escrituras, volume 1, p. 141.
InfoEscola. Raiz.
Disponível em :<http://www.infoescola.com/plantas/raiz/>.
Raciocínios à Base das Escrituras, p. 37.
A menos que haja uma
indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
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Comentários
Ninguém quando comemora um aniversário está fazendo alusão a demônios ou deuses pagãos. Se antigamente existia, ficou no passado.
Não tem como uma pessoa viver em sociedade sem determinadas práticas que outrora tenha tido origem pagã.
Muito bem vc não comemora aniversário porque tem origem pagã, então por que comemora festas de casamentos? Por que vc usa alianças de casamento, véus e grinaldas, calendários se todos esses elementos têm origem pagã?
Abraços.