Fonte: jw.org
“Mas, eu vos digo que muitos virão das regiões orientais e das
regiões ocidentais e se recostarão à mesa junto com Abraão, Isaque e Jacó, no
reino dos céus.” – Mateus 8:11.
Alguns religiosos, por não analisarem o contexto bíblico,
concluem de prontidão que os mencionados nesse texto estarão todos no céu. No
entanto, o Senhor Jesus Cristo, que trouxe a esperança de vida celestial,
estabeleceu uma condição para ela. Lemos em João 3:5: “Jesus respondeu: ‘Eu te
digo em toda a verdade: A menos que alguém nasça de água e espírito, não pode
entrar no reino de Deus.’”
Esta é uma condição sine qua non: “A MENOS QUE …”
O que significa nascer “de água e espírito”?
A água se refere evidentemente ao batismo em água, ritual pelo qual todos os
seguidores de Cristo deveriam passar. Jesus ordenou a seus discípulos: “Ide,
portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, BATIZANDO-AS em o nome do Pai, e
do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que
vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do
sistema de coisas.” – Mateus 28:19-20.
E o que significa ‘nascer do espírito’?
Significa receber a operação do espírito santo que gera a
pessoa como filho espiritual de Deus, dando-lhe uma perspectiva de vida
celestial. João Batista afirmou o seguinte sobre Jesus Cristo: “O que vem
depois de mim é mais forte do que eu, não sendo eu nem apto para tirar-lhe as
sandálias. Este vos batizará com espírito santo.”
Quando começaria esse batismo figurativo?
O próprio Jesus explicou, após sua ressurreição: “Porque
João, deveras, batizou com água, mas vós sereis batizados em espírito santo, não
muitos dias depois disso.” (Atos 1:5) Esses “não muitos dias depois” foi o
Pentecostes (festividade judaica) do ano 33 EC, quando ocorreu o derramamento
do espírito santo – e, por consequência, o batismo em espírito santo. Atos
2:1-4 descreve-nos o que ocorreu: “Então,
estando em progresso o dia da festividade de Pentecostes, todos eles estavam
juntos no mesmo lugar, e, repentinamente, ocorreu do céu um ruído, bem
semelhante ao duma forte brisa impetuosa, e encheu toda a casa onde estavam
sentados. E línguas, como que de fogo, tornaram-se-lhes visíveis e se
distribuíram, e sobre cada um deles assentou-se uma, e todos eles ficaram
cheios de espírito santo e principiaram a falar em línguas diferentes, assim
como o espírito lhes concedia fazer pronunciação.” O que tudo isso significa?
Derramamento do espírito santo em Pentecostes de 33 EC
Fonte: jw.org
Que os que viveram em tempos anteriores a esse figurativo
batismo e nascimento NÃO TÊM ESPERANÇA CELESTIAL, e não irão para o céu. A
esperança deles é de viver aqui na Terra no Paraíso, conforme lemos no Salmo
37:29: “Os próprios justos possuirão a terra E residirão sobre ela para todo o
sempre.”
Os antepassados de Cristo viverão no Paraíso na Terra
Fonte: jw.org
Em especial os que foram antepassados de Cristo, como Abraão,
Isaque e Jacó (mencionados em Mateus 8:11) terão posições principescas aqui na
Terra. O salmista bíblico profetizou: “Em
lugar de teus antepassados [do Messias] virá a haver teus filhos, os quais
designarás para príncipes em toda a terra.” – Salmo 45:16.
Então, qual é o significado de
Mateus 8:11?
Nessa passagem, Abraão, Isaque e Jacó são representativos do
arranjo do “reino dos céus”.
Abraão
representa Jeová Deus, como na parábola do Rico e de Lázaro. (Lucas 16:22; veja
o artigo “O Rico e
Lázaro – história real ou parábola?”) Isaque, filho de Abraão,
representa Jesus Cristo. O
apóstolo Paulo explicou: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a seu
descendente. [O descendente direto era Isaque] Não diz: ‘E a descendentes’,
como no caso de muitos, mas como no caso de um só: ‘E a teu descendente”, que é
Cristo.’” – Gálatas 3:16.
A disposição de Abraão de sacrificar Isaque prefigurou a
disposição e ação de Jeová em dar seu Filho em sacrifício pela humanidade.
Gênesis 22:2 descreve as palavras de Jeová a Abraão: “E prosseguiu, dizendo:
‘Toma, por favor, teu filho, TEU
ÚNICO FILHO A QUEM TANTO AMAS, Isaque, e faze uma viagem à terra de
Moriá e oferece-o ali como oferta queimada num dos montes que te designarei.’” Com
respeito à ação de Jeová, lemos as magnânimas palavras de João 3:16: “Porque
Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo
aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.”
Abraão se dispôs a oferecer Isaque
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Jacó, filho de Isaque, teve seu nome mudado para Israel, nome
dado à nação de seus descendentes. (Gênesis 32:28; 35:10; Êxodo 14:30, 31) Ele
representa os cristãos, chamados no “Novo Testamento” de “Israel de Deus”. –
Gálatas 6:16.
Quem são os “das regiões
orientais e das regiões ocidentais”?
O que motivou Jesus a falar as palavras registradas em Mateus
8:11 foi a fé incomum de um oficial do exército romano, em contraste com a
pouca fé, e até a falta dela, encontrada entre os israelitas. Leia
abaixo o relato:
“Quando entrou em Cafarnaum, veio a ele [a Jesus] um oficial
do exército, suplicando-lhe e dizendo: ‘Senhor, meu servo está de cama em
casa, com paralisia, sendo terrivelmente atormentado.’ Disse-lhe ele:
‘Quando eu chegar lá, irei curá-lo.’ O oficial do exército disse, em
resposta: ‘Senhor, eu não sou homem apto para entrares debaixo do meu teto,
mas, dize apenas a palavra e meu servo estará curado. Pois eu também sou
homem sujeito à autoridade, tendo soldados sob as minhas ordens, e digo a este:
“Vai!” e ele vai, e a outro: “Vem!” e ele vem, e ao meu escravo: “Faze isto!” e
ele o faz.’ Ouvindo isso, Jesus ficou pasmado e disse aos que o seguiam: ‘Em
verdade vos digo: Em ninguém em Israel tenho encontrado tamanha fé. Mas, eu vos
digo que muitos virão das regiões orientais e das regiões ocidentais e se
recostarão à mesa junto com Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus; ao
passo que os filhos do reino [os israelitas naturais sem fé] serão lançados na
escuridão lá fora. Ali é que haverá o seu choro e o ranger de seus dentes.’”
Um centurião romano demonstra fé incomum
Fonte: jw.org
Portanto, os ‘muitos que viriam das regiões orientais e das
regiões ocidentais’ seriam os gentios (os não judeus) que aceitariam o
cristianismo já no primeiro século, recebendo o batismo e o nascimento à base
da operação do espírito santo e, assim, passando a ter a perspectiva de viver
no céu com Jeová e Cristo, como membros do “Israel de Deus”.
A menos que haja uma indicação, todas as
citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
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