Andreas:
A liberdade oferecida
ao povo de Deus jamais se deve a "liberdade para pecar". Jamais.
Em Mateus 5:17, encontramos o verbo "Plerô", que significa
"encher, completar".
A melhor tradução seria "Não vim abolir, mas dar o seu verdadeiro sentido".
O Messias viria glorificar a Lei.
Nenhum dos 10 mandamentos foi "abolido" por Cristo, mas foi ampliado.
Não ache que por não estarmos debaixo da Lei podemos transgredir qualquer um
deles. Se matarmos, roubarmos, adorarmos ídolos, tomarmos o nome de Deus em
vão, estaremos pecando. E em pecado, devemos pedir perdão.
Porque estaremos pecando se estamos "livres da Lei"? Porque agora,
que não estamos mais debaixo da Lei, porque Cristo pagou nossa dívida, vivemos
no Espírito e o Espírito não transgride a Lei. (Romanos 8:3 ao 10)
Mas aquele que peca, ou seja, transgride a Lei, não está no Espírito, mas na
carne, porque a carne "não está sujeita a Lei", ou seja, é
desobediente.
Obedecemos por que temos o Espírito, é Ele quem nos ajuda a não pecar.
Nenhum dos 10 mandamentos foi "abolido" por Cristo e acho que você
concorda que sim. Até mesmo o sábado, pois Jesus jamais disse que ele foi
abolido, mas apenas ensinou a maneira correta de obedece-lo.
"No sábado eu quero misericórdia e não sacrifício". "É lícito
fazer o bem nos sábados."
Mas é óbvio que nenhuma parte foi abolida, porque a Lei que nos mata, pela qual
somos julgados é aquela da Arca da Aliança (Leia Ap 11:18 e 19)
E não serão justificados não os que conhecem a Lei, mas os que a obedecem.
(Romanos 2:12,13,14).
Porque pela Lei vem o conhecimento do pecado (Rm 3:20) e aquele que vive
pecando, não tem o Espírito.
Apologista da verdade:
Você afirmou:
“A liberdade oferecida ao povo de
Deus jamais se deve a ‘liberdade para pecar’. Jamais.”
Creio que isso é ponto pacífico entre nós. E já me referi a
isso mais de uma vez.
A sua interpretação do verbo grego pleróo
em Mateus 5:17 foge tanto ao sentido contextual quanto ao semântico. O verbo no
texto em pauta significa “encher” mas não no sentido de “dar o seu verdadeiro
sentido”, como você afirmou. Antes, tem a ideia de “completar” (como você mesmo
admitiu, mas não aplicou), ou “finalizar” algo.
Isso foi explicado no artigo “Mateus 5:17
indica que a Lei dada à Israel continuaria no cristianismo?”
Você
afirmou: “Nenhum dos 10 mandamentos foi ‘abolido’
por Cristo, mas foi ampliado.”
Essa afirmação colide frontalmente com todo o conjunto de verdades
cristãs, que tornam claro que a lei que
‘foi gravada com letras em pedras’ (os Dez Mandamentos) foi ‘por Cristo abolida’.
Veja 2 Coríntios 3:6-14, e o artigo “Os Dez
Mandamentos foram abolidos? – Um exame de 2 Coríntios 3:6-14”.
Você afirmou: “Não ache que por não estarmos debaixo da Lei podemos
transgredir qualquer um deles. Se matarmos, roubarmos, adorarmos ídolos,
tomarmos o nome de Deus em vão, estaremos pecando. E em pecado, devemos pedir
perdão.”
Na verdade, “se matarmos, roubarmos, adorarmos ídolos, tomarmos o nome de
Deus em vão, estaremos pecando” sim, mas não por transgredir leis que já foram
abolidas, e sim por transgredir a “lei do Cristo” (Gál 6:2), que também condena
tais atos como sendo pecado. – Veja 1 Coríntios 6:9, 10.
Ou seja, não precisamos dos Dez Mandamentos. Primeiro, porque já foram
revogados. Segundo, porque a “lei do Cristo” (o conjunto de leis cristãs) também
abarca tais atos como sendo pecados.
Você afirmou: “Nenhum dos 10 mandamentos foi ‘abolido’ por Cristo e acho
que você concorda que sim. Até mesmo o sábado, pois Jesus jamais disse que ele
foi abolido, mas apenas ensinou a maneira correta de obedece-lo.”
Não, Andreas, eu não posso concordar com isso, visto que A Bíblia é clara
em mostrar que os Dez Mandamentos junto com a inteira Lei mosaica foram
abolidos por meio de Cristo. – 2 Coríntios 3:7-14.
Há muitas
coisas que Jesus não disse a seus discípulos na época, como ele mesmo explicou:
“Ainda tenho muitas coisas para vos dizer,
mas não sois atualmente capazes de suportá-las.” (João 16:12) Mas, depois de sua ressurreição, as
cartas inspiradas tornaram claro o fim da Lei mosaica, para que os fiéis
pudessem ser adotados como filhos de Deus (Gál 4:1-5), para que os outrora
debaixo da Lei pudessem sair da maldição imputada por ela (Gál 3:10-13), e para
que não tivessem nenhuma condenação. – Ro 8:1 e 2Co 3:7, 8.
Você disse: “‘No sábado eu
quero misericórdia e não sacrifício’. ‘É lícito fazer o bem nos sábados.’”
Óbvio que,
enquanto a Lei vigorava, Jesus incentivou sua guarda.
Exemplos:
Mateus 5:23,
24:
“Se tu, pois, trouxeres a tua dádiva ao altar e ali te
lembrares de que o teu irmão tem algo contra ti, deixa a tua dádiva ali na
frente do altar e vai; faze primeiro as pazes com o teu irmão, e então, tendo
voltado, oferece a tua dádiva.”
Lucas 5:14:
“Vai e mostra-te ao sacerdote, e faze uma oferta em conexão
com a tua purificação.”
Você persiste em se reportar ao argumento da Arca da
aliança, relacionando-a com os Dez Mandamentos, quando o inteiro contexto de
Apocalipse 11:19 relaciona a Arca com a presença de Deus como governante por
meio de Cristo. Isso já foi explicado em minha refutação, e você não refutou
meu argumento.
Você citou Romanos 2:13:
“Não são os ouvintes da lei que são justos diante de Deus,
mas os cumpridores da lei é que serão declarados justos.”
Mas, por aplicar tal texto à Lei mosaica, que incluem os
Dez Mandamentos, você coloca a Bíblia em contradição. Por quê? Porque lemos o
seguinte nas passagens abaixo:
“Além disso, é evidente que pela lei ninguém é declarado justo diante de Deus, porque “o
justo viverá em razão da fé”. – Gál 3:11.
"Bem sabendo que o homem é declarado justo, não devido a obras
da lei, mas apenas por intermédio da fé para com Cristo Jesus, sim, nós
temos depositado a nossa fé em Cristo Jesus, para sermos declarados justos
devido à fé para com Cristo e não devido a obras da lei, porque nenhuma carne será declarada justa
devido a obras da lei.” – Gál 2:16.
“Portanto, por obras
de lei, nenhuma carne será declarada justa diante dele, pois pela lei
vem o conhecimento exato do pecado.” – Romanos
3:20.
Se fosse possível ser declarado justo pela Lei, os debaixo dela não
estariam sob maldição (Gál 3:10-13) e a vinda de Cristo para dar sua vida em
resgate seria desnecessária. Assim, esse argumento dos sabatistas atenta contra
uma das doutrinas centrais do cristianismo – a doutrina da REDENÇÃO! (Veja o artigo
“A Cristandade e a Doutrina da Redenção”.)
Qual “lei” então que, se cumprida, justificaria? (Ro 2:13) Não os Dez
Mandamentos, descritos como “código que administra a morte” e ‘o código que administrava a condenação’.
– 2 Coríntios 3:7, 9.
Os textos acima tornam claro que o ser humano é
declarado justo pela fé. Então, em Romanos 3:27, 28 encontramos a resposta:
“Onde está então a jactância? Está excluída. Por intermédio de que lei? A das obras?
Não, deveras, mas por intermédio da lei
da fé. Pois nós consideramos que o homem é declarado justo pela fé, à
parte das obras da lei.
“Portanto, é por meio da “lei
da fé”, também chamada de “lei do Cristo” (Gál 6:2) que o homem é justificado.
E para que tal justificação ocorresse, a inteira Lei mosaica, com seus Dez
Mandamentos, teria de ser abolida. – Gál 4:1-7; Ro 10:4, 5.
[Após sua última postagem, Andreas mencionou
que ‘acha muito cansativo escrever’, dando a entender que estaria deixando o
debate. Mas vale ressaltar que ele demonstrou respeito, bondade e consideração
em sua argumentação.]
A
menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do
Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
Quando ele vai mudar o disco? Como eu disse em comentários anteriores ele insiste nesse espantalho de que sem o decálogo estamos "livres pra matar, idolatrar, blasfemar....". significando que sem decáçogo nao existem mais pecados.
Meu nome é sincero! Primeiramente gostária de parabeniza-Los pelo site, a iniciativa é deveras muito oportuna, visto que o mundo de Satanás está tentando a todo custo distorcer o conhecimento a respeito de Jeová e de Jesus, e que com mais frequência do que nunca vemos a necessidade de de colocar em prática o conselho de 1Pedro 3:15...sempre prontos para fazer uma defesa perante todo aquele que lhes exigir uma razão para a esperança que vocês têm, fazendo isso, porém, com brandura e profundo respeito.
Gostaria de saber se a inclusão do nome Jeová em Romanos 10:13 está coerente e que base os tradutores da TNM tiveram para coloca-lo, visto que a palavra ali nos manuscritos gregos que temos em mãos é KÝRIOS e não Jeová?
Quanto à sua pergunta, veja o artigo "Será salvo “Todo aquele que invocar o nome de Jeová” ou 'o nome do Senhor'? Atos 2:21" no link https://traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/2014/07/31/sera-salvo-todo-aquele-que-invocar-o-nome-de-jeova-ou-o-nome-do-senhor-atos-221/
Grande abraço e fique com Jeová.