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Debate online sobre a permanência dos Dez Mandamentos - Parte 2



Andreas:

          -O fato da Lei da Pedra (10 mandamentos) matar é porque a consequência da transgressão dessa lei é o pecado (1 joão 3:4). E o salário do pecado é a morte. 
          Só prova que a transgressão da “Lei da Pedra” gera morte, porque ela me condena, ela mostra o meu pecado, é isso que Paulo mostra.
             E a “Lei da Pedra” que me convence do pecado mostra que eu estou condenado, e mereço a morte, mostra-me que preciso de um Salvador: nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. É sobre isso que Paulo fala. Por isso o “fim” da Lei é Cristo. Ou seja, a finalidade da Lei é mostrar que eu estou condenado e preciso de Cristo para me salvar.
         -A Lei “da Pedra” é abolida e não precisa ser obedecida por isso¿
        “Anulamos a lei por causa da fé¿ De maneira nenhuma, antes, estabelecemos a Lei”.
          Mas é claro que o ministério da Lei, gera a morte e é inferior ao ministério da Graça de Deus, que nos salva. Mas ao recebermos o pagamento da nossa dívida para pagar nossa condenação por transgressão a “Lei da Pedra” que gera morte, não devemos mais transgredi-la. É isso que Paulo fala.
         Se de alguma maneira Cristo pudesse mudar a lei, não seria necessário ele ter vindo morrer para pagar nossa dívida. Isso mostra que a lei é eterna e perfeita.
          Ainda precisamos da lei que nos reconcilia com Deus, chamada “cerimonial” por alguns. Mas é Cristo quem realiza essa ministério de forma perfeita no céu (Hebreus:8:1,2). O que prova que nem mesmo essa lei foi abolida, mas “transferida” para Jesus Cristo porque NADA pode ser tirado da Lei (toda a lei, não só o decálogo). (Mateus 5)
          Simples assim.
         Se os Dez mandamentos são transitórios, então matar, por exemplo, não é pecado.
          O que muda é que a Lei agora é colocada nas tábuas do nosso coração. Não adorar deuses, não matar, não roubar, obedecer pai e mãe. Tudo está baseado no amor.

Apologista da verdade:

          Quanto a Cristo ser o “fim da Lei”, o sentido não é de finalidade.

     O LÉXICO DO NOVO TESTAMENTO GREGO / PORTUGUÊS de Gingrich e Danker classifica a palavra grega usada em Romanos 10:4 para “fim”: Télos:


τέλος, ους, το—1. fim—a. no sentido de término, cessação, conclusão Mc 3.26; 13.7; Lc 1.33; 22.37; Rm 10.4.

        Você citou o texto de Romanos 3:31, que declara: “Abolimos então a lei por meio de nossa fé? Que isso nunca aconteça! Ao contrário, estabelecemos lei.”

           No entanto, você o citou fora do contexto. A “lei” que é estabelecida não é a Lei mosaica.


         Está falando de “lei em sentido genérico, porque no cristianismo também há normas. Se se referisse à Lei dada a Israel, o verbo “estabelecer” seria incoerente. Paulo teria dito: “Restabelecemos” ou “mantemos A Lei”. Mas o claro sentido do texto está nos versículos anteriores: “Onde está então a jactância? Está excluída. Por intermédio de que lei? A das obras? Não, deveras, mas por intermédio da lei da fé. Pois nós consideramos que o homem é declarado justo pela fé, à parte das obras da lei.” – Ro 3:27, 28.

          Visto que no cristianismo não há base para jactância, uma vez que a salvação não é merecida, não há base para a continuidade da “lei das obras” (o Pacto da Lei com seu sábado semanal). Portanto, a “lei” a que Paulo disse ‘estabelecerem’ é A LEI DA FÉ, que veio por meio de Cristo.

          Você afirmou: “O ministério da Lei, gera a morte e é inferior ao ministério da Graça de Deus, que nos salva.”

            Isso está certo. Paulo confirma:

          “E, se o MINISTÉRIO DA MORTE, GRAVADO COM LETRAS EM PEDRAS, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será DE MAIOR GLÓRIA o MINISTÉRIO DO ESPÍRITO?” – 2 Cor. 3:7, 8.

       Contudo, você acredita que ambos coexistem no cristianismo, mas para essa suposição não há base bíblica. Pelo contrário, a Bíblia mostra que o inferior nesse caso dá lugar ao superior:
          
           “Pois, se aquilo que HAVIA DE SER ELIMINADO foi introduzido com glória, MUITO MAIS GLÓRIA TERIA AQUILO QUE PERMANECE.” – 2 Coríntios 3:11.

           Veja o artigo “Os Dez Mandamentos foram abolidos? – Um exame de 2 Coríntios 3:6-14”.

          Você afirmou: “Se de alguma maneira Cristo pudesse mudar a lei, não seria necessário ele ter vindo morrer para pagar nossa dívida. Isso mostra que a lei é eterna e perfeita.”

         Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Cristo proveu o resgate pelos nossos pecados. (Mt 20:28) No caso da Lei, “ela foi acrescentada para tornar manifestas as transgressões” (Gálatas 3:19), conscientizando os debaixo dela da necessidade de uma Redentor. Dessa forma, e de outras, A Lei conduziu os debaixo dela a Cristo. (Gál. 3:24) Paulo conclui: “Mas agora que chegou a fé, não estamos mais debaixo dum tutor [a Lei].” - Gál. 3:25.


          Hebreus 7:12 afirma: “Pois, mudando-se o sacerdócio, NECESSARIAMENTE HÁ TAMBÉM MUDANÇA DA LEI.”

         Não temos mais o sacerdócio arônico. Portanto, os servos de Deus também não estão sujeitos à Lei dada à Israel.

           Você afirmou:

        “Se os Dez mandamentos são transitórios, então matar, por exemplo, não é pecado” não tem procedência. 

           No entanto, tal afirmação não têm procedência. 

          O próprio artigo acima mostrou isso, ao afirmar:

Significa isso que não estamos restritos a nenhuma lei, podendo fazer o que bem entendemos? Esse argumento por certo era usado no primeiro século pelos proponentes da continuidade da Lei mosaica, pois Paulo argumentou: “Que se segue daí? Cometeremos pecado porque não estamos debaixo de lei, mas debaixo de benignidade imerecida? Que isso nunca aconteça!” (Rom. 6:15) Paulo explica o porquê disso: “Vos tornastes obedientes de coração àquela forma de ensino a que fostes entregues.” (Rom. 6:17) Que “forma de ensino” era essa? Em Gálatas 6:2 ele a chamou de “a lei do Cristo”. – Veja também 1 Coríntios 9:21.

      Ou você não leu atentamente o artigo ou seu preconceito o impediu de levar em consideração os textos bíblicos apresentados nele.

         Portanto, não precisamos da Lei mosaica, uma vez que estamos debaixo da “lei do Cristo”. – Gál 6:2.


  
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de Jeová.




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