Um leitor
dos artigos deste site fez a seguinte
colocação:
Olá
Apologista.
Vi um vídeo dum programa em que
um pastor compara a trindade com o casamento, onde formam "uma só
carne" (2 em 1 e 1 em 2). Claro que não acredito na trindade, mas peço a
sua ajuda para refutar esse argumento de forma eficaz. Agradeço sinceramente a
atenção.
Fonte: jw.org
Adão
e Eva formavam "uma só carne". Um terceiro elemento corromperia essa
união. Como isso poderia ilustrar uma trindade?
Resposta do Apologista:
Os defensores da Trindade buscam analogias (comparações) para tentar
explicar esse inexplicável e antibíblico ensino. O ponto é que uma analogia,
para ser aceitável nesse caso, tem que estar em harmonia com a Bíblia, o que
não ocorre, pois a referida doutrina não é bíblica. Ou seja, não é você que
precisa refutar, e sim o proponente da analogia que precisa demonstrar uma
fundamentação bíblica – o que não é possível, porque tal doutrina não é
bíblica.
Certo
trinitário tenta conjugar a ideia presente em Mateus 19:5 (“os dois serão uma só carne”) com o conceito de Eclesiastes
4:12 (“um cordão tríplice” – Deus, o marido e a esposa). Afirma que:
1+1
é igual a 1 (Marido e esposa formam uma só carne).
1+1
é igual a 2 (Marido e esposa mantêm sua individualidade).
1+1
é igual a 3 (Marido e esposa se unem na presença de Deus).
O que
tal argumentador deixa de considerar (consciente ou inconscientemente) é que, para
a terceira proposição (1+1 é igual a 3) ter validade, Deus teria de tornar-se “uma
só carne” com o casal, visto que é ESTA CARACTERÍSTICA que faz o casal
tornar-se UM em Mateus 19:5 e em Gênesis 2:24. Mas Deus é Espírito. (João 4:24)
Portanto, toda essa manobra mirabolante não leva ao objetivo pretendido pelos
trinitaristas. Ao invés disso, apenas atesta a fragilidade da doutrina da
Trindade e, por consequência, dos argumentos de seus defensores.
Como
exemplo de analogia falaciosa, temos o fato de que, no passado, os
evolucionistas costumavam comparar a evolução orgânica com o processo de
evolução do feto no ventre da mãe, que de uma célula se torna um ser vivo, uma
pessoa. Contudo, essa analogia não tem fundamentação científica nenhuma.
Primeiro, porque a evolução ocorrida no ventre é de uma única espécie, e não de
uma espécie em outra (como apregoa a teoria da evolução orgânica, também
chamada macroevolução). Ou seja, a célula não passa pelos supostos e míticos
estágios de peixe em anfíbio, depois em répteis e finalmente num mamífero).
Todo o inteiro processo é HUMANO.
Sobre isso, a revista A Sentinela de 1.º/4/80 relatou:
Antigamente, uma das ideias prevalecentes dos
evolucionistas era a ‘teoria da repetição’. Segundo ela, o bebê em
desenvolvimento, no ventre da mãe, passa pela história evolucionária da
humanidade. Embora esta teoria tenha sido rejeitada pela maioria dos
evolucionistas, quaisquer dúvidas que talvez restassem quanto à sua validade devem
ser resolvidas pelos achados de novos dispositivos de controle pré-natal, tais
como os examinadores ultrassônicos e os minúsculos microscópios inseridos no
ventre, para registrar o desenvolvimento do bebê. Estes, conforme noticiou a United
Press International, “dissiparam muitos mitos sobre o
desenvolvimento humano”.
O
serviço noticioso declarou: “Os métodos que usam monitores tais como o
fetoscópio e os examinadores ultrassônicos, que reproduzem a figura do feto por
nascer, têm demonstrado que o homem não passa pela evolução completa da vida —
desde o primitivo organismo unicelular até a criatura aquática semelhante ao
peixe, e até o homem. . . . Cada passo no processo do desenvolvimento
do feto é especificamente humano.”
Fonte: http://www.portalpower.com.br/saude
A ignorância dos
evolucionistas os levou a usar a gestação para tentar provar a teoria da
evolução
Outra
ilustração inventada na tentativa de explicar a Trindade é compará-la a três
velas acesas que dizem formar uma única luz. Novamente, não há nenhuma base
bíblica para fundamentar essa premissa. A Bíblia não afirma que os três são da
mesma substância (o que foi discutido no Concílio de Niceia sobre o Pai e o
Filho, na proposição do termo homooúsios),
não afirma (pelo contrário: nega) a personalidade do espírito santo, o que já
desmonta a teoria trinitária, nem afirma (mas sim nega) a coigualdade dos três
em poder, autoridade e eternidade.
Assim,
tais ilustrações são totalmente sem procedência e de nenhum valor em provar tal
doutrina que não existe na Palavra de Deus.
Em
relação a falácias assim, é importante seguir o sábio conselho dado em 1 Timóteo 6:20:
“Ó
Timóteo, guarda o que te foi confiado, desviando-te dos falatórios vãos, que
violam o que é santo, e das contradições do falsamente chamado ‘conhecimento.’”
Tais
comparações sem base bíblica não passam de “contradições do falsamente chamado
‘conhecimento’”, uma vez que contradizem o claro ensino bíblico de que somente
Jeová, o Pai, é o Deus Todo-Poderoso; de que Jesus é o Filho de Deus, não
Deus-Filho (expressão que nem aparece na Bíblia, somente na cabeça dos
trinitaristas), e que o espírito santo é a energia que procede de Deus, ou
seja, Sua força ativa.
Tais
ilustrações estão inclusas nas “histórias
falsas, engenhosamente inventadas” para tentar sem sucesso provar biblicamente
uma doutrina que não é bíblica e, portanto, não é cristã. – 2 Pedro
1:16.
Tais
trinitaristas seguem o mal exemplo de Bildade, o suíta e falso consolador de
Jó.
Tentando
argumentar que as provações de Jó eram resultado de pecados seus e de sua
família, Bildade perguntou:
“Acaso o papiro cresce alto
sem brejo? Acaso a cana se torna grande sem água?” – Jó 8:11.
Para o papiro e a cana
crescerem, existe uma causa: a necessidade de umidade. Assim, argumentava
Bildade, os problemas de Jó também tinham uma causa, que Bildade afirmava ser o
pecado oculto de Jó e de seus filhos. – Jó
8:4, 6.
Após isso, usando a mesma
analogia, argumentou que a breve vida da cana ilustra “as veredas de todos os
que se esquecem de Deus”. – Jó 8:13.
As declarações acerca da cana
e do papiro são verdadeiras, mas não se aplicava a Jó. A aplicação era
falaciosa, falsa.
Tanto que o relato do livro
bíblico de Jó registra que “Jeová passou a dizer
a Elifaz, o temanita: ‘Minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois
companheiros, pois não falastes a
verdade a meu respeito assim como fez meu servo Jó.” – Jó 42:7.
O mesmo se dá a respeito de
ilustrações propostas pelos trinitaristas tiradas da realidade – elas podem até
ser verdadeiras, mas a aplicação à Trindade é falaciosa, uma vez que não há
base na Bíblia para confirmar a relação entre tais analogias e a Trindade, pelo
simples motivo de que a doutrina da Trindade não existe na Bíblia.
A
menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do
Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
Se a doutrina fosse sólida e firme, alicerçada na verdade, não seria necessário apelar a manobras desonestas e argumentos mentirosos, nem inventar sofismas mirabolantes, afinal, bastariam as evidências fidedignas e verazes, que comprovariam claramente o fato de maneira direta e objetiva
A Analogia do Amor (Uma falácia de apelo a emoção):
O Pai ama, o Filho é amado e o Espírito Santo é o amor.
Analogia do Casamento:
Marido e esposa são uma só carne, formando assim um paralelo da Trindade.
Analogia da Família Humana
A mulher está sujeita ao marido, mas não é menos humana do que ele, o filho está sujeito ao seu pai, mas o pai não é mais humano do que o filho, assim o Filho de Deus e o Espírito Santo estao sujeitos a Deus Pai, mas não são menos divinos do que ele, ambos tem a mesma divindade.
Analogia do Sol, da chama, do fogo, da luz:
Os raios emitidos por uma fonte de luz são a mesma luz. A chama com que acendemos três velas, é a mesma chama, emitindo a mesma luz da mesma chama em três velas distintas.
Analogia do Ser Humano Tricomonal:
O homem é feito a imagem de Deus, e assim como Deus é triuno, o homem é formado de corpo, alma e espírito, refletindo assim a natureza trina da Divindade,
ANALOGIA AMOR: Sinceramente, não consegui entender como uma pessoa pode achar que esta analogia prova a existência da Trindade. O fato do Pai amar apenas demonstra que Ele sente um sentimento por alguém, coisa que até humanos sentem por seus Filhos. Quer dizer agora que humanos são o mesmo Deus que o Pai? O fato do Filho ser amado não prova nada, pois além de ser amado, ele também ama. Seria Jesus agora a mesma pessoa do Pai? O espírito santo não é amor, até porque ele não é pessoa. Mas o espírito santo ajuda as pessoas a demonstrarem essa qualidade. Jeová, o Pai é descrito como sendo o amor. Seria o espírito santo também agora o Pai? Essa ilustração aí tá mais pra Unicismo do que Trindade. E sinceramente não entendi como ela pode provar algo.
ANALOGIA DO CASAMENTO: Marido e esposa não possuem mesmo conhecimento. Marido e esposa não possuem mesma autoridade. Marido e esposa não possuem mesmo tempo de vida (mesmo que alguém diga que nasceu no mesmo dia, seria muito improvável nascerem na mesma hora, minuto e segundo). E mesmo que isso acontecesse, vamos dizer assim, ainda seriam pessoas NASCIDAS, algo que Jeová não é, pois ele nunca nasceu, pois é Eterno.
ANALOGIA DA FAMÍLIA HUMANA: É verdade que os seres da mesma família são da mesma natureza: a humana. Entretanto, o pai é mais velho que o filho. O pai tem mais autoridade que o filho. O pai tem mais conhecimento e mais experiência de vida que o filho. Em vez de provar a trindade, essa analogia a refuta. Sobre a esposa, a analogia acima do casamento já explicou.
ANALOGIA DO SOL, CHAMA, FOGO E LUZ: Os raios de luz não são a mesma coisa que o Sol. O Sol é uma estrela, enquanto que os raios são descritos como linhas orientadas, que representam e indicam a direção e o sentido de propagação da onda luminosa, com origem na fonte luminosa. A chama da vela tem a mesma essência da outra chama, entretanto a primeira chama da primeira vela teve que ser acesa primeiro, pra depois se acender as outras duas. Portanto, a primeira chama é mais velha que a segunda, que é mais velha que a terceira. Isso também refuta a Trindade, que segundo seu dogma, os três seres possuem mesma eternidade.
ANALOGIA DO SER TRICOMONAL: O corpo não é a mesma coisa que a alma e o espírito. O corpo é algo material visível, feito do pó. Já a alma e espírito são descritos como algo imaterial, invisível. Isso demonstra que não são da mesma essência ou substância. Além disso, o espírito foi formado primeiro que o corpo, pois o corpo depende do espírito pra funcionar. Então não possuem mesmo tempo de vida. Mais uma analogia que em vez de provar algo, refuta a Trindade.
Segundo alguns trinitaristas, assim como um ovo é formado por casca, clara e gema e continua sendo apenas UM ovo (e não três ovos), Deus é apenas um, mas formado por três pessoas. Mas qual é o problema desta comparação? O problema é que na doutrina da Trindade tanto o conjunto de três pessoas quanto cada um dos elementos do conjunto é chamado de Deus. O pai é Deus 100%, assim como o filho e o E.S. A comparação com o ovo falha pois não podemos chamar de ovo a casca. A casca é parte do ovo, não o ovo. A doutrina da Trindade não diz que o Espírito Santo é parte de Deus, mas sim que é Deus, 100% Deus. A comparação também falha pelo fato da casca, clara e gema não serem formadas da mesma substância, não sendo co-substanciais.
O Deus-H2O: Sólido, Líquido e Gasoso
Pra resolver o problema da co-substancialidade eles comparam as três pessoas da Trindade aos três estados da água: sólido, líquido e gasoso. Esta é uma comparação antiga usada por muitos pastores e professores trinitarianos. Qual é o problema com esta comparação? O problema está na definição trinitariana de Deus: uma entidade única formada por três pessoas iguais, 100% Deus. A água não pode ser definida com uma entidade única formada pelos 3 estados em que ela pode se apresentar, ou seja, os estados da água são apenas formas em que a água pode se apresentar e não componentes da água. Além disso o que agora é gelo, em alguns minutos pode ser um vapor. A comparação da água em seus três estados seria excelente para os defensores do Modalismo ou Unicismo. Estes ensinam que Deus é apenas uma pessoa (e não três pessoas) e esta única pessoa se manifesta de três maneiras diferentes. Para estes a comparação da água nos seus três estados cai como uma luva!
O Deus-Tempo: Passado, Presente e Futuro
Segundo esta analogia, o passado é diferente do presente, que é diferente do futuro. Cada um deles, porém, é simultâneo. Não existem três “tempos”, mas o tempo é um apenas, ou seja, os três elementos do tempo, presente, passado e futuro desfrutam da mesma essência, todos eles formam o tempo.O problema desta analogia é que na Trindade na Trindade se diz que cada pessoa é 100% Deus independemente das “outras”. Já com o tempo é diferente: o presente não é “100% Tempo” de forma independente do futuro e do passado. O Tempo em si é a soma de passado + presente + futuro, sendo assim o presente NÃO É O TEMPO, o presente FAZ PARTE do Tempo mas não é o 100% do tempo. O presente é apenas uma PARTE do tempo. O mesmo se aplica ao passado e o futuro, sendo assim a soma de todos os tempos é que forma 100% de tempo.
O Deus-Espaço: Altura, Largura e Profundidade
Segundo esta analogia, a altura é diferente da profundidade, que é diferente da largura. Mesmo assim, não existem três “espaços”, mas o espaço é apenas um. As partes que formam o espaço possuem a mesma natureza: todas são “espaço”. Mas o problema desta analogia é o mesmo da analogia acima do tempo. O espaço em si é a soma de altura, largura e profundidade. A altura não é 100% do espaço, assim como a largura também não é 100% do espaço e o mesmo se aplica a profundidade. Acho que já entenderam né?