Fonte da figura:
http://www.imgrum.net/user/jovenstjs/2180465406
Evidências de que a guarda do
sábado semanal começou após a saída de Israel do Egito
Êxodo 16:22, 23, ALA: “Ao
sexto dia, colheram pão em dobro, dois gômeres para cada um; e os principais da
congregação vieram e contaram-no a Moisés. Respondeu-lhes
ele: Isto é o que disse o SENHOR: Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR; o
que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o
em água; e tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte.”
Acha que seria necessária essa explicação se a guarda do sábado semanal tivesse
sido instituída milênios antes, desde a criação de Adão? É evidente que, se a
lei da guarda do sábado já existisse, não haveria necessidade de avisar:
“Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR.” Além disso, os “principais da
congregação” não iriam buscar explicações com Moisés sobre o motivo de terem
colhido maná em dobro, pois saberiam que isso se devia a que no dia seguinte
não haveria maná por ser um dia de descanso sabático. Mas, como não havia
nenhuma lei sobre a guarda do sábado antes dessa época, foram necessárias tais
explicações.
Êxodo 16:25-27, ALA: “Então, disse Moisés: Comei-o
hoje, porquanto o sábado é do SENHOR; hoje, não o achareis no campo. Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o
sábado; nele, não haverá. Ao sétimo dia, saíram alguns do povo para o colher, porém não
o acharam.”
Novamente, a explicação de
Moisés e a reação do povo mostram que a lei da guarda do sábado era
inteiramente nova para eles.
Êxodo 16:28-30, ALA: “Então, disse o SENHOR a Moisés: Até quando recusareis
guardar os meus mandamentos e as minhas leis? Considerai
que o SENHOR vos deu o sábado; por isso, ele, no sexto dia, vos dá pão para
dois dias; cada um fique onde está, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia. Assim,
descansou o povo no sétimo dia.”
Alguns buscam
nessas palavras argumentos para tentar provar que a guarda do sábado já havia
sido dada antes. No entanto, esse não é o caso. Antes desse evento, Jeová já
lhes havia dado “mandamentos” e “leis”, como mostrado nos artigos anteriores
desta série.[1] Quanto à declaração “o SENHOR vos deu o sábado”, isso não indica que tal lei
havia sido dada milênios antes, mas sim, como mostra o contexto, havia sido
dada no dia anterior. Observe que houve necessidade de muita explicação para o
povo entender essa nova lei. Somente após tudo isso é que “descansou o povo no
sétimo dia”.
Números
15:32-36, ACRF: “Estando,
pois, os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia
de sábado. E os que o acharam apanhando lenha o trouxeram a Moisés e a Arão, e
a toda a congregação. E o puseram em guarda; porquanto
ainda não estava declarado o que se lhe devia fazer.
Disse, pois, o SENHOR a Moisés: Certamente morrerá aquele
homem; toda a congregação o apedrejará fora do arraial. Então toda a
congregação o tirou para fora do arraial, e o apedrejaram, e morreu, como o
SENHOR ordenara a Moisés.”
Essa é mais uma passagem que prova que a lei do sábado era
algo recente naquele tempo. Havia instrução quanto ao que fazer com o assassino
e com o violador da circuncisão, visto serem leis bem antigas já naquela época,
mas não havia instrução quanto ao que fazer com o violador do sábado, devido a
essa lei ser inteiramente nova naquele tempo. – Gênesis 9:6; 17:14.
Deuteronômio
5:1-3, IBB: “Chamou, pois, Moisés a
todo o Israel, e disse-lhes: Ouve, ó Israel, os estatutos e preceitos que hoje
vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprir. O Senhor
nosso Deus fez um pacto
conosco em Horebe [outro nome
do monte Sinai]. Não com
nossos pais fez o Senhor esse pacto, mas conosco, sim, com todos nós que
hoje estamos aqui vivos.”
De que pacto,
ou “concerto” (Al), o
texto está falando? Os versículos 5 e 6 mostram que a referência é ao pacto, ou
acordo, feito com os israelitas no monte Sinai, e os versículos 7 a 22 mostram
que a alusão é ao Decálogo (os chamados “Dez Mandamentos”). E Deuteronômio 4:13 mostra que a
palavra “pacto” nesse contexto significa primária e principalmente o
Decálogo, quando afirma: “Então ele vos anunciou o seu pacto, o qual vos ordenou
que observásseis, isto é, os
dez mandamentos; e os escreveu em duas tábuas de pedra.” – IBB.
Isso prova que
os antepassados dos israelitas nunca receberam nenhuma lei para guardar o
sábado.
Deuteronômio
5:15: “E tens de lembrar-te de que te tornaste escravo na terra do
Egito e que Jeová, teu Deus, passou a fazer-te sair de lá com mão forte e braço
estendido. É por isso que Jeová, teu Deus, te mandou
observar o dia de sábado.” Visto que a lei da guarda do sábado foi dada como
lembrete comemorativo da saída dos israelitas do Egito, não poderia ter sido
dada antes desse evento.
Romanos 5:13, 14a: “Pois, até à
Lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é imputado a ninguém quando não há
lei. Não obstante, a morte reinou desde Adão até Moisés.”
A expressão “até à Lei” significa “até a chegada da Lei”, mostrando que tal Lei, que incluía o Decálogo,
não existiu desde o começo da humanidade, e sim que ela ‘chegou’ num dado
momento da história humana. Por quanto tempo ficou sem haver o minucioso código
da Lei, que inclui o Decálogo? Paulo explicou: “Desde Adão até Moisés.” Ou
seja, por um período de cerca de 2.500 anos, não havia nenhum Decálogo, nenhuma
lei para guardar um sábado semanal.
Mesmo assim, “havia pecado no
mundo”. Mas como o pecado podia ser determinado, uma vez que não havia ainda o
código da Lei dada a Israel? Afinal, 1 João 3:4 declara que “o pecado é aquilo
que é contra a lei”. Como mostrado neste estudo, em artigos anteriores desta série,
o fato é que, embora não houvesse o conjunto de leis promulgadas a Israel,
havia leis para a humanidade desde o princípio dela: leis contra apropriar-se
indevidamente de algo que não pertence à pessoa (Gênesis 2:17), da união
vitalícia no casamento (Gênesis 2:24),
da chefia na família (Gênesis 18:12), da
circuncisão (Gênesis 17:11, 12), da responsabilidade familiar (Gênesis 31:30-32),
da propriedade comunal (Gênesis 31:14-16), da custódia (Gênesis 37:21, 22, 29, 30), e contra imoralidade
sexual, para se mencionar apenas algumas delas. – Gênesis 38:24-26; 34:7.
Falando
de si mesmo como representando a inteira nação israelita, Paulo afirmou: “De fato, eu estava uma vez vivo à parte da lei; mas, ao chegar o mandamento, o
pecado passou a viver novamente, mas eu morri.” (Romanos 7:9) Paulo estava se
referindo ao décimo mandamento do Decálogo: “Não deves cobiçar.” (Romanos 7:7)
Visto que essa norma foi dada no Decálogo junto com as demais nove normas, ele
estava falando em especial do Decálogo. Ele mostrou que o povo de Deus “estava
uma vez vivo à parte da lei”, quando tal lei ainda não existia. Após isso, ele
disse que o mandamento ‘chegou’, isto é, passou a existir. Torna-se, pois,
claro que a inteira Lei mosaica, incluindo o Decálogo, não foi dada desde a
criação do homem; ela foi dada após a saída de Israel do Egito.
O Decálogo foi
dado somente à nação de Israel
Salmo 147:19, 20: “Conta a sua palavra a
Jacó, seus regulamentos e suas decisões judiciais a Israel. Ele não fez assim com nenhuma outra
nação; e quanto às suas decisões judiciais, não as conheceram. Louvai a
Jah!”
Amós 3:1, 2: “Ouvi esta palavra que Jeová
falou a vosso respeito, ó filhos de Israel, concernente à família inteira que
fiz subir da terra do Egito, dizendo: ‘Somente a vós vos conheci dentre
todas as famílias do solo. Por
isso ajustarei contas convosco por todos os vossos erros.’”
Assim
como Deuteronômio 5:1-3 torna claro que o pacto da Lei, que incluía o Decálogo,
não fora feito com os antepassados dos israelitas, os textos acima mostram que
a inteira Lei foi dada apenas à nação de Israel.
Mas
alguns provavelmente citarão para se opor a esse fato bíblico o texto de Isaías
58:6 e 7, que declara: “E os estrangeiros que se juntaram a Jeová para
ministrar-lhe e para amar o nome de Jeová, a fim de se tornarem servos seus,
todos os que guardam o sábado para não o profanarem e que se agarram ao meu
pacto, eu também vou trazer ao meu santo monte e fazê-los alegrar-se dentro da
minha casa de oração. Seus holocaustos e seus sacrifícios serão para aceitação
sobre o meu altar. Pois a minha própria casa será chamada mesmo de casa de
oração para todos os povos.”
Contudo, essa passagem do livro
de Isaías não prova que a Lei havia sido dada a outras nações, o que seria uma
contradição ao que diz o Salmo 147:19 e 20. Antes, o texto de Isaías 58:6 e 7
mostra que “estrangeiros” (não israelitas) podiam se converter à adoração de
Jeová, tornando-se prosélitos (convertidos à fé judaica). Como exemplos disso,
podemos citar Raabe, cananeia de Jericó (Hebreus 11:31; Mateus 1:5a; Tiago
1:25); Rute, a moabita (Rute 1:16; Mateus 1:5b); e Naamã, o sírio. – 2 Reis
5:17.
O próximo artigo continuará
dando atenção aos vários subtemas ou ramificações de conceitos envolvidos na
pergunta que tematiza essa série de artigos.
Abreviações
das traduções usadas:
ACRF:
Almeida Corrigida e Revisada Fiel.
Al:
Versão de João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida.
ALA:
Almeida Atualizada no Brasil.
IBB:
Almeida da Imprensa Bíblica do Brasil.
Nota:
[1] A
palavra “mandamentos” não se aplica somente ao Decálogo, conforme foi mostrado
no primeiro artigo desta série de artigos.
A
menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do
Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
Os
artigos deste site podem ser citados
ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
(Eu gostaria que você enviasse o seu e-mail para o meu e-mail: oapologistadaverdade@gmail.com)
Abraços.
Com certeza que discordo disso, é totalmente NON SEQUITUR, mas já que começastes a série de artigos com o tema, esses detalhes são algo que não poderão faltar; já que fazem parte da tentativa de apologia feita pelos mesmos. (que por exemplo dizem que Paulo =em certos textos- ao criticar os que tavam ainda presos aos sábados. esses "sábados" em questão não era o setimo dia semanal e sim outros sábados cerimoniais ...)
Não somos acusados de pecadores pela Lei dada a Israel, uma vez que ela não vigora mais. Somo acusados de pecadores pelos mandamentos cristãos, aos quais estamos sujeitos. Veja neste site o artigo Os “Dez Mandamentos” com seu sábado semanal devem ser guardados pelos cristãos? – Parte 7.