Fonte da ilustração:
http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2013888
τηρῆσαί σε τὴν ἐντολὴν ἄσπιλον ἀνεπίλημπτον μέχρι
τῆς ἐπιφανείας τοῦ κυρίου
ἡμῶν Ἰησοῦ Χριστοῦ
“Para que observes o mandamento dum modo imaculado e irrepreensível, até
a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo.” – 1 Timóteo 6:14.
A “manifestação” (ἐπιφάνεια [epifáneia], aportuguesada como epifania)
de Cristo é mencionada seis vezes na Bíblia: em 2 Tessalonicenses 2:8; 1
Timóteo 6:14; 2 Timóteo 1:10; 4:1, 8; e Tito 2:13.[1]
A palavra ἐπιφάνεια (epifáneia) significa uma
“exposição, ou evidência discernível, demonstração de autoridade ou
poder”.[2] Alguns exegetas bíblicos a usam para promover o conceito de que
a segunda vinda de Cristo será visível. Mas, o que um exame honesto e imparcial
do uso bíblico dessa palavra e de seus termos cognatos revela sobre esse
aspecto da natureza da volta de Cristo?
Epifania está relacionada com o verbo έπιφαίνω (epifaíno), que
significa “alumiar”, “aparecer”, “manifestar(-se)”, “mostrar-se”. (Taylor,
G.D.[3]) Esse verbo ocorre quatro vezes, duas das quais no sentido
literário de algo tornar-se discernível, e não visível aos olhos
literais. Observe abaixo esses dois exemplos.
Tito 2:11: “Porque se manifestou a
benignidade imerecida de Deus.” (Ἐπεφάνη γὰρ ἡ χάρις τοῦ θεοῦ.)
Tito 3:4: “No entanto, quando se manifestou a
benignidade e o amor ao homem da parte de nosso Salvador, Deus.” (ὅτε δὲ ἡ χρηστότης καὶ ἡ φιλανθρωπία ἐπεφάνη τοῦ
σωτῆρος ἡμῶν θεοῦ.)
“Benignidade imerecida” e “amor” são coisas
abstratas, discerníveis à mente e não visíveis aos olhos. Mesmo que alguém
argumente que tais termos representam a pessoa de Cristo, o ponto é que o verbo
se refere à manifestação de termos gramaticalmente abstratos.
Assim, o sentido textual do verbo epifaíno nessas passagens é
de ‘expor à mente de’, ‘tornar discernível’.[4]
Um adjetivo relacionado com epifáneia é epifanés (επιφανής), que significa
“esplêndido”, “glorioso”, “ilustre”, usado em Atos 2:20 com referência
ao “dia de Jeová”. A palavra “dia” também é abstrata, indicando um período de
tempo. De modo que o adjetivo epifanés expressa uma ‘glória’
ou ‘brilho’ também discernível, e não visível.
O verbo epifaíno é derivado de φαίνω (faíno), que
significa “brilhar”, “iluminar”, “aparecer”, “ser ou tornar-se visível”, “ser
revelado”, “ser reconhecido”. (G.D.) Como essa definição mostrou, esse
verbo também possui um sentido figurado de tornar-se discernível à mente.
Observe isso nos exemplos abaixo:
Romanos 7:13: “Acaso o bom se tornou morte para
mim? Que isso nunca aconteça! Mas o pecado sim, para que se
mostrasse [φανῇ (fanêi);
“pudesse aparecer”] como pecado.” O pecado só pode se manifestar como
tal à mente, e não aos olhos.
Marcos 14:64: “Ouvistes a blasfêmia. O que vos é
evidente [φαίνεται (faínetai)]?”
1 Pedro 4:18: “E, se o justo está
sendo salvo com dificuldade, onde aparecerá
[φανεῖται (faneîtai)] o ímpio e o pecador?” Embora um ser
humano seja visível aos olhos, a qualificação dele como ímpio e pecador é algo
determinado pela mente, portanto, discernível.
Mateus 6:16: “Quando jejuardes,
parai de ficar com o rosto triste, como os hipócritas, pois desfiguram os seus
rostos para que pareça [φανῶσιν (fanõsin)]
aos homens que estão jejuando.” Um rosto desfigurado é visível aos
olhos. Mas que isso seja resultado de um jejum tem de ser deduzido pela mente.
Mateus 23:27: “Ai de vós, escribas
e fariseus, hipócritas! porque vos assemelhais a sepulcros caiados, que por
fora, deveras, parecem [φαίνονται (faínontai)] belos,
mas que por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda sorte de
impureza.” A beleza dum sepulcro é algo determinado pela mente; os olhos
meramente veem os objetos que o adornam.
Lucas 24:11: “No entanto, estas declarações pareciam-lhes [ἐφάνησαν (efánesan)] tolice e não acreditavam nas
mulheres.” “Declarações” são algo abstrato, cuja qualificação como “tolice”
(λῆρος [lêros]) ou “sabedoria” (σοφία [sofía])
é feita pela mente.
2 Coríntios 13:7: “Agora, oramos a
Deus para que não façais nada de errado, não para que nós mesmos pareçamos [φανῶμεν (fanômen)] aprovados,
mas para que façais o que é excelente, embora nós mesmos pareçamos reprovados.”
A aprovação é algo que só pode ser manifestada à mente.
O adjetivo aparentado φανερός (fanerós)
significa “manifesto”, “evidente”, “claro”, “conhecido” (Taylor),
‘visível, fácil de ser visto’ (G.D.), e é usado também tanto em sentido
literal como figurado. Seguem abaixo exemplos de seu uso figurado.
Marcos 6:14: “Ora, isso chegou aos
ouvidos do Rei Herodes, pois o nome de Jesus tornara-se público [φανερὸν (faneròn)].”
Um “nome” – algo abstrato – só pode ser manifestado à mente.
Atos 4:16 fala a respeito dos
membros do Sinédrio, que estavam “dizendo: ‘Que havemos de fazer com estes
homens? Porque, de fato, tem ocorrido um sinal notável por
intermédio deles, manifesto [φανερόν (fanerón)]
a todos os habitantes de Jerusalém; e não o podemos negar.’” Não foram todos os
habitantes de Jerusalém que presenciaram (viram) a cura do coxo de nascença.
(Atos 3:1-8) Atos 3:9 declara que “todo o povo avistava-o [ εἶδεν (eíden);
“via-o”] andando e louvando a Deus”. Note que não se diz que “todo o povo”
viu-o ser curado, mas sim “andando e louvando a Deus”. E com isso discerniram que
ele havia sido curado. Além disso, a palavra grega para “sinal” em Atos
4:16 é σημεῖον (semeíon), que significa um “sinal”
abstrato, simbólico, no sentido de “indicação” de um acontecimento. Verem o
anterior coxo andando era uma indicação de que ele havia sido
curado, algo que a mente deles podia discernir imediatamente.[5]
Romanos 1:19: “Porque aquilo que
se pode saber [τὸ γνωστὸν (tò gnostòn); “a coisa conhecida”]
sobre Deus é manifesto [ φανερόν (fanerón)]
entre eles.” O conhecimento só pode ser manifestado à mente.
1 Coríntios 3:13: “A obra de
cada um se tornará manifesta [φανερὸν (faneròn)],
pois o dia a porá à mostra, porque será revelada por meio de fogo; e o próprio
fogo mostrará que sorte de obra é a de cada um.” A construção espiritual dum
discípulo, quanto a se foi bem feita ou não, só pode ser manifestada à
mente e discernida por ela.
Gálatas 5:19: “Ora, as obras da
carne são manifestas [φανερὰ (fanerà)],
as quais são fornicação, impureza, conduta desenfreada.” A determinação quanto
a se um ato é “fornicação”, “impureza” ou “conduta desenfreada” tem de ser
feita pela mente.
1 João 3:10: “Os filhos de Deus e
os filhos do Diabo evidenciam-se [φανερά (fanerá)]
pelo seguinte fato: Todo aquele que não está praticando a justiça não se
origina de Deus, nem aquele que não ama seu irmão.” Tal ‘manifestação’ só pode
ser discernível à mente.
1 Timóteo 4:15: “Pondera estas
coisas; absorve-te nelas, para que o teu progresso seja manifesto [φανερὰ (fanerà)] a todos.”
O “progresso” de alguém só pode ser determinado pela mente.
Marcos 4:22: “Pois não há nada
escondido, exceto com o fim de ser exposto [φανερωθῇ (fanerothê),
do verbo φανερόω (faneróo)]; nada tem ficado cuidadosamente oculto,
a não ser com o fim de vir à tona [φανερόν (fanerón),
do adjetivo φανερός (fanerós)].” Cristo estava falando do
entendimento de suas ilustrações. – Versículos 13, 24.
O verbo relacionado faneróo significa
“revelar”, “mostrar”, “fazer conhecido” (G.D.), também “manifestar”,
“tornar manifesto ou patente”, “fazer sentir”, “descobrir’. (Taylor)
Observe outros exemplos abaixo do uso figurado desse verbo.
João 17:6: “Tenho feito
manifesto [Ἐφανέρωσά (efanérosá)]; o teu nome
aos homens que me deste do mundo.”
Romanos 1:19: “Porque aquilo que se pode
saber [τὸ γνωστὸν (tò gnostòn); “a coisa
conhecida”] sobre Deus é manifesto entre eles, porque Deus lho manifestou [ἐφανέρωσεν (efanérosen)].”
Romanos 3:21: “Mas agora, à parte da lei, foi
manifestada [πεφανέρωται (pefanérotai)] a justiça de Deus, conforme lhe dão
testemunho a Lei e os Profetas.”
1 Coríntios 4:5: “Por isso, não julgueis nada antes
do tempo devido, até que venha o Senhor, que tanto trará da escuridão para a
luz as coisas secretas, como tornará manifestos [φανερώσει (fanerósei)] os conselhos dos
corações, e então cada um terá o seu louvor da parte de Deus.”
2 Coríntios 2:14: “Graças, porém, a Deus, que
sempre nos conduz numa procissão triunfal, em companhia do Cristo, e que faz
que o cheiro do conhecimento dele seja perceptível [φανεροῦντι (faneroûnti); “manifestando”]
em toda a parte por nosso intermédio!”
Colossenses 1:26: “O segredo sagrado que
estava escondido dos passados sistemas de coisas e das gerações passadas. Mas
agora tem sido manifesto [ἐφανερώθη (efaneróthe)] aos seus santos.”
Tito 1:3: “Ao passo que, nos seus próprios tempos
devidos, tornou manifesta [ἐφανέρωσεν (efanérosen)] a sua palavra na
pregação de que fui incumbido, sob o mandado de nosso Salvador, Deus.”
Apocalipse 15:4: “Quem realmente não te temerá,
Jeová, e glorificará o teu nome, porque só tu és leal? Pois virão todas as
nações e adorarão perante ti, porque os teus justos decretos foram manifestos [ἐφανερώθησαν (efaneróthesan)].”
Além disso, um substantivo que é sinônimo de ἐπιφάνεια (epifáneia) é φανέρωσις (fanérosis),
empregado em 2 Coríntios 4:2, que reza: “Mas temos renunciado às coisas
dissimuladas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a
palavra de Deus, mas, por tornar manifesta [φανερώσει; fanerósei] a
verdade, recomendando-nos a toda consciência humana à vista de Deus.” A
expressão “por tornar manifesta a verdade” literalmente é “pela
manifestação da verdade” (τῇ φανερώσει τῆς ἀληθείας[têi fanerósei tês
aletheías]). – Int.[6]
De faíno e faínomai (médio/passivo)
se origina a palavra “fenômeno”, que é definida como “tudo o que é percebido
pelos sentidos ou pela consciência”. (Aurélio; grifo
acrescentado.) O que é percebido pela consciência é algo discernível pela
mente.
Cristo já teve sua manifestação visível quando veio
como humano na Terra. A Bíblia declara a respeito dessa manifestação: “Mas
agora ele se manifestou [πεφανέρωται (pefanérotai)] uma
vez para sempre [ἅπαξ (hápax)], na terminação dos sistemas
de coisas, para remover o pecado por intermédio do sacrifício de si mesmo.” (He
9:26) Ou seja, ele nunca mais terá uma manifestação visível, visto que hoje
Jesus não é mais humano, mas uma poderosa pessoa espiritual no céu, invisível
aos olhos humanos. Sobre isso, 1 Pedro 3:18 declara: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos
injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado
no espírito.” – Almeida Atualizada.
A
menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do
Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Notas:
[1] 2 Timóteo 1:10 diz respeito à
“manifestação” de Cristo “em carne”. (1 Timóteo 3:16) Por outro lado, 2
Tessalonicenses 2:8, 1 Timóteo 6:14 e 2 Timóteo 4:1 falam de sua futura
“manifestação” “em espírito” – como poderosa pessoa espiritual. (1 Timóteo 3:16) 2
Timóteo 4:8 aparentemente também alude à futura “manifestação” de Cristo. Tito
2:13 mostra que esta última “manifestação” será uma manifestação conjunta com
seu Pai celestial.
[2] Obra Estudo Perspicaz das
Escrituras (Vol. 2, p. 752), publicada pelas Testemunhas de Jeová.
[3] Léxico
do Novo Testamento Grego/Português, de F.
Wilbur Gingrich, revisado por Frederick W. Danker, (1993), Edições Vida
Nova, São Paulo, Brasil.
[4] Não se deve confundir
semântica com literariedade. O primeiro termo refere-se ao significado
representativo, ou simbólico, encerrado numa palavra, ao passo que o segundo
diz respeito ao uso textual da palavra.
[5] Para um estudo mais detalhado sobre a palavra semeíon,
veja o artigo “Sinal dos
pregos” no corpo de Jesus – o que indica?
[6] Tradução
Interlinear do Reino das Escrituras Gregas (em inglês), edição de
1985, publicada pelas Testemunhas de Jeová.
Comentários
Ironicamente, eu conheci o seu blog através do blog de um opositor seu. Esse opositor, além de usar palavras vulgares e termos baixos, realmente não consegue refutar os seus argumentos. Tudo o que ele escreve é um blábláblá sem nexo e muito ofensivo. Notei também que ele nem de grego sabe, pois ele escreve errado certas palavras gregas. Por exemplo, “patér” (pai) ele acentua errado, como “páter”; “huiós” (filho) ele escreve errado, como "hiós", ‘engolindo’ o ípsilon. Trata-se de um charlatão metido a sabedor de grego e da Bíblia. Mas, gostei muito dos seus artigos, apologista, pois você, além de usar de argumentos lógicos, defende com respeito os seus conceitos. Muito bom!
Muito obrigado pelo elogio. Minha determinação é continuar a fazer jus aos encômios dos leitores sinceros e apreciativos.
Um grande abraço!
O livro do pastor Jole Santa é um barato!!
“Sendo Satanás o ‘governante do mundo’ da humanidade afastada de Deus, ele certamente não quis que o Reino assumisse o pleno controle dos assuntos da terra. (João 12:31; 14:30; 16:11) Mais de dezenove séculos antes, ele manobrou os assuntos de tal modo que, se não fosse pela intervenção divina, Herodes, o Grande, teria matado o menino Jesus. (Mat. 2:13) De modo similar, já antes do nascimento do reino celestial, Satanás aprontou-se para o ataque Junto com seus demônios. Isto é descrito simbolicamente em Revelação 12:3-5, onde lemos: ‘Viu-se outro sinal no céu, e eis um grande dragão cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres, e nas suas cabeças sete diademas; e a sua cauda puxa um terço das estrelas do céu, e as lançou para baixo à terra. E o dragão ficou parado diante da mulher, que estava para dar à luz, para que, quando desse à luz, pudesse devorar-lhe o filho. E ela deu à luz um filho, um varão, que há de pastorear todas as nações com vara de ferro. E o filho dela foi arrebatado para Deus e para o seu trono.’”
“Por isso não é surpreendente que a Primeira Guerra Mundial tenha irrompido cerca de dois meses antes do fim dos Tempos dos Gentios, e, portanto, antes do nascimento do ‘filho’ simbólico ou reino celestial. Satanás, o Diabo, não precisava esperar até depois de o reino sobre as nações ter sido posto nas mãos de Jesus Cristo para manobrar as nações numa guerra em grande escala. O início daquele conflito sangrento, sem dúvida, fazia parte do Seu plano de cegar as pessoas quanto ao que aconteceu nos céus em cumprimento da profecia bíblica, e, também tanto quanto possível, para impedir que o Reino governasse sobre o mundo da humanidade.”
Em primeiro lugar, quero elogia-lo pela sua forma de escrita e de apresentação dos assuntos. Dá para perceber nitidamente que é um fervoroso estudante da bíblia como eu. Como historiador, eu também tenho conhecimento das línguas clássicas, como o grego e gosto de fazer pesquisas como as suas, apenas não as coloco na net.Os estudantes da bíblia não devem apenas aceitar um ponto bíblico porque alguém nos disse, ou ouvimos numa palestra bíblica ou ainda que lemos nalguma revista. Se desejamos aprofundar o nosso conhecimento bíblico, então temos que estudar com o objectivo de conhecer melhor os propósitos de Jeová bem como as suas orientações para aplicarmos na nossa vida.
Continue a publicar tais pesquisas são muito interessantes e profundas. Se desejar eu poderei enviar uma das minhas para ler.
Já agora desejava colocar uma questão. Possivelmente assim como eu usa muitas obras de referencia na sua analise. A CPAD(Brasil), CAPU(Portugal), lançou uma publicação com o nome a Bíblia de Estudo Palavras-Chave, ela tem como objectivo oferecer as mais variadas ferramentas exegéticas, léxicas e gramaticais. Você conhece ou faz uso? Pela forma como é apresentada no site da CPAD parece-me um livro de estudo interessante, e estou a pensar adquiri-lo. No entanto desejava saber a sua opinião caso tenha este exemplar.
Sem outro assunto. Atenciosamente, o seu irmão em Cristo
L.A (Portugal)
Primeiro, o fato de a palavra “espírito” poder se referir a uma pessoa não significa que o “espírito santo” seja uma pessoa. Afinal, a palavra “espírito” também é aplicada a coisas impessoais.
Segundo, o fato de na maioria dos casos o adjetivo “santo” aludir a seres pessoais também não significa que o “espírito santo” seja uma pessoa, pois o mesmo adjetivo é aplicado dezenas de vezes apenas no “Novo Testamento” a coisas impessoais.
Terceiro, o argumento de que “a nuvem guia, mas nunca é pessoa” e “as Escrituras dizem e ensinam, mas nunca são pessoas” também pode – e deve – ser aplicado ao espírito santo, o qual guia, ensina, fala, etc., mas nunca foi e nem é uma pessoa.
Veja neste blog os artigos “É a Trindade uma doutrina bíblica?”, “A Trindade é ensinada no ‘Novo Testamento’?”, “Personificação prova personalidade?” e “Mateus 28:19 apoia a Trindade?”
Muitíssimo obrigado pela consideração e pelos elogios. Isso me incentiva a continuar com esse trabalho de divulgação. Desejo sim receber suas pesquisas. Elas serão muito bem-vindas. Também aprecio receber sugestões.
Com relação à obra de referência que você citou, eu não tenho informações a respeito. Contudo, se você adquiri-la e gostar dela, solicito que me envie comentários a respeito.
Aguardo mais correspondências suas.
Que Jeová, por meio de Cristo, possa continuar abençoando seus esforços em prol da verdadeira adoração.
Um grande abraço!
Bem, em primeiro lugar, é necessário ressaltar que a afirmação quanto à porcentagem acima NÃO É VERDADEIRA.
A palavra “hágios” (“santo”), (excetuando o espírito santo, que é o foco da questão), é usada cerca de 100 vezes para pessoas e cerca de 40 vezes para coisas impessoais. Portanto, 40 por cento das ocorrências – quase a metade – refere-se a algo impessoal.
Em hebraico, a palavra qodesh (“santo”), que é usada em relação ao espírito santo, excetuando as três referências ao espírito santo, aplica-se mais de 430 vezes a coisas impessoais e menos de 20 vezes – menos de 5 % – a pessoas.
A palavra “espírito”, na Bíblia inteira, ocorre cerca de 800 vezes. Excetuando as referências (diretas e indiretas) ao espírito santo (cerca de 330), tal palavra é aplicada quase 400 vezes a coisas impessoais e menos de 90 vezes (c. 20%) a pessoas.
A pessoa citada pelas iniciais precisa fazer um estudo sobre pneumatologia. É muito perigoso ficar citando porcentagens a esmo, que não correspondam à realidade. Isso pode iludir os leigos, o que é algo sério.
Mas, mesmo que a porcentagem citada pela referida pessoa fosse verdadeira, isso não seria um argumento conclusivo. Como você bem sabe, o uso mais frequente de um termo não é determinativo para assegurar o sentido do mesmo num caso específico. Se fosse determinativo, então teríamos de concluir que “templo”, “pacto” e “lei” são pessoas, pois essas coisas foram qualificadas como sendo “hágios” (“santo”). (1 Cor. 3:17; Luc. 1:72; Rom. 7:12) Segundo certa estimativa, a palavra “Deus” aparece na Bíblia, na Edição Pastoral, num total de 4.799 vezes; e, na versão Almeida Revista e Atualizada, 4.353 vezes. Dessas ocorrências, cerca de 4.000 vezes se refere a uma Pessoa, o Deus verdadeiro, Jeová. Isso representa um percentual de 83 a 91 por cento. Mas isso não significa que TODOS os demais usos se refiram a pessoas. A palavra também foi aplicada a um pedaço de madeira e ao ventre. – Isa. 44:14-19; Fil. 3:19.
É lamentável que certas pessoas, independente de sua motivação, usem argumentos fictícios, sem base lógica nem bíblica, fundada numa pseudociência bíblica, e espalhem essas afirmações na internet, prestando um desserviço a todos os que sinceramente buscam saber a verdade.
Agora, em relação ao total de ocorrências de hágios (excetuando seu uso para o espírito santo), seu uso para pessoas chega a cerca de 72 por cento, ao passo que seu uso para seres impessoais é de cerca de 28 por cento, sendo esta última porcentagem equivalente a quase a metade de seu uso para pessoas.
De qualquer forma, o percentual de hágios para pessoas está bem longe do que se diz ter sido afirmado por certo defensor da alegada personalidade do espírito santo.
Você antes escreveu:
A palavra “hágios” (“santo”), (excetuando o espírito santo, que é o foco da questão), é usada cerca de 100 vezes para pessoas e cerca de 40 vezes para coisas impessoais. Portanto, 40 por cento das ocorrências – quase a metade – refere-se a algo impessoal.
Aqui está a conta certa, excluindo o termo "espírito santo". Então, meu caro, apenas 28% se referem a seres impessoais. Ou seja, 72% para seres pessoais, que não está tão longe de quase 95%.
Além disso, Deus, na Bíblia, chama este ser de Espírito Santo. É assim que fomos ensinados a identificá-lo. E você não tem a menor prova para dizer que não é assim.
Agora pense nisso: Se os montes ouvem, são as pessoas que estão nos montes que ouvem. Se a nuvem guia, é Deus que providencia a nuvem para guiar. Se o sangue testemunha, alguém entregou o sangue para servir de testemunha. Se os céus declaram a glória de Deus, os as árvores louvam a Deus, são meios que Deus criou para ele ser louvado. Se as Escrituras ensinam, é Deus que a proveu e homens quem a escreveram. Ou seja, Deus ou pessoas são representados aqui, na maioria de seus exemplos, por coisas literais, mas a expressão é simbólica.
Já sei o que você está pensando: "Se o Espírito Santo diz, ensina, ouve, lafa, então é Deus dizendo através de sua força ativa." Não! O texto de João 16:13, 14 mostra claramente o papel de submissão (e isso não prova inferioridade em natureza, senão a mulher seria inferior ao marido em natureza também)do Espírito Santo a Jesus, que é enviado por Jesus, da parte do Pai. Esse Espírito não fala de si mesmo, mas o que tiver ouvido. O mesmo ser aqui ouve, diz, ensina, guia. Você não vê nenhum substantivo impessoal na Bíblia fazer tantas ações pessoais.
Para terminar meu comentário, prezado amigo, acho insuportável sua explicação: "O fato de a Bíblia atribuir ações pessoais a coisas que nunca foram pessoas mostra que o fato de ela usar as mesmas ações para o espírito santo não é prova de que ele seja uma pessoa." Ora, se assim fosse, anjos seriam impessoais, e veja que muitos deles não são mencionados por nome. Eu poderia, com isso, criar uma doutrina que "anjos" com nome seriam pessoais, e os sem nome seriam impessoais.
Convido você a repensar as interpretações que herdou do corpo governante. Eles te convenceram disso. Todavia, o Espírito Santo convence o homem do pecado. Poder e força de Deus já existiam, e eram perceptíveis para as pessoas, mas o agir da Pessoa do Espírito Santo ainda não, por isso foi prometida a sua vinda.
Abraços.
1) Eu não parti do pressuposto que de que o espírito santo é impessoal. A prova disso é que os artigos a respeito desse tema apresentaram imparcialmente o que a Bíblia diz sobre o assunto. Também, ao avaliar o uso das palavras “espírito” e “santo” (com exceção de minha última resposta a você), eu deixei de lado a aplicação dessas palavras ao espírito santo, visto ser ele o foco da questão.
2) Com relação à expressão “espírito santo” ser um termo descritivo, temos o fato de que Deus, Jesus e os anjos são todos ‘espíritos santos’. Assim, para que o espírito santo seja uma pessoa em adição a todos os espíritos santos pessoais que existem, ele teria de ter uma identidade pessoal, o que não acontece.
3) Quanto a ser atribuída vontade própria ao espírito santo, isso não passa de linguagem figurada, pois a Bíblia também fala do vento como tendo vontade própria. (João 3:8) Como já explicado vez após vez, personificação não prova personalidade.
4) Quanto a usar o “Velho Testamento” nessa questão, isso é inteiramente correto, pois essa parte da Bíblia menciona o espírito santo em diversas atividades. – Sal. 51:11; Isa. 63:10, 11; Gên. 1:2; Êxo. 31:3; Juí. 3:10; 6:34; 11:29; 14:6, 19; 1 Sam. 10:10; 2 Sam. 23:2; Isa. 61:1; Eze. 11:5.
5) Ademais, o grego usado na Bíblia não usa iniciais maiúsculas para o espírito santo. De fato, não faz isso nem para Deus. O contexto é que determina se na tradução deve constar inicial maiúscula ou não. E o contexto bíblico revela o espírito santo como sendo algo, não alguém. A Nova Enciclopédia Católica (em inglês) admite: “A maioria dos textos do N[ovo] T[estamento] revela o espírito de Deus como sendo algo, não alguém.” – 1967, Vol. XIII, p. 575.
6) O motivo de a Bíblia atribuir várias ações pessoais ao espírito santo reside no fato do uso que Jeová e que Jesus fazem dele na realização do propósito divino. Quanto ao número de ações pessoais ao espírito santo em João 14-16, esse não é um bom argumento, pois mais ações pessoais são atribuídas ao amor, embora ele não seja pessoa. – 1 Cor. 13:4-7.
7) Com relação ao Pai, ao Filho e a anjos serem pessoas, isso é evidente porque eles possuem, cada qual, um nome pessoal e têm corpos espirituais definidos. (Sal. 83:18; 1 Cor. 15:45; Dan. 12:1; Luc. 1:26; Gên. 32:29) Por outro lado, o espírito santo não tem nome pessoal e nem um corpo espiritual definido, uma vez que pode encher muitas pessoas ao mesmo tempo, pode ser derramado, parcelado, etc. Teria sentido ficar cheio de uma pessoa? Pode uma pessoa ser derramada, e cair sobre alguém? (Atos 2:4, 17; 10:44) Os seres espirituais e pessoais que se menciona como tendo “caído” são Satanás e seus demônios, sendo tal queda um evento negativo para eles. – Luc. 10:18; Rev. 12:7-9.
8) Quanto à interpretação do espírito santo como algo impessoal procedente de Deus, não é algo proveniente do corpo governante das Testemunhas de Jeová. Essa verdade já tem sido defendida há muitos séculos. Afinal, somente em 381 depois de Cristo é que se atribuiu personalidade ao espírito santo, no Concílio de Constantinopla. O fato de os tradutores da Septuaginta (c. 200 anos antes de Cristo) terem traduzido a palavra “espírito” na expressão “espírito de Jeová” (em Isaías 40:13) por “mente”, tendo essa tradução sido citada pelo apóstolo Paulo em Romanos 11:34 e em 1 Coríntios 2:16, é um forte indicador de que tanto os judeus, como os cristãos do primeiro século, encaravam o espírito santo como algo impessoal. Assim sendo, não há o que repensar na questão da impessoalidade do espírito santo.
Abraços.
Fiz uma rápida alusão a Col. 1:15 no artigo “A Trindade é ensinada no ‘Novo Testamento’?” Mas, em consideração à sua pergunta, note o comentário abaixo:
1) Não foi Davi o referido como “primogênito” no Salmo 89:27, visto Davi não era filho primogênito. (1 Crô. 2:13-15) O texto é uma referência profética àquele prefigurado por Davi, o celestial Filho “primogênito” do próprio Deus, a quem Ele confere um reinado mais enaltecido do que o de qualquer governante humano. (Veja Eze. 34:24, onde o Messias é mencionado como “meu servo Davi”.) – Veja a obra Estudo Perspicaz das Escrituras (vol. 3, p. 328), sob o verbete “Primogênito, primeiro nascido”.
2) O contexto de Colossenses capítulo 1 revela o sentido de “primogênito” em Col. 1:15. O vers. 18 menciona Jesus como “o primogênito dentre os mortos”. Seria ele o mais preeminente entre os mortos? A própria continuação do texto responde: “Para se tornar aquele que é PRIMEIRO em todas as coisas.” Atos 26:23 confirma : “O Cristo ... como PRIMEIRO A SER RESSUSCITADO dentre os mortos.” (Veja também He 6:19, 20; 1Co 15:22, 23.) E Rev. 3:14 conclui o assunto chamando-o de “o princípio [início] da criação de Deus”.
Assim, o próprio contexto não deixa dúvidas sobre o sentido do termo “primogênito” em Colossenses 1:15, que nesse texto significa o PRIMEIRO da criação. Portanto, Jesus foi criado por Jeová.
Espero que tais comentários tenham sido de ajuda. Um abraço!
No AT não temos uma clara identificação sobre quem é o Espírito Santo. Tanto que os judeus o associavam com o poder de Deus, mas no NT, quando Jesus introduz a obra do Espírito Santo, e depois os apóstolos esclarecem-no mais ainda, então podemos ter uma teologia correta sobre Ele. Por isso, os textos do NT são os melhores para compreendermos a pessoalidade dEle.
O que a Enciclopédia Católica (que nada tem a ver com a Igreja Católica Romana, inclusive sei de autores ateus que participaram dela) diz não me serve de autoridade. Não posso sair da Bíblia.
Sobre as várias ações de "o amor", em 1 Cor. 13:4-7, fica evidente que se trata de personificação, porque amor nunca é ser pessoal, mas Espírito é, e muitas vezes. Novamente, comparação errônea.
Sobre ser derramado, cair, e ficar cheio, quando se refere ao Espírito Santo, eu posso sim ficar cheio dEle, pois Ele é Espírito. Então ele me enche de seu poder. Ele cai sobre mim pois "cair" na literatura grega é usado simbolicamente para descrever uma ação repentina de alguém sobre outra pessoa. Lembro-me de um filólogo explicar-nos que a expressão "ele vive caindo em cima de mim", "ou dando em cima de mim" tem origens no grego. Sobre ser parcelado, O Espírito Santo é onipresente, e pode ser distribuído, na acepção de Ele não agir apenas numa pessoa. Isso é mera figura de linguagem, e necessariamente a figura de linguagem não anula a personalidade dos substantivos nela envolvidos. Por isso, quando Paulo fala sobre ser derramado, ele não deixa de ser pessoa.
Sobre o Espírito Santo não ter nome, você que está dizendo isso. Ele é santo, e isso é um atributo moral. Como Espírito, diferentemente de lei e de sábado (que nunca são pessoas) pode ser pessoa, então Espírito Santo é uma pessoa. Não existe vento santo, força santa. Você também é quem diz que o Espírito Santo não tem corpo definido. É um pressuposto teu.
Você não tem dificuldade de entender a personificação de coisas obviamente impessoais, mas tem dificuldade de entender a personificação do espírito santo por já ter um conceito preconcebido sobre ele.
Você citou literatura grega, mas nenhum texto bíblico para refutar a questão de o espírito santo “cair” sobre pessoas.
Não sou eu quem diz que o espírito santo não tem nome. A Bíblia indica claramente que seres espirituais (Deus, Jesus e os anjos) têm todos nomes, mas ela não menciona que o espírito santo tenha nome. E ele precisaria ter, para distingui-lo dos espíritos santos pessoais que existem.
Que os seres espirituais têm corpo espiritual definido, fica claro de 1 Coríntios 15:44. Assim sendo, estão num lugar específico por vez. Para ilustrar, um anjo não pode estar ao mesmo tempo em toda parte. Daniel cap. 10 mostra isso: um anjo enviado para dar informações a Daniel foi barrado por um demônio e demorou 21 dias para chegar até Daniel. (Dan. 10:13) Mas temos provas de que o espírito santo não tem corpo definido. Atos 2:4 afirma: “E todos eles ficaram CHEIOS de espírito santo.” Havia cerca de 120 pessoas ali (Atos 1:15), e todas ficaram ao mesmo tempo cheias de espirito santo. Isso não é uma figura de linguagem, visto que descreve algo que aconteceu real e literalmente. Um anjo não pode ser dividido entre 120 pessoas ao mesmo tempo; só uma força poderia. Para exemplificar: se 120 pessoas ficassem de mãos dadas e uma delas pegasse num fio elétrico desencapado, o que aconteceria? A eletricidade iria envolver todas elas. Isso ilustra a diferença entre uma pessoa espiritual e uma força espiritual.
Não se pode afirmar que não existe vento santo ou força santa. Tudo o que vem de Deus é santo. A força que emana dele evidentemente é santa. Apenas a Bíblia não usa tais expressões em relação a tais PALAVRAS. Por outro lado, a Bíblia mostra que o espírito santo é a força ativa de Deus, força essa que é santa.
Juízes 14:6 declara: “O Espírito do Senhor apossou-se de Sansão, e ele, sem nada nas mãos, rasgou o leão como se fosse um cabrito.” Será que devemos entender disso que Sansão foi possuído por um ser espiritual? Os casos de possessão relatados na Bíblia estão relacionados com seres espirituais maus. É óbvio que uma força espiritual envolveu Sansão, dando-lhe condições de fazer algo que seria humanamente impossível.
O nosso conceito sobre o espírito santo, que acreditamos ser o conceito bíblico, não desmerece em nada o espírito santo nem é uma negação das múltiplas atividades que ele realiza. Aceitamos a operação do espírito em nossa vida, incluindo o desenvolvimento dos “frutos do espírito”. (Gál. 5:22, 23) O entendimento do que realmente é o espírito santo nos ajuda a compreender como Jeová Deus e Jesus Cristo utilizam essa poderosa força para realizar o propósito divino.
Por outro lado, respeitamos o direito que as pessoas têm de pensar de modo diferente. Abraços.
Os seus argumentos foram perfeitos, parabéns! "Os hebreus associavam o espírito santo com o poder de Deus"(mas é óbvio, pois tal espírito é a força ativa de Deus! E há uma íntima ligação entre força e poder, e ao mesmo tempo uma nítida diferença.) Miquéias ficou cheio de poder com o espírito de Jeová-Miq.3:8. O espírito santo é a força divina em ação, por isso é descrito em verbos algumas vezes mas em outras não. Segundo o pensamento gramatical dela eu não poderia falar "fulano tem espírito consolador", é claro que de algum modo Jeová não precisa estar presente em pessoa...afinal, somos apenas à sua imagem. A verdade é que tanto quanto o espírito santo é associado a seres pessoais como impessoais, usa-se FIGURA DE LINGUAGEM! Isso, de certa forma, se enquadra naquela regra de Sharp que se usa de modo contraditório, conforme seu belo post. Essa anarquia de entendimento na cristandade é que gera os heréticos dentre eles mesmos e é por isso que nenhum deles pode chamar o outro de herege, pois são culpados disso. São tantas teorias da trindade que eles nem se preocupam em se corrigir uns aos outros, pois, entre eles isso é classificado como entendimento diferente. Fácil, não? veja como essa senhora condenou seu uso de uma enciclopédia dizendo que só pode usar a Bíblia para em seguida recorrer ao comentário de um filólogo, de modo que o seu entendimento das escrituras é forçado a ficar oculto enquanto o dela tem que ser engolido à força. Sei não... Conheço esse tipo de linguagem e obsessão.Com essa forma de ensinar, alguém pode até usar o teorema de Pitágoras e dizer que o espírito santo é um dos catetos e que a soma de tudo é Deus, nesse caso valeria a comparação até de um pagão! (apologista, essa Marcelinha é o F.G., posso estar enganado, mas ele faz isso e já disse que faz quando quer brincar. Mas nesse caso ele quer atrair outros com sua apostasia.)