Fonte da ilustração:
https://www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/despertai-n1-fevereiro-2016/o-que-a-biblia-diz-sobre-o-ceu/
“Há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” – 2 Pedro 3:13.
https://www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/despertai-n1-fevereiro-2016/o-que-a-biblia-diz-sobre-o-ceu/
“Há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” – 2 Pedro 3:13.
As religiões da cristandade, que desconsideram a esperança bíblica
de viver para sempre no Paraíso na Terra, tendem a encarar a expressão “novos
céus e uma nova terra” como se referindo ao céu. Mas, o que a Bíblia tem a
dizer sobre isso?
Céus e terra citados em conjunto na Bíblia
Assim como os céus e a Terra literais são distintos entre si, o
mesmo se dá, coerentemente, com o uso figurativo desses termos. Às vezes, a
referência é aos habitantes dos literais céus e Terra. Por
exemplo, quando os céus e a Terra são convocados como testemunhas de algo,
obviamente a alusão é aos habitantes inteligentes dos céus e da Terra. (Deuteronômio
4:25, 26; 30:19; 32:1; Isaías 1:1, 2) Pois, para algo inanimado servir de
testemunha, esse tem de vir a existir ou sofrer uma mudança a partir da
ocorrência daquilo de que será testemunha. Para ilustrar: o pacto, ou acordo,
entre Jacó e Labão foi confirmado por se erigir um monte de pedras, que
serviriam de testemunhas desse acordo. (Gênesis 31:43-53) Outro exemplo: o sábado,
como lei, foi instituído após a saída dos israelitas do Egito, como lembrança,
ou celebração, desse momentoso acontecimento. (Deuteronômio 5:15) No entanto,
os céus e Terra físicos já existem muito antes do surgimento da humanidade, e
não sofreram nenhuma mudança na ocasião em que foram chamados quais
testemunhas, de modo a poderem servir como tais. Assim, a lógica aponta para os habitantes dos céus e da Terra como sendo
convocados como testemunhas.
Os habitantes dos céus, naturalmente, também são distintos dos
habitantes da Terra. Confirmando isso, note o contraste feito entre o homem
Adão e o Senhor Jesus Cristo após ter sido ressuscitado como pessoa espiritual:
“Até mesmo está escrito assim: ‘O primeiro homem, Adão, tornou-se alma
vivente.’ O último Adão [Jesus Cristo] tornou-se espírito vivificante. Não
obstante, o primeiro é, não o que é espiritual, mas o que é físico, depois [o
outro é] aquilo que é espiritual. O primeiro homem é da terra e feito de pó; o
segundo homem é [ou: origina-se] do céu.” (1 Coríntios 15:45-47) Assim, quer a Bíblia faça referência
aos literais céus e Terra, quer aos seus respectivos habitantes, existe uma
clara distinção entre os dois lugares e seus respectivos habitantes. Isso serve
como parâmetro para entendermos os ‘novos
céus e a nova terra’, como sendo também distintos entre si, e não a mesma
coisa.
Ademais, os “novos céus e uma nova terra” irão substituir “os céus
e a terra que agora existem”. (2 Pedro 3:7, 13) O artigo “2
Pedro 3:7-12 se refere à destruição dos céus e da Terra literais?”
apresentou evidência bíblica de que os “céus e a terra” de 2 Pedro 3:7 são
simbólicos e representam o sistema
de coisas que passou a existir após o Dilúvio, constituído de poderes
governamentais e de uma sociedade humana corrupta. Logicamente, então, os
‘novos céus e terra’ representam o novo sistema de coisas, constituído do
governo do Reino de Deus e de uma sociedade humana obediente a esse governo. A
simples lógica seria suficiente para esse entendimento. Contudo, dispomos, além
disso, de embasamento bíblico. Vejamos isso agora.
“Segundo a sua promessa” – qual?
Ao falar sobre os ‘novos céus e terra’, Pedro disse que os
‘aguardamos segundo a promessa de Deus’. (2 Pedro 3:13) Onde encontramos tal
promessa? Em Isaías 65:17 e 66:22. De que tais textos tratam? Não de uma futura
existência de literais céus e Terra, mas sim de uma restauração espiritual
entre o povo de Jeová daquele tempo. Isaías 65:18b e 19 declara: “Pois eis que
crio Jerusalém como causa para júbilo e seu povo como causa para exultação. E
eu vou jubilar em Jerusalém e exultar pelo meu povo; e não se ouvirá mais nela
o som de choro, nem o som dum clamor de queixume.” “Jerusalém”, como sede do
governo teocrático, e o “povo” – a sociedade que vivia sob tal governo –
tornar-se-iam causa para alegria.
Isto se daria porque a situação moral e espiritual da nação
israelita estava corrompida. Jeová havia dito a eles: “Ouvi a palavra de Jeová,
ditadores de Sodoma. Dai ouvidos à lei de nosso Deus, povo de Gomorra.
Lavai-vos; limpai-vos; removei a ruindade das vossas ações de diante dos meus
olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; buscai a justiça;
endireitai o opressor; fazei julgamento para o menino órfão de pai; pleiteai a
causa da viúva.” (Isaías 1:10, 16, 17) Os que compunham a parte governamental
foram drasticamente descritos como “ditadores de Sodoma” e a sociedade corrupta
foi referida como “povo de Gomorra”. Havia urgente necessidade de reforma
naqueles ‘céus e terra’, ou sistema de coisas, judaico. Como isso ocorreria?
Jeová permitiu que o império babilônico, sob o Rei Nabucodonosor,
destruísse Jerusalém e levasse o povo judeu ao exílio por setenta anos. (2 Crônicas
36:15-21) Essa forte disciplina divina resultou numa purificação moral e
espiritual do povo de Deus daquele tempo. Em consequência, a nação israelita
seria tirada do exílio e retornaria à sua pátria. Note as consoladoras palavras
de Jeová ao seu povo arrependido: “Desperta, desperta, levanta-te, ó Jerusalém,
tu que bebeste da mão de Jeová o copo do seu furor. Assim disse o teu Senhor,
Jeová, sim, teu Deus, que contende pelo seu povo: ‘Eis que vou tirar-te da mão
o copo que atordoa. O grande cálice, meu copo de furor — não mais repetirás o
beber dele.’” (Isaías 51:17a, 22) Jeová faria com que seu povo fosse repatriado.
Sobre isso, lemos o seguinte: “Então retornarão os próprios
remidos de Jeová e terão de chegar a Sião com clamor jubilante, e sobre a sua
cabeça haverá alegria por tempo indefinido. Alcançarão exultação e alegria. O
pesar e o suspiro certamente fugirão.” (Isaías 51:11) Observe agora como esse
acontecimento foi descrito em linguagem figurada: “Ponho as minhas palavras na tua boca e te protejo com a sombra da minha
mão, para que eu estenda novos
céus, funde nova terra e diga a Sião: Tu és o meu povo.” (Isaías 51:16, ALA) De que modo o retorno da
nação purificada à sua pátria trouxe à existência “novos céus” e “nova terra”?
Em lugar do governo exercido pelos “ditadores de Sodoma”, Jeová assegurou que
homens fiéis, como Zorobabel e o Sumo Sacerdote Josué, e posteriormente Esdras
e Neemias, atuassem como líderes do povo. (Ageu 1:1, 14; Esdras 7:10; Neemias
8:9; 12:47) Em lugar do anterior “povo de Gomorra”, a então sociedade israelita
restaurada constituía uma “nova terra” de pessoas predominantemente obedientes.
– Esdras 10:1-3; Neemias 8:12; 9:2, 3.
Os futuros “novos céus e uma nova terra”
Tanto o significado dos “céus e a terra que agora existem” bem
como o cumprimento típico nos tempos bíblicos dos “novos céus” e da “nova
terra” apontam claramente para um significado figurativo dos futuros “novos
céus e uma nova terra”. (2 Pedro 3:7; Isaías 65:17) A lógica e a Bíblia tornam
irrefutável que estes últimos constituem, respectivamente, o novo governo
teocrático do Reino de Deus nas mãos do Senhor Jesus Cristo e a nova sociedade
humana obediente que viverá sob esse maravilhoso governo do “Príncipe da Paz”.
– Isaías 9:6.
A Bíblia relata sobre Jeová, que “é segundo o seu beneplácito, que
ele se propôs em si mesmo, para uma administração no pleno limite dos tempos
designados, a saber, ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos
céus e as coisas na terra.” (Efésios 1:9, 10) As “coisas nos céus” não são os
anjos fiéis, pois estes não precisam ser ‘ajuntados novamente’ por Deus, uma
vez que nunca se desviaram dele. Eles estão plenamente unidos e sujeitos a
Cristo. (Mateus 25:31; 26:53) Embora diversas traduções da cristandade vertam
por “as coisas que estão nos céus”, o texto grego diz simplesmente “as (coisas)
nos céus” (τὰ ἐπὶ τοῖς οὐρανοῖς; tàs epì toîs ouranoîs). É óbvio que a expressão se refere aos
que receberão a vida imortal nos céus espirituais. Correspondentemente, as
“coisas na terra” (τὰ ἐπὶ τῆς γῆς; tà epi tês gês) são os que
herdarão a vida eterna no Paraíso terrestre.
Portanto, tanto a vida sem fim no céu como na Terra são
biblicamente inegáveis. A expressão “novos céus e uma nova terra” é uma das
muitas evidências desta verdade incontestável e fundamental.
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de
Jeová.
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
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NOVÍSSIMO E EXCELENTE ARTIGO
[extraído do orkut]
Quando o profeta inspirado declarou: "Ó terra, terra, terra, ouve a palavra de Jeová!",ele estava se referindo às pessoas a quem a mensagem se dirigia.
Quando Moisés reproduziu a pronunciação de Jeová à nação de Israel, ele disse: "Não deveis fazer assim como faz a terra do Egito, na qual morastes; e não deveis fazer assim como faz a terra de Canaã, na qual vos introduzo..."
Fica claro em como a Bíblia se refere não ao solo produtivo em si, mas às pessoas que estão sobre ele.
Continue seu bom trabalho.