Fonte da ilustração:
https://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/biblia-ensina/como-adorar-a-deus-verdadeiros-adoradores/
O conceito
de religião verdadeira tem sofrido uma mudança drástica nas últimas décadas. Há
alguns anos, diversas denominações assumiam a postura de ser, cada qual, a
única e exclusiva religião aprovada por Deus. Entre essas se achavam a Igreja
Católica Romana, os Adventistas do Sétimo Dia, os Mórmons, e a Congregação
Cristã no Brasil. Membros dessas e de outras denominações autônomas
posicionavam-se atrás de barricadas de hostilidade e antipatia para com membros
de outras religiões, numa expressão de religiofobia para com outros sistemas de
adoração.
No entanto,
os ventos de mudança da “cena deste mundo” passaram a soprar em outra direção.
(1 Coríntios7:31) O termo “protestante” – oposicionista e antagônico – deu
lugar à palavra “evangélico”, amena e conciliadora. Até mesmo as denominações
adrede mencionadas adotaram uma disposição mais recatada nesse respeito. Ao
invés de os membros da maioria delas se identificarem pelo nome oficial da
religião, preferem o termo genérico “evangélico”. A premissa de haver uma única
religião verdadeira desvaneceu-se, arrefeceu e parece ter se dissipado quase
por completo, dando lugar a uma suposta tolerância e a um alegado respeito
mútuo das diferenças, baseados numa desconsideração dos conceitos religiosos
divergentes.
É verdade
que tolerância e respeito mútuo são necessários numa sociedade religiosa
pluralista. Por outro lado, seria correto deixar de lado conceitos religiosos
relevantes, que têm que ver com a identidade de Deus, nossa relação com ele, e
o modo em que ele quer ser adorado? O que a Bíblia tem a dizer sobre isso?
Religião
verdadeira – um conceito bíblico
Em João
4:23, Jesus Cristo, o fundador do cristianismo, afirmou que “os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai com espírito e verdade”, e acrescentou: “Pois,
deveras, o Pai está procurando a tais para o adorarem.” A expressão
“verdadeiros adoradores” denota que existe uma adoração verdadeira, ou seja, um
único modo correto de adorar a Deus. Como Jesus mostrou a seguir, tal adoração
verdadeira envolve prestar adoração ao Pai. Portanto, a adoração de uma
Trindade, ou de “santos”, não constitui adoração verdadeira.
O próximo
ponto salientado – adorar “com espírito e verdade” – mostra que a verdadeira
adoração tem de ser guiada pelo espírito santo e estar em harmonia com a
verdade revelada na Bíblia. E a verdade não admite conceitos divergentes. O
apóstolo Paulo deu a seguinte instrução a Timóteo: “Mandes a certos que não
ensinem doutrina diferente.” (1 Timóteo 1:4) Assim sendo, o cristianismo
fundado por Jesus não admitia ensinos conflitantes. O primitivo cristianismo
constituía uma única religião unificada quanto ao conjunto de crenças. Possuía
“uma só fé”, isto é, um único conjunto de doutrinas. (Efésios 4:5) Tudo isso é
incompatível com a ideia de que mais de uma religião possa ser verdadeira.
Ter esse
conceito é sumamente importante, tendo presente as palavras finais de Jesus em
João 4:23: “Pois, deveras, o Pai está procurando a tais para o
adorarem.” Isto indica que Deus está ativamente interessado nas pessoas que
querem adorá-lo do modo que ele aprova, que querem praticar a religião
verdadeira.
Religião
verdadeira – exclui mudanças de crenças?
Quando Jeová
estabeleceu a forma de adoração baseada no pacto da Lei mosaica, ele deixou
claro como queria ser adorado. Similarmente, quando Jesus estabeleceu o
cristianismo, ele deixou claro como seu Pai celestial queria ser adorado
através desse novo arranjo. No entanto, muitos séculos de apostasia criaram uma
pluralidade de crenças e de seitas conflitantes. Assim sendo, o retorno ao
verdadeiro conjunto de crenças teria de ser contínuo e progressivo.
Falando
acerca do “tempo do fim”, Daniel 12:4 declara: “O verdadeiro conhecimento se
tornará abundante.” Isto significa que tal “conhecimento” não era abundante
desde o início do “tempo do fim”, mas ‘se tornaria’ progressivamente abundante.
Como ocorreria o aumento do conhecimento bíblico?
Daniel 12:10
responde: “Muitos se purificarão, e se embranquecerão, e serão refinados. E os
iníquos certamente agirão iniquamente, e absolutamente nenhum iníquo entenderá;
mas os perspicazes entenderão.” Como é explícito no texto, seria necessário uma
purificação, um embranquecimento e um refinamento. Tais palavras obviamente
indicam que conceitos errados, absorvidos das religiões falsas, teriam de ser
eliminados, pelo progressivo estudo da Palavra de Deus.
Já no início
de sua história moderna, as Testemunhas de Jeová entenderam que a Trindade, a
imortalidade da alma e o inferno de fogo não são doutrinas bíblicas. Entenderam
também que a Terra ocupa um lugar honroso no propósito de Deus e será
transformada num paraíso. Outros ensinos errados, porém, levaram mais tempo
para ser detectados. Por exemplo, a conscientização de que a celebração do
Natal não é compatível com o verdadeiro cristianismo foi plenamente absorvida
em 1928, e somente em 1936 elas entenderam que a cruz é pagã.
De fato,
fazer mudanças de crenças, em si mesmo, não traz nem mérito nem demérito para a
organização religiosa que o faz. Tudo depende da motivação e dos resultados.
Podemos ilustrar isso com as mudanças ocorridas na Medicina. Por sinceros
pesquisadores estarem dispostos a abandonar conceitos e práticas médicas
comprovadamente anticientíficos, que estagnaram por séculos a ciência médica, o
resultado tem sido o elevado conhecimento médico de que dispomos atualmente. O
mesmo se dá com a ciência bíblica.
Por sinceros
estudiosos da Palavra de Deus estarem dispostos a examiná-la com mente aberta e
sem ideias preconcebidas, e por humildemente estarem dispostos a corrigir
conceitos errados, o resultado tem sido como foi descrito por Bertil Persson,
clérigo, autor, redator e professor de religião. Ele disse: “Por detrás da fé
que está sendo pregada pelas Testemunhas de Jeová, há uma espantosa ciência
bíblica de alta classe e de orientação internacional.”[1]
Portanto, as
Testemunhas de Jeová creem sinceramente que estão praticando a verdadeira
adoração. Isso não é evidência de presunção, e sim de coerência. Pois, se não
acreditassem nisso, deveriam procurar outra religião. Caso contrário, estariam
sendo hipócritas no exercício de sua fé. Mas a sua firme convicção não as leva
a adotar uma atitude discriminatória. Elas altruistamente desejam compartilhar
seu conhecimento bíblico com todas as pessoas. Afinal, como diz João 4:23, “o
Pai está procurando” pessoas sinceras, que amam a verdade, “para o adorarem”.
Referências
[1] Veja A
Sentinela de 15 de outubro de 1977 (p. 632), revista publicada pelas
Testemunhas de Jeová.
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de
Jeová.
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
(Extraído do orkut)
Legal o seu blog !
parabens
(extraído do orkut)
Quer dizer então que os apologistas protestantes e os demais são apologistas da mentira?Por favor explique isso.
Por enquanto é necessário que eu me mantenha no anonimato para o melhor desempenho do meu trabalho pela internet. Conto com sua compreensão neste sentido.