As coisas não saíram como ele
queria. Pelo contrário – elas aconteceram de forma que ele se sentiu exposto.
Possíveis sentimentos de humilhação, frustração e outros de igual natureza
negativa talvez estivessem inundando seu coração.
Nesse estado empobrecido de
recursos mentais e emocionais, ele fez o que muitos já fizeram: ficou
descontente com o próprio Deus e questionou o modo de Deus agir.
Mas, dessemelhante de outras
situações de igual natureza, esta situação foi marcada por um acontecimento ímpar:
o próprio Deus Todo-Poderoso falou com ele!
O personagem desta história foi o
profeta Jonas. Após ter pregado que dali a 40 dias a capital da Assíria,
Nínive, seria destruída – e isso não ter acontecido – ele se sentiu
envergonhado e humilhado.
Nesse ponto, Jeová amorosa e
ternamente perguntou a seu profeta: “Você acha certo ficar tão irado?”
– Jonas 4:4.
Jonas não respondeu. Em vez
disso, fez conforme relatado no livro que leva o seu nome:
“Jonas saiu então da cidade
e se sentou ao leste da cidade. Ali ele fez para si um abrigo e se sentou à sua
sombra para ver o que aconteceria à
cidade.” – Jonas 4:5.
Parece que o foco de Jonas
ainda estava em seu desejo egoísta de testemunhar suas palavras serem
vindicadas, desconsiderando a enorme quantidade de vidas que haviam sido salvas
da destruição pela compaixão divina.
Jeová, o Magistral Instrutor,
decidiu então envolver seu profeta em uma experiência que o afetasse
pessoalmente. Continua o relato:
“Então Jeová Deus fez com
que um cabaceiro [uma planta] crescesse sobre Jonas para fazer sombra sobre a
sua cabeça e para aliviar a sua aflição. E Jonas ficou muito contente com o
cabaceiro. Mas, ao raiar o dia seguinte, o verdadeiro Deus fez com que um verme
atacasse o cabaceiro, e este secou. Quando o sol começou a brilhar, Deus também
fez soprar um vento leste abrasador, e o sol castigava a cabeça de Jonas, e ele
estava quase desmaiando. Ele pedia para morrer e dizia: ‘Para mim é melhor
morrer do que viver.’” – Jonas 4:6-8.
Nesse ponto, o magnífico
Criador de todas as coisas voltou paciente e amorosamente a argumentar com seu
servo e amigo Jonas:
“Você acha certo ficar tão
irado por causa do cabaceiro?” – Jonas 4:9a.
Insistindo em seu próprio
ponto de vista egoísta, o profeta desabafou: “Eu tenho razão para ficar irado,
tão irado que quero morrer.” – Jonas 4:9b.
Você consegue dimensionar o
tamanho e a gravidade desse drama da vida real? Um mero ser humano imperfeito
estava contestando o Ser mais elevado que existe – o Soberano Universal, Jeová!
E estava fazendo isso pela segunda vez.
Então Jeová arrematou a
experiência que fez o profeta passar com o argumento incontestável:
“Você teve pena do cabaceiro, que você não
cultivou nem fez crescer; ele cresceu numa noite e morreu numa noite. Será que
eu também não deveria ter pena de Nínive, a grande cidade, em que há mais de
120.000 homens que não sabem nem mesmo a diferença entre o certo e o errado,
além de seus muitos animais?” – Jonas 4:10, 11.
Serve aqui uma preciosa
reflexão: Quantos de nós ficaríamos irados por sermos contestados por outros
iguais a nós, e por questões bem ínfimas? É comum que pessoas em hierarquia
superior num determinado meio social, cultural, religioso ou outro jamais
aceitem ser contestados pelos que se encontram em hierarquia inferior.
Mas o magnífico Criador
Jeová deu a Jonas e a todos nós uma maravilhosa lição de humildade, paciência e
persuasão – mostrando que se preocupa sinceramente com a raça humana. Ele se
permitiu ser contestado duas vezes, e buscou maneiras de ajudar o contestador.
Jonas aprendeu a lição, o
que é comprovado pelo fato de ter assentado por escrito o registro de tudo
isso. Será que nós aprendemos a lição da gigantesca humildade divina e a
colocaremos em prática, especialmente quando formos contestados por outros que
talvez nem estejam com a razão? Com certeza faremos isso, se quisermos cumprir
as Escrituras, que nos incentivam:
“Portanto, tornem-se
imitadores de Deus, como filhos amados, e continuem andando em amor.” – Efésios
5:1, 2a.
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da
Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
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ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
Jonas ficou indignado, perplexo, MAS NÃO PERDEU A FÉ E NEM O FOCO EM JEOVÁ COMO SOBERANO E QUE TOMA A ATITUDE QUE ELE QUISER!
O apóstata é diferente: é uma pessoa que JÁ PERDEU A FÉ e agora faz de tudo para destruir a fé e confiança que outros ainda tem!
E é contra esse tipo de mentalidade que Deus nos avisa que tenhamos cuidado.
Não entender algo de início e ficar irritado é possível e até mesmo tolerável por Deus, como mostra o relato de Jonas.
Mas o que Jeová vai levar em conta é a real motivação da pessoa, suas reais intenções.
Jonas ficou nervoso, mas manteve o respeito para com Jeová, pois em oração Jonas disse:
“Eu sabia que tu és Deus que tem compaixão e misericórdia. Sabia que tu és sempre paciente e bondoso e que estás sempre pronto a mudar de ideia e não castigar."
Agora, uma pessoa que passa a discordar dos ensinos estabelecidos e procura destruir a paz e a união das testemunhas de Jeová não está disposta a aprender. Ela já acha que só ela está correta e não admite a possibilidade de estar equivocada.
E pra piorar, passa a considerar como inimigos seus anteriores irmãos!
Jonas não foi assim! Jonas contestou as ações de Jeová, mas manteve a “porta aberta” para uma correção caso Jeová assim quisesse. E Jeová fez isso, pois viu a sinceridade e humildade de Jonas. Por isso Jeová viu na ocasião uma oportunidade de ensinar Jonas, e, por consequência, a todos nós.
Jonas ficou indignado, perplexo, MAS NÃO PERDEU A FÉ E NEM O FOCO EM JEOVÁ COMO SOBERANO E QUE TOMA A ATITUDE QUE ELE QUISER!
O apóstata é diferente: é uma pessoa que JÁ PERDEU A FÉ e agora faz de tudo para destruir a fé e confiança que outros ainda tem!
E é contra esse tipo de mentalidade que Deus nos avisa que tenhamos cuidado.
Não entender algo de início e ficar irritado é possível e até mesmo tolerável por Deus, como mostra o relato de Jonas.
Mas o que Jeová vai levar em conta é a real motivação da pessoa, suas reais intenções.
Jonas ficou nervoso, mas manteve o respeito para com Jeová, pois em oração Jonas disse:
“Eu sabia que tu és Deus que tem compaixão e misericórdia. Sabia que tu és sempre paciente e bondoso e que estás sempre pronto a mudar de ideia e não castigar."
Agora, uma pessoa que passa a discordar dos ensinos estabelecidos e procura destruir a paz e a união das testemunhas de Jeová não está disposta a aprender. Ela já acha que só ela está correta e não admite a possibilidade de estar equivocada.
E pra piorar, passa a considerar como inimigos seus anteriores irmãos!
Jonas não foi assim! Jonas contestou as ações de Jeová, mas manteve a “porta aberta” para uma correção caso Jeová assim quisesse. E Jeová fez isso, pois viu a sinceridade e humildade de Jonas. Por isso Jeová viu na ocasião uma oportunidade de ensinar Jonas, e, por consequência, a todos nós.
Comandante vila maria, excelente resposta a sua! Mas você generalizou em um ponto específico. Sei que para vc, um ex-TJ que não concorda com as doutrinas interpretadas pela Organização é um apóstata. Pois bem, o seu erro está na afirmação ao dizer que TODOS os apóstatas perderam a fé em Deus, ao contrário de Jonas. No entanto, eu conheço vários ex-TJs que continuam com sua fé no Criador. E a questão sobre aqueles que segundo suas palavras, estão querendo destruir a fé de seus anteriores irmãos, eu concordo que existe realmente muitos ex-TJs fanáticos e fundamentalistas. Mas como eu já disse, o ponto crucial na qual eu chamei atenção, está na discordância das interpretações do Corpo Governante e não necessariamente na existência de Deus. Dentro da organização há uma regra: ou concorda com o "escravo fiel" ou não. Sobre o fato de considerar como inimigos, existem base para os dois lados. Um ex-TJ fanático vai considerar seus ex irmãos como inimigos, da mesma forma um TJ fanático vai passar a considerar o mesmo. Mas não vamos generalizar, nem para um lado nem para outro. Um abraço!