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Você se permite ser contestado? Deus se permitiu!

Fonte da ilustração: 
http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1102013260


As coisas não saíram como ele queria. Pelo contrário – elas aconteceram de forma que ele se sentiu exposto. Possíveis sentimentos de humilhação, frustração e outros de igual natureza negativa talvez estivessem inundando seu coração.

Nesse estado empobrecido de recursos mentais e emocionais, ele fez o que muitos já fizeram: ficou descontente com o próprio Deus e questionou o modo de Deus agir.

Mas, dessemelhante de outras situações de igual natureza, esta situação foi marcada por um acontecimento ímpar: o próprio Deus Todo-Poderoso falou com ele!

O personagem desta história foi o profeta Jonas. Após ter pregado que dali a 40 dias a capital da Assíria, Nínive, seria destruída – e isso não ter acontecido – ele se sentiu envergonhado e humilhado.

Nesse ponto, Jeová amorosa e ternamente perguntou a seu profeta: “Você acha certo ficar tão irado?” – Jonas 4:4.

Jonas não respondeu. Em vez disso, fez conforme relatado no livro que leva o seu nome:

“Jonas saiu então da cidade e se sentou ao leste da cidade. Ali ele fez para si um abrigo e se sentou à sua sombra para ver o que aconteceria à cidade.” – Jonas 4:5.

Parece que o foco de Jonas ainda estava em seu desejo egoísta de testemunhar suas palavras serem vindicadas, desconsiderando a enorme quantidade de vidas que haviam sido salvas da destruição pela compaixão divina.

Jeová, o Magistral Instrutor, decidiu então envolver seu profeta em uma experiência que o afetasse pessoalmente. Continua o relato:

“Então Jeová Deus fez com que um cabaceiro [uma planta] crescesse sobre Jonas para fazer sombra sobre a sua cabeça e para aliviar a sua aflição. E Jonas ficou muito contente com o cabaceiro. Mas, ao raiar o dia seguinte, o verdadeiro Deus fez com que um verme atacasse o cabaceiro, e este secou. Quando o sol começou a brilhar, Deus também fez soprar um vento leste abrasador, e o sol castigava a cabeça de Jonas, e ele estava quase desmaiando. Ele pedia para morrer e dizia: ‘Para mim é melhor morrer do que viver.’” – Jonas 4:6-8.

Nesse ponto, o magnífico Criador de todas as coisas voltou paciente e amorosamente a argumentar com seu servo e amigo Jonas:

“Você acha certo ficar tão irado por causa do cabaceiro?” – Jonas 4:9a.
Insistindo em seu próprio ponto de vista egoísta, o profeta desabafou: “Eu tenho razão para ficar irado, tão irado que quero morrer.” – Jonas 4:9b.

Você consegue dimensionar o tamanho e a gravidade desse drama da vida real? Um mero ser humano imperfeito estava contestando o Ser mais elevado que existe – o Soberano Universal, Jeová! E estava fazendo isso pela segunda vez.

Então Jeová arrematou a experiência que fez o profeta passar com o argumento incontestável:

 “Você teve pena do cabaceiro, que você não cultivou nem fez crescer; ele cresceu numa noite e morreu numa noite. Será que eu também não deveria ter pena de Nínive, a grande cidade, em que há mais de 120.000 homens que não sabem nem mesmo a diferença entre o certo e o errado, além de seus muitos animais?” – Jonas 4:10, 11.

Serve aqui uma preciosa reflexão: Quantos de nós ficaríamos irados por sermos contestados por outros iguais a nós, e por questões bem ínfimas? É comum que pessoas em hierarquia superior num determinado meio social, cultural, religioso ou outro jamais aceitem ser contestados pelos que se encontram em hierarquia inferior.

Mas o magnífico Criador Jeová deu a Jonas e a todos nós uma maravilhosa lição de humildade, paciência e persuasão – mostrando que se preocupa sinceramente com a raça humana. Ele se permitiu ser contestado duas vezes, e buscou maneiras de ajudar o contestador.

Jonas aprendeu a lição, o que é comprovado pelo fato de ter assentado por escrito o registro de tudo isso. Será que nós aprendemos a lição da gigantesca humildade divina e a colocaremos em prática, especialmente quando formos contestados por outros que talvez nem estejam com a razão? Com certeza faremos isso, se quisermos cumprir as Escrituras, que nos incentivam:

“Portanto, tornem-se imitadores de Deus, como filhos amados, e continuem andando em amor.” – Efésios 5:1, 2a.


A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada pelas Testemunhas de Jeová.



Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org











Comentários

José Gomes disse…
Legal o artigo! Mas pq não seguem esse exemplo? Se alguém contesta algum ensino das TJs,que estão sujeitas a equívocos, o contestador é taxado de apóstata, e que esta desafiando Jeová? É assim que eu vejo acontecendo no meio TJ. Não seguem o exemplo de Jeová.
Visto que o entendimento da Bíblia é progressivo e sujeito a erros e correções, não haveria problema algum em expressar de forma respeitosa conceitos divergentes. O problema está em causar divisão, algo condenado nas Escrituras. – Romanos 16:17.
Comandante vila maria disse…
José Gomes, existe uma diferença FUNDAMENTAL entre a reação de Jonas e a reação de um APÓSTATA:

Jonas ficou indignado, perplexo, MAS NÃO PERDEU A FÉ E NEM O FOCO EM JEOVÁ COMO SOBERANO E QUE TOMA A ATITUDE QUE ELE QUISER!

O apóstata é diferente: é uma pessoa que JÁ PERDEU A FÉ e agora faz de tudo para destruir a fé e confiança que outros ainda tem!

E é contra esse tipo de mentalidade que Deus nos avisa que tenhamos cuidado.

Não entender algo de início e ficar irritado é possível e até mesmo tolerável por Deus, como mostra o relato de Jonas.
Mas o que Jeová vai levar em conta é a real motivação da pessoa, suas reais intenções.

Jonas ficou nervoso, mas manteve o respeito para com Jeová, pois em oração Jonas disse:

“Eu sabia que tu és Deus que tem compaixão e misericórdia. Sabia que tu és sempre paciente e bondoso e que estás sempre pronto a mudar de ideia e não castigar."

Agora, uma pessoa que passa a discordar dos ensinos estabelecidos e procura destruir a paz e a união das testemunhas de Jeová não está disposta a aprender. Ela já acha que só ela está correta e não admite a possibilidade de estar equivocada.
E pra piorar, passa a considerar como inimigos seus anteriores irmãos!

Jonas não foi assim! Jonas contestou as ações de Jeová, mas manteve a “porta aberta” para uma correção caso Jeová assim quisesse. E Jeová fez isso, pois viu a sinceridade e humildade de Jonas. Por isso Jeová viu na ocasião uma oportunidade de ensinar Jonas, e, por consequência, a todos nós.
Comandante vila maria disse…
José Gomes, existe uma diferença FUNDAMENTAL entre a reação de Jonas e a reação de um APÓSTATA:

Jonas ficou indignado, perplexo, MAS NÃO PERDEU A FÉ E NEM O FOCO EM JEOVÁ COMO SOBERANO E QUE TOMA A ATITUDE QUE ELE QUISER!

O apóstata é diferente: é uma pessoa que JÁ PERDEU A FÉ e agora faz de tudo para destruir a fé e confiança que outros ainda tem!

E é contra esse tipo de mentalidade que Deus nos avisa que tenhamos cuidado.

Não entender algo de início e ficar irritado é possível e até mesmo tolerável por Deus, como mostra o relato de Jonas.
Mas o que Jeová vai levar em conta é a real motivação da pessoa, suas reais intenções.

Jonas ficou nervoso, mas manteve o respeito para com Jeová, pois em oração Jonas disse:

“Eu sabia que tu és Deus que tem compaixão e misericórdia. Sabia que tu és sempre paciente e bondoso e que estás sempre pronto a mudar de ideia e não castigar."

Agora, uma pessoa que passa a discordar dos ensinos estabelecidos e procura destruir a paz e a união das testemunhas de Jeová não está disposta a aprender. Ela já acha que só ela está correta e não admite a possibilidade de estar equivocada.
E pra piorar, passa a considerar como inimigos seus anteriores irmãos!

Jonas não foi assim! Jonas contestou as ações de Jeová, mas manteve a “porta aberta” para uma correção caso Jeová assim quisesse. E Jeová fez isso, pois viu a sinceridade e humildade de Jonas. Por isso Jeová viu na ocasião uma oportunidade de ensinar Jonas, e, por consequência, a todos nós.
José Gomes disse…
Apologista da Verdade, a questão na qual me refiro, não estar no ato de causar divisão. Mas na discordância de alguma doutrina INTERPRETADA pela Organização. Por exemplo, se eu sou TJ, e com base em minhas pesquisas pessoais, chego à conclusão de que os "últimos dias" não começaram em 1914, e isso tornar conhecido na congregação, serei considerado um apóstata, reprovado como uma das testemunhas, e isso mesmo sem levantar a bandeira pra impor aquilo a alguém. O fato de apenas discordar de uma doutrina particular, proveniente de uma interpretação, já é motivo suficiente para ser taxado de apóstata!

Comandante vila maria, excelente resposta a sua! Mas você generalizou em um ponto específico. Sei que para vc, um ex-TJ que não concorda com as doutrinas interpretadas pela Organização é um apóstata. Pois bem, o seu erro está na afirmação ao dizer que TODOS os apóstatas perderam a fé em Deus, ao contrário de Jonas. No entanto, eu conheço vários ex-TJs que continuam com sua fé no Criador. E a questão sobre aqueles que segundo suas palavras, estão querendo destruir a fé de seus anteriores irmãos, eu concordo que existe realmente muitos ex-TJs fanáticos e fundamentalistas. Mas como eu já disse, o ponto crucial na qual eu chamei atenção, está na discordância das interpretações do Corpo Governante e não necessariamente na existência de Deus. Dentro da organização há uma regra: ou concorda com o "escravo fiel" ou não. Sobre o fato de considerar como inimigos, existem base para os dois lados. Um ex-TJ fanático vai considerar seus ex irmãos como inimigos, da mesma forma um TJ fanático vai passar a considerar o mesmo. Mas não vamos generalizar, nem para um lado nem para outro. Um abraço!

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