Fonte da ilustração: http://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/jesus/ministerio-leste-do-jordao/ilustracao-homem-rico-lazaro/
Jesus
disse que ‘não veio pra destruir a lei e os profetas, mas sim cumprir.’ (Mateus
5:17) E Romanos 10:4 diz que "Cristo é o fim da lei".
Então
entendemos que, com sua morte, a cortina do santuário foi rasgada e temos uma
nova lei, a lei do Cristo. – Gálatas
6:2.
Mas, em
Mateus 19:9, Jesus fez uma mudança na lei que até então permitia o divórcio,
dizendo que somente em casos de adultério é que um cristão pode se divorciar.
Isso antes da sua morte.
Sei que
ele estava retornando ao propósito original de Jeová de não haver divórcios.
Mas essa mudança não deveria ser somente após sua morte?
Resposta do apologista:
Mesmo antes de a Lei mosaica cumprir seu objetivo e chegar ao fim, Jesus
indicou que haveria uma mudança futura, na qual os princípios seriam os
norteadores das ações humanas ao invés de regras escritas. Encontramos exemplos
disso em seu famoso Sermão do Monte:
Mateus 5:21, 22: ““Vocês ouviram que se disse aos dos tempos antigos:
‘Não assassine,
e
quem cometer um assassinato prestará contas ao tribunal de justiça.’ No
entanto, eu lhes digo que todo aquele que continuar irado com seu
irmão terá de prestar contas ao tribunal de justiça; e quem se dirigir a seu
irmão com uma palavra imprópria de desprezo terá de prestar contas ao Supremo
Tribunal; ao passo que quem disser: ‘Tolo imprestável!’ estará sujeito à Geena ardente.”
Mateus 5:27, 28: “Vocês ouviram que se disse: ‘Não cometa
adultério.’
Mas
eu lhes digo que todo aquele que persiste em olhar para uma mulher, a ponto de
sentir paixão por ela, já cometeu no coração adultério com ela.”
Mateus 5:31: “Além disso, foi dito: ‘Quem se divorcia da sua
esposa dê a ela um certificado de divórcio.’ No entanto, eu lhes digo que todo
aquele que se divorcia da sua esposa, a não ser por causa de imoralidade
sexual,
a
expõe ao adultério, e quem se casa com uma mulher divorciada comete adultério.”
Note que, nessa ocasião bem anterior ao tempo do relato de Mateus 19:9,
Jesus Cristo já anunciou o arranjo correto em relação ao único motivo aceitável
para o divórcio: o adultério.
Que haveria uma mudança e que o cristianismo seria um arranjo mais
progressivo e abrangente do que o judaísmo pré-cristão, Jesus expôs pela
ilustração dos odres de vinho:
Lucas 5:36-39: “Contou-lhes também uma
ilustração: ‘Ninguém corta um pedaço de uma roupa nova para remendar uma roupa
velha. Se fizer isso, o remendo novo se soltará e o remendo da roupa nova não
combinará com a velha. Também, ninguém põe vinho novo
em odres velhos. Se fizer isso, o vinho novo arrebentará os odres e se
derramará, e os odres ficarão arruinados. Mas vinho
novo tem de ser posto em odres novos. Ninguém, depois de beber vinho velho,
quer o novo, pois diz: ‘O velho é bom.’”
Sobre
isso, note o comentário feito no livro O
Maior Homem Que Já Viveu:
Jesus estava
ajudando os discípulos de João, o Batizador, a reconhecer que ninguém deve
esperar que seus seguidores se harmonizem com as antigas práticas do
judaísmo, tais como o jejum ritual. Ele não veio para remendar e prolongar
antigos e superados sistemas de adoração, que estavam prestes a ser
descartados. O cristianismo não seria ajustado ao judaísmo daqueles dias,
com suas tradições de homens. Não, ele não seria como um remendo novo numa
roupa velha ou como vinho novo num odre velho. Mateus 9:14-17; Marcos
2:18-22; Lucas 5:33-39; João 3:27-29. (gt, cap. 28, sob o tema “Interrogado sobre o jejum”; sublinha
acrescentada.)
Como esse comentário
mostrou, os sistemas de adoração judaicos seriam descartados logo após aquele
tempo, quando a Lei mosaica como um todo deixasse de vigorar e o cristianismo
fosse oficialmente introduzido.
No judaísmo havia o jejum obrigatório no Dia da Expiação, como se pode
inferir da expressão “afligir a si mesmos”. (Levítico 16:29-31; 23:27; Números 29:7; compare com
Isaías 58:3, 5 e Salmo 35:13) Em outras ocasiões, era empregado como
costume para exteriorizar a tristeza por algum acontecimento ou evento. No
arranjo cristão não haveria jejum obrigatório, nem mesmo na única observância
estabelecida – a chamada Santa Ceia. – Veja 1 Coríntios 11:22, 33, 34.
Mas, antes do fim da Lei dada a Israel, Jesus não retirou o jejum
obrigatório.
Correspondentemente, antes do término da Lei mosaica, Jesus não
introduziu o novo arranjo para o divórcio. Isso seria introduzido no
cristianismo, após a sua morte. Mas ele mostrou a única base aceitável para o
divorcio do ponto de vista divino. O arranjo judaico que permitia o divórcio
por outros motivos se devia, como explicou Jesus, por causa da dureza dos
corações do povo israelita. Tratava-se, portanto, de uma “concessão”, que iria
findar junto com a Lei mosaica, e que não seria transferido para o
cristianismo. – Mateus 19:8.
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