Recentemente, recebi algumas argumentações sobre a questão da permanência dos Dez Mandamentos, de um leitor, de nome Andreas, a respeito do artigo que compus com o tema "Tiago incentiva a guarda dos Dez Mandamentos?". (Recomendo a leitura desse artigo para se inteirar melhor debate.)
Após cada argumentação, apus minha refutação. Assim, achei
ser útil disponibilizar cada etapa deste debate respeitoso, para o benefício
dos leitores deste site.
Os leitores podem sentir-se à vontade para dar seus
comentários respeitosos a respeito do desenvolvimento deste debate.
O texto
do argumentador está sendo colocado assim como ele escreveu.
Andreas:
A Lei da Liberdade não simboliza que “podemos fazer o que
quiser, inclusive pecar (ou seja, transgredir a lei)”. Simboliza que somos
livres ao obedecer a Lei. Se ninguém matasse, roubasse, cobiçasse, realmente
seríamos livres. E é interessante que no Antigo Testamento Deus LIBERTA o povo
de Israel do paganismo e da escravidão e dá a eles os 10 mandamentos. Por isso
é a “Lei da Liberdade”, ou “ A Lei que nos tira da escravidão do pecado”
Como é que os 10 mandamentos, que mostram os nossos pecados,
pode nos escravizar? Se o mandamento é "bom, perfeito, justo".
Apologista da verdade:
Prezado
Andreas:
Sua
argumentação desconsidera totalmente o contexto da expressão “lei dum povo livre”, ou “lei que pertence
à liberdade” (Tia. 2:12, nota.),
bem como todo o contexto das argumentações do apóstolo Paulo em suas cartas
concernentes à Lei dada a Israel.
A “liberdade” da qual Tiago e Paulo falam não diz respeito à
libertação dos israelitas do Egito e do paganismo daquele tempo.
Como Paulo claramente mostra em Gálatas, capítulo 4, o pacto
feito no monte Sinai – o pacto da Lei que inclui os Dez Mandamentos – “dá à luz
filhos para a escravidão”. (Gál. 4:24)
Em que sentido?
O apóstolo explica cabalmente isso em sua carta aos Romanos.
Romanos 7:7-14 declara:
O
que diremos, então? É a Lei pecado? Que nunca se torne tal! Realmente, eu não
teria chegado a conhecer o pecado, se não fosse a Lei; e, por exemplo, eu não
teria conhecido a cobiça, se a Lei não dissesse: “Não deves cobiçar.” 8 Mas
o pecado, recebendo induzimento por intermédio do mandamento, produziu em mim
cobiça de toda sorte, pois, à parte da lei, o pecado estava morto. 9 De
fato, eu estava uma vez vivo à parte da lei; mas, ao chegar o mandamento, o
pecado passou a viver novamente, mas eu morri. 10 E o
mandamento que era para a vida, este eu achei ser para a morte. 11 Pois
o pecado, recebendo induzimento por intermédio do mandamento, seduziu-me e
matou-me por intermédio dele. 12 Por conseguinte, a Lei,
da sua parte, é santa, e o mandamento é santo, e justo, e bom. 13 Acaso
o bom se tornou morte para mim? Que isso nunca aconteça! Mas o pecado sim, para
que se mostrasse como pecado, produzindo para mim a morte por intermédio
daquilo que é bom; para que o pecado se tornasse muito mais pecaminoso por
intermédio do mandamento. 14 Pois sabemos que a Lei é
espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.
Como Paulo mostrou, A Lei
perfeita revelou plenamente o pecado em todos os seus pormenores, revelando a
plena pecaminosidade do ser humano. Dessa forma, a Lei condenou os humanos
imperfeitos como merecedores de morte, pois “o salário do pecdo é a morte”. (Ro
6:23a) Os que estavam sujeitos à Lei também ficaram sujeitos à maldição. (Gál
3:10-14) O problema não estava na Lei, e sim na pecaminosidade humana, que foi
ressaltada com a Lei.
Por isso, disse Paulo, “por obras de lei, nenhuma carne será declarada justa diante
dele, pois pela lei vem o conhecimento exato do pecado”. – Romanos 3:20.
Paulo
também explicou: “O aguilhão que produz a morte
é o pecado, mas o poder para o pecado é a Lei.” (1 Coríntios 15:56) Assim, enquanto a Lei existisse, o
pecado teria poder.
Por
isso, havia a necessidade de os que estavam debaixo da Lei serem libertados
dela.
Mas,
com a vinda de Cristo à Terra e sua morte no madeiro, a Lei cumpriu seu
objetivo e foi abolida.
“Por que, então, a Lei? Ela
foi acrescentada para tornar manifestas as transgressões, até que chegasse o descendente a quem
se fizera a promessa; e ela foi transmitida por intermédio de anjos, pela mão
dum mediador.” – Gálatas 3:19.
Paulo
deixou isso imensamente claro em Romanos 7:6:
“Mas agora fomos
exonerados [LIBERTOS] da Lei, porque morremos para com aquilo que nos
segurava, para que fôssemos escravos num novo sentido, pelo espírito, e não no
velho sentido, pelo código escrito.”
A
menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do
Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
Faço isso no Youtube por apoiar os canais A VERDADE É LOGICA E DO PUBLICADOR DO REINO.
Estou aprendendo muito com vocês todos. e queria deixar aqui o meu muito obrigado.
A respeito do debate, o irmão deu um show de interpretação, com argumentos firmes e sólidos, diferentes dos oferecidos pelo nosso amigo adventista.É nessas horas que me orgulho de fazer parte da organização de Jeová, pois ele nos tem dado o conhecimento profundo que nenhuma outra organização religiosa tem em toda a terra, a respeito da sua palavra a bíblia.Toda a honra e gloria seja dada a Jeová e a Jesus cristo!
Quanto ao debate, não entendi porque da PARTE 1 vai pra PARTE 3, E A PARTE 2? NÃO TEM?
Se tem eu não estou conseguindo VISUALIZAR AQUI no navegador.
Também agradeço suas expressões de apreço.
Seguem abaixo os links das demais partes:
Parte 2: http://www.oapologistadaverdade.org/2015/02/debate-online-sobre-permanencia-dos-dez_3.html
Parte 3: http://www.oapologistadaverdade.org/2015/02/debate-online-sobre-permanencia-dos-dez_4.html
Parte 4: http://www.oapologistadaverdade.org/2015/02/debate-online-sobre-permanencia-dos-dez_5.html
Parte 5: http://www.oapologistadaverdade.org/2015/02/debate-online-sobre-permanencia-dos-dez_7.html
Abraços!