Um leitor escreveu:
“Alguém poderia questionar qual seria a realidade por trás da visão profética
das almas que clamam sob o altar do Apocalipse, no capítulo 6, após a abertura
do quinto selo.”
Resposta:
No caso das “almas”
descritas em Apocalipse 6:9-11, sabemos que as palavras originais traduzidas
por “alma” (hebraico né•fesh e grego psy•khé)
significam primária e diretamente um ser vivo (humano ou animal), que se move e
que respira. - Gênesis 1:20; 2:7.
Então, por semântica (ou
afinidade de conceitos) a palavra também passou a significar a vida usufruída
pela criatura, ou ser vivo respirante, a exemplo de Mateus 16:25. (Veja a nota
de rodapé na Almeida Corrigida sobre Mateus 16:25.)
Isto não existe!
Fonte: jw.org
Mateus 16:25, Almeida Revista e Corrigida:
“Porque aquele que quiser
salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim
achá-la-á.”
(Nota de rodapé sobre a palavra “vida”: “ou,
alma”. )
Uma vez que a vida é
simbolizada pelo sangue, esses dois termos – “alma” e “sangue” – passaram a ter
uso intercambiável.
Gênesis 9:4: “Somente a carne com a sua
alma — seu sangue — não deveis comer.”
Levítico 17:11:
“Pois a alma
da carne está no sangue, e eu mesmo o pus para vós sobre o altar para
fazer expiação pelas vossas almas, porque é o sangue que faz expiação pela alma
nele.”
Visto que a passagem de Apocalipse,
capítulo 6, menciona que tais “almas” se encontram “por baixo do altar”
(versículo 9), o significado de “alma” nessa ocorrência tem a ver com o sangue,
o qual era derramado “junto à base do altar” de sacrifícios.
Levítico 4:7:
“E o sacerdote tem de pôr um pouco do sangue
sobre os chifres do altar do incenso perfumado que está na tenda de reunião,
perante Jeová, e todo o resto do sangue do
novilho ele derramará junto à base do
altar da oferta queimada, que está à entrada da tenda de reunião.”
Por conseguinte, trata-se
de outro uso de prosopopeia (personificação), como em Gênesis 4:10,
onde Jeová declarou:
“O sangue de teu irmão está clamando a mim
desde o solo.”
O altar (algo real)
simboliza a morte sacrificial dos cristãos. (Filipenses 3:10; 2:17) Tais
cristãos foram perseguidos por “Babilônia, a Grande” – o império mundial da
religião falsa, como descrito em Apocalipse 17:6: “E eu vi que a mulher estava
embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus.”
Assim, é apropriado o quadro de o sangue (alma) de tais cristãos
prosopopaicamente ‘gritando com voz alta’.
Mais informações podem ser
obtidas neste livro (capítulo 17, pp. 100-103), que poderá ser solicitado a
qualquer Testemunha de Jeová de sua localidade:
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
Os
artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site oapologistadaverdade.org
Comentários
Compare com o texto de Apocalipse 20:4 e vejam: "Vi tronos em que se assentaram aqueles a quem havia sido dada autoridade para julgar. Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus. Eles não tinham adorado a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos. Eles RESSUSCITARAM e reinaram com Cristo durante mil anos."
Abaixo segue comentário da w07 1/1 29:
Será que essas compridas vestes brancas foram distribuídas a poças de sangue que estavam na base do altar? Claro que não! As vestes foram dadas às pessoas cujo sangue foi derramado, por assim dizer, sobre o altar. Elas haviam sacrificado suas vidas em nome de Jesus e, na ocasião em que receberam essas vestes, foram ressuscitadas em espírito. Como sabemos disso? Pouco antes, no livro de Revelação, lemos: “Aquele que vencer estará assim vestido de roupas exteriores brancas; e eu de modo algum apagarei o seu nome do livro da vida.” Lembre-se, também, que os 24 anciãos estavam “trajados de roupas exteriores brancas, e nas suas cabeças [havia] coroas de ouro”. (Revelação 3:5; 4:4) Assim, depois que a guerra, a fome e a pestilência começaram a devastar a Terra, membros dos 144.000 que já haviam morrido, representados pelo sangue na base do altar, foram ressuscitados para a vida celestial e vestidos com simbólicas vestes brancas.
Esses recém-ressuscitados têm de ‘descansar’, ou seja, esperar pacientemente pelo dia de vingança de Deus. Seus “co-escravos”, os cristãos ungidos ainda na Terra, precisam mostrar sua integridade diante de provações. Quando chegar o tempo para o julgamento divino, o ‘descanso’ terminará. (Revelação 7:3) Naquela ocasião, esses ressuscitados participarão com o Senhor Jesus Cristo em destruir os maus, inclusive os que derramaram o sangue de cristãos inocentes. — 2 Tessalonicenses 1:7-10.