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O “outro Consolador” é uma pessoa?

Fonte da ilustração:
https://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/jesus/ultimos-dias-ministerio/caminho-verdade-vida/


“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
 o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” – João 14:16, 17, Tradução Almeida Corrigida e Revisada Fiel.

  
A palavra grega para “outro”, no texto acima, é állos, que certos estudiosos em grego afirmam significar “outro da mesma espécie”, em contraste com héteros, que declaram significar “outro de espécie diferente”. Os que preceituam que o espírito santo seja uma pessoa usam o texto acima e a significação proposta para állos como argumento para sua proposição. Estabeleceram a regra de que, se o elemento que antecede a állos for uma pessoa, então o “outro” se aplica igualmente a uma pessoa. Para que o leitor possa entender essa premissa:

Leia novamente o texto bíblico no início deste artigo. O texto descreve as palavras de Cristo, nas quais ele afirma a seus discípulos que o Seu Pai daria “outro [állos] Consolador”, referindo-se ao espírito santo. À base disso, Jesus deu a entender que ele próprio era um “Consolador”. Em vista disso, os que propõem que o espírito santo é uma pessoa raciocinam da seguinte forma: ‘Uma vez que Jesus é uma pessoa, o “outro” [állos], significando “outro da mesma espécie”, forçosamente faz com que o espírito santo seja também uma pessoa.’ Querem com isso estabelecer a suposta personalidade do espirito santo.

Devido a essa argumentação prevalecente no meio trinitário, há algum tempo o autor dos artigos deste site recebeu uma pergunta de um assíduo leitorO referido leitor perguntou: “Essa palavra (állos) pode realmente ser usada, no mesmo texto, com relação a alguém e a algo impessoal? (Ou seja, o grego permite o uso de ‘outro’ [állos] em comparação com ‘alguém’ e ‘algo’?)”

Tal leitor, que evidentemente não concorda com a interpretação trinitária de João 14:16, 17, queria saber se, na Bíblia, állos simplesmente é usado entre dois elementos, independente de um elemento ser pessoal e o “outro” (állos), não. Ele solicitou um embasamento bíblico de que állos possa ser usado dessa maneira, dessa forma provando a falsidade do raciocínio trinitário na questão em pauta. O autor dos artigos deste site tem, portanto, o prazer de considerar neste artigo comentários a respeito da respectiva pergunta e de suas implicações.

Állos como artifício doutrinal – tem validade?

Como mostrado em artigos anteriores neste site, os proponentes da suposta personalidade do espírito santo buscam estabelecer regras insustentáveis na tentativa de provar uma doutrina inexistente na Bíblia.[1]

Mas isso foge totalmente ao aspecto gramatical. Állos se aplica a “outro” em relação à palavra a que se refere, e nada tem a ver com personalidade ou impessoalidade. A palavra em questão é parácletos (“ajudador” ou “consolador”), e não “pessoa” (normalmente tradução de prósopon [πρόσωπον, literalmente: “face”], palavra que nem ocorre no texto). Nem essa palavra (prósoponnem a ideia dela aparecem nos textos envolvidos. O espírito santo seria outro parákletos não outra pessoa. Parácletos significa “ajudador” ou “consolador”, e pode ser aplicado a todo aquele e a tudo que consola ou ajuda. Assim como em qualquer língua quem ou o que consola pode ser chamado de “consolador”, o mesmo se dá no grego.

O espírito santo é descrito como “outro” ajudador (parácleto) em relação a Jesus Cristo. (João 14:16, 26; 15:26; 16:7) Por conseguinte, a comparação aqui não é a de Jesus e o espírito santo serem ambos pessoas. A linha de comparação está na palavra “ajudador” (ou “consolador”, conforme algumas traduções). Tanto Jesus como o espírito santo são descritos como ‘ajudadores’ ou ‘consoladores’. A Bíblia fala de objetos, como vara e bastão, como ‘coisas que consolam’. (Salmo 23:4) O espírito santo é “outro [állos] ajudador” no sentido de que daria continuidade à ajuda prestada por Jesus na promoção dos interesses do Reino de Deus, e de forma alguma tais textos poderiam ser usados para provar a existência de uma suposta terceira pessoa dum deus trino.

Mas, ainda persiste a pergunta feita pelo leitor deste site mencionado acima: “Essa palavra (állos) pode realmente ser usada, no mesmo texto, com relação a alguém e a algo impessoal? (Ou seja, o grego permite o uso de ‘outro’ [állos] em comparação com ‘alguém’ e ‘algo’?)”

Para responder a essa pergunta, vejamos uma passagem no texto grego da LXX (Septuaginta), que é o mesmo grego coiné (usado no “Novo Testamento”):

Texto:                
εγω ο θεος και ουκ εστιν αλλος πλην εμου

Transliteração: 
Egó ho theós kaì ouk estin állos plen emoù  

Tradução literal:          
Eu    o  Deus  e    não  há     outro    além  de mim.
 – Isaías 45:21.

Uma vez que o “Deus” a que o texto se refere é um Ser pessoal  (Jeová), se fôssemos seguir a regra dos trinitaristas, o állos (o ‘outro da mesma espécie’) teria de ser também um ser pessoal. Contudo, o contexto de Isaías mostra justamente o contrário: os deuses das nações são coisas impessoais! Veja isso nos textos abaixo:

Isaías 45:20: “Reuni-vos e chegai. Aproximai-vos juntos, vós fugitivos das nações. Os que carregam a madeira da sua imagem esculpida não vieram a ter conhecimento, nem tampouco os que oram a um deus que não pode salvar.”

Isaías 44:14-17: “Há um cujo negócio é cortar cedros; e ele toma certa espécie de árvore, mesmo uma árvore maciça, e deixa-a ficar forte para si entre as árvores da floresta. Plantou o loureiro, e a própria chuvada o faz crescer. E este se tornou algo para o homem manter o fogo aceso. De modo que toma parte dele para se aquecer. De fato, faz um fogo e realmente coze pão. Também trabalha num deus diante do qual se possa curvar. Fez dele uma imagem esculpida e se prostra diante dele. Metade realmente queima no fogo. Sobre metade assa bem a carne que come e fica satisfeito. Também se aquece e diz: ‘Ah! Aqueci-me. Vi a luz do fogo.’ Mas do restante é que faz mesmo um deus, sua imagem esculpida. Prostra-se diante dele e curva-se, e ora para ele e diz: ‘Livra-me, pois tu és o meu deus.’”

Isaías 46:7:Carregam-no sobre o ombro, sustentam-no e depositam-no no seu lugar para que fique parado. Não se afasta do lugar da sua posição. Clama-se até mesmo para ele, mas não responde; não salva a ninguém da sua aflição.”

Portanto, como torna claro o texto de Isaías 45:20, 21 (e o contexto geral do tema em questão, em Isaías 44:14-17; 46:7), állos pode realmente ser usado, no mesmo texto, com relação a alguém (no caso aqui, o Deus Todo-Poderoso) e a algo impessoal (uma imagem esculpida). Do mesmo modo, o grego permite, em João 14:16 e 17, o uso de ‘outro’ [állos] em comparação com ‘alguém’ (Jesus Cristo) e ‘algo’ (o espírito santo).

Em vista disso, é imprescindível que os sinceros estudantes da Bíblia e buscadores da verdade nela contida tomem muito cuidado com “as contradições do falsamente chamado ‘conhecimento’”, pois, como explica o texto seguinte, “por ostentarem tal conhecimento, alguns se desviaram da fé”. (1 Timóteo 6:20, 21, Tradução do Novo Mundo [NM]) Como diz a Palavra de Deus, “os não ensinados e instáveis estão deturpando" as Escrituras para a sua própria destruição”. – 2 Pedro 3:16, NM.[2]


Notas:
[2] O autor dos artigos deste site pretende, em um artigo futuro, considerar mais extensivamente o modo em que a Bíblia usa os termos állos héteros.



A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de Jeová.




Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org




Comentários

nilsom rocha disse…
Muito Bom! De inicio achei que seria uma simples "repetição" de um artigo semelhante que já tinha sido abordado aqui...eu já tinha colocado o complemento que você havia me enviado para o meu endereço virtual,na matéria antiga que salvei em meus arquivos...Parabéns!
Como sempre muito boa a sua matéria, a cada dia que passa mais pessoas estão fugindo deste ensino falsso que é a Tindade!
Saga disse…
E a série sobre os sabatistas e legalistas? Não vai ter mais aquela analise em cima dos argumentos dos defensores da guarda de preceitos da Lei pelos cristãos?
εγω ο θεος και ουκ εστιν αλλος πλην εμου
Transliteração: egó ho theós kaì ouk estin állos plén emoù
Tradução: Eu o Deus e não há outro além de mim
A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO CITADO NÃO ESTÁ SE REFERINDO A OBJETOS E SIM A ALGUÉM SEMELHANTE EM PODER AUTORIDADE, MAJESTADE, EM ONISCIÊNCIA, ONIPOTÊNCIA E ONIPRESENÇA. ISA IAS quer dizer que não ha outro semelhante ou da mesma especie. DEUS É ÚNICO.
Prezado sr. José:
Como o artigo acima mostrou, fundamentado na Bíblia, o contexto mostra que o Deus Todo-Poderoso Jeová é contrastado com os deuses das nações, que são impessoais. Portanto, o que determina a latitude de um termo, como állos, é o uso do mesmo no texto.
Luiz disse…
Olá Apologista da Verdade

Bom dia

Parabéns pelo estudo,a sua dedicação e empenho são louváveis. Eu entendo que vocês tem muito respeito e zelo pela Bíblia.

Em Ísaias 45:20, Isaías 44:14-17 e Isaías 46:7 embora seja objetos materiais e portanto impessoaais porém remetem a um ser onde a representação daquele objeto aponta para um deus pessoal.

Em Isaías 45:20 diz que os seres humanos rogam a um deus que de acordo com a crença deles poderia agir.

Em Isaías 46: 6- 7 no versículo 6 aparece a palavra "deus" indicando que embora eles tivessem feito um imagem mas eles criam que existia um ser espiritual que poderia fazer algo.

Isaías 44:14-17 no versículo 15 aparece a palavra "deus" e segue o mesmo raciocínio anterior.

Nas 3 passagens é usada a palavra "deus" remetendo a um ser espiritual que de acordo com a crença deles poderia fazer algo.

Temos que entender o seguinte a visão bíblica é que só existe um Deus logo não existem outros deuses e que adorar as imagens signifca tão somente adorar objetos materias porém para aquelas pessoas as imagens representavam seres pessoais.

Então temos que os objetos materias são sim impessoais mas o que eles representam seriam seres pessoais.

Um grande abraço

Luiz
Prezado Luiz:

Ainda que REPRESENTEM seres pessoais, o ponto é que se tratam de COISAS IMPESSOAIS, e a palavra állos é aplicada gramaticalmente pelo contexto A COISAS IMPESSOAIS. Esse é o ponto em questão.
Anônimo disse…
Bom dia!!

Eu gostria de saber; os Valdenses primitivos eram trinitários?
Luiz disse…
Olá Apologista da Verdade

Boa tarde

Muito interessante seu comentário porém permita-me fazer algumas considerações:

Embora seja verdade que a palavra aponta para objetos materiais porém a compreensão correta do que a Bíblia realmente quer dizer é que aqueles objetos materiais representavam seres pessoais e isso é importante observar pois senão representassem tais objetos ficaria sem sentido eles terem aqueles ídolos.

Para Deus aqueles deuses simplesmente não existiam porém para aqueles seres humanos eles existiam então não considerar isso impede a correta compreensão pois na Bíblia tem algo interessante que é o que está escrito e o que a Bíblia quer dizer conforme I Corintios 2:13 a Bíblia tem uma mensagem espiritual e isso não é ir além do que está escrito mas é ir exatamente no que a Bíblia quer ensinar.

Um abraço

Luiz
Prezado Luiz:

O artigo analisou a gramática, não a semântica. E, gramaticalmente, o termo állos é aplicado a objetos impessoais, mesmo que semanticamente tais coisas representem seres pessoais. Exemplo: quando a Bíblia diz que "o amor é paciente* e bondoso" (1 Coríntios 13:4a), semanticamente entendemos que é a pessoa que tem amor que demonstra tais qualidades. Mas, gramaticalmente, fala-se do amor (qualidade) como tendo tais qualidades, mostrando que se trata de uma personificação do amor. Állos foi aplicado gramaticalmente a coisas impmessoais, ainda que semanticamente tais coisas fossem entendidas como pessoais. Estamos falando de gramática. Espero que esses comentários o ajudem a entender o artigo acima.
Luiz disse…
Olá Apologista da Verdade

Bom dia

Muito obrigado pela sua resposta.

Tanto a gramática quanto a semântica são importantes porem a compreensão bíblica deve ser espiritual conforme 1 Corintios 2:13. Nesse caso a questão da compreensão gramatical não exclui a compreensão semântica.

Mesmo que nesses caso se considere a questão gramatical apenas, se trata de um ser Pessoal com objetos materiais diferente da passagem do Espírito Santo onde o mesmo é um ser espiritual.

em um primeiro momento realmente fala-se de gramática onde para a correta compreensão se pede a questão da semântica ou seja a interpretação correta é espiritual pois a mensagem bíblica é essencialmente espiritual e é a compreensão espiritual é que vai dar a percepção do que realmente o texto quer dizer.

em I Corintios 13:4 repare que no versículo 1 Paulo fala dele ou seja um ser pessoal.

Um grande abraço

Luiz
Luiz disse…
Olá Apologista da Verdade

Boa tarde

Respeito sua opinião sobre o tema, mas a semântica não está dentro da Gramática?

Achei interessante sua observação sobre estar falando de Gramática mas a interpretação bíblica não se limita apenas à Gramática conforme 1º Corintios 2:13.

Um abraço

Luiz
Luiz, você está correto quando diz que é importante a compreensão espiritual (1 Corintios 2:13) A gramática está em segundo plano, e tem suas limitações. Também, ela não contradiz a compreensão espiritual. No caso do espírito santo, "ao explicarmos* assuntos espirituais com palavras espirituais", vemos claramente que se trata de algo impessoal, da força ou energia de Deus, e a gramática concorda com isso, embora os trinitaristas tentem usá-la para provar o contrário.
Sr. Luiz, como já respondi acima, devemos ter compreensão espiritual. E a compreensão espiritual mostra que a Palavra de Deus menciona os deuses pagãos como sendo coisas impessoais, e não explica que, para os pagãos, tratava-se de seres pessoais. Porque, do ponto de vista do Criador, Jeová, e de seu povo no passado – os israelitas – bem como para nós (inclusive, creio, para o senhor também) tais deuses não passavam de estatuas sem vida. Nesse respeito, tanto o sentido INTERPRETATIVO ESPIRITUAL (o bíblico) quanto o TEXTUAL (gramatical) se unem para mostra que állos pode ser aplicado no mesmo contexto a um ser pessoal (O Deus Todo-Poderoso) e a seres impessoais (os deuses das nações).

Espero que o comentário acima possa ter sido mais esclarecedor.

Abraços.
Luiz disse…
Olá Apologista da Verdade

Bom dia

Muito obrigado pela sua resposta e respeito muito sua opinião.

Realmente não está escrito de forma explícita na Bíblia que os pagãos consideravam os deuses como seres pessoais mas se eles tinham imagens de deuses então isso teve algum motivo e seria bem lógico pensar que os pagãos imaginassem que aqueles idolos representassem deuses pessoais.

Correto seu entendimento que para os cristãos e cristãs os deuses são imagens de ídolos assim como para Moisés, Jó , Davi e outros também, mas e para os pagãos como eles viam essas imagens?

As imagens eram impessoais mas o que elas representavam eram seres pessoais e embora como você muito bem observou a palavra állos esteja ligada a objetos impessoais a compreensão não para por aí mas continua e é aí que a questão gramatical se junta a com a correta compreensão espiritual.

Um grande abraço e muitas felicidades

Luiz
Prezado Luiz:

Apreciei muito seus comentários sinceros e respeitosos.
Concordo com você desde o começo de nosso diálogo que, para os idólatras, as imagens representavam seres pessoais.
Mas, como você mesmo concordou, o conceito bíblico é o de que tais imagens nada mais são do que objetivos impessoais. E a palavra állos é usada dentro do CONCEITO BÍBLICO – portanto, tanto em sentido gramatical quanto espiritual (ponto de vista bíblico) se refere em Isaías 45:21 a OBJETOS IMPESSOAIS.

Grande abraço!


_ disse…
Espírito Santo de Deus não é uma outra pessoa.

"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo." (Mateus 1:18)

Baseado nesse versículo pode-se concluir perfeitamente que o Espírito Santo não é o Senhor Jesus Cristo e nem outra pessoa como as religiões cristãs têm ensinado ao longo do tempo. Baseado em todas as epístolas no início de cada capítulo 1, o Apóstolo Paulo declara que Deus é o Pai e que Jesus Cristo é nosso Senhor e salvador em consonância com os 4 evangelhos. Portanto se Deus é Pai e foi o Espírito Santo de Deus que gerou Jesus no ventre de Maria, conclui-se então conforme Mt 1:18 que o Espírito Santo de Deus é o próprio Deus Pai em atividade na face da terra. Se outra pessoa tivesse gerado o Senhor Jesus como nos é ensinado na religião, então Deus o Pai seria padrasto de Jesus e não verdadeiramente Pai de Cristo. Faça uma análise aprofundada de cada versículo do N.T. de Mt a Ap. e verás que a doutrina da santíssima trindade foi colocada na bíblia pela teologia cristã católica uma vez que Lutero através da reforma protestante, combateu apenas a idolatria às imagens de escultura e a prática de indulgências. Leia a bíblia sem o gesso do sistema religioso em sua mente, despoje-se das doutrinas de homens e receba os ensinamentos direto do altíssimo Pai da eternidade em seu coração. A preguiça dos cristãos de lerem a palavra de Deus tem os mantido escravos e cegos a cada dia que se passa.
O “Espírito Santo” não pode ser o próprio Deus, o Pai, visto que o Pai fala desse espírito como sendo DELE, e não ELE:

“Envias o TEU Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra.” – Salmos 104:30, Almeida Corrigida e Revisada Fiel.

“E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do MEU Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos anciãos terão sonhos; e sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do MEU Espírito naqueles dias, e eles profetizarão.” – Atos 2:17, 18, Almeida Revisada Imprensa Bíblica.

Os pronomes possessivos “teu” e “meu” mostram que o “Espírito Santo” é algo DE Deus, o Pai. Trata-se de sua força ativa, que ele utilizou para fertilizar o ventre da virgem Maria e proteger o nascituro que se tornaria Jesus, conforme Lucas 1:35:

“Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus.”


A revista A Sentinela de 1.º de fevereiro de 1982, pp. 14-15, explica:
A posição básica dos primitivos valdenses era a de que a Bíblia é a única fonte de verdade religiosa. Num mundo que começava a emergir do que se tem chamado de a “Idade do Obscurantismo”, saíram tateando à procura da verdade cristã. Pelo que parece, fizeram o melhor que podiam com os poucos livros das Escrituras Hebraicas e Gregas que possuíam numa língua que conseguiam ler e entender. À base de certos registros, parece que não corrigiram doutrinas tais como a Trindade, a imortalidade da alma e o inferno de fogo.
Não obstante, estes primitivos valdenses compreendiam o bastante da Bíblia para rejeitar a adoração de imagens, a transubstanciação, o batismo de crianças, o purgatório, a mariolatria, as orações feitas a santos, a veneração da cruz e de relíquias, o arrependimento no leito de morte, a confissão perante sacerdotes, missas para os mortos, perdões e indulgências papais, o celibato sacerdotal e o uso de armas carnais. Rejeitavam também os imponentes e suntuosos edifícios de igrejas e consideravam que “Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes” era a Igreja de Roma, da qual convidavam seus ouvintes a fugir. (Rev. 17:5; 18:4) Tudo isso no fim do século 12 e no início do século 13!
Na sua obra de pregação, os primitivos valdenses ensinavam a Bíblia, enfatizando muito o Sermão do Monte e a Oração do “Pai-Nosso”, que destacam o reino de Deus como a coisa pela qual devemos orar e buscar em primeiro lugar. (Mat. 6:10, 33) Sustentavam que qualquer cristão ou cristã que tivesse suficiente conhecimento da Bíblia estava autorizado a pregar as “boas novas”. Além disso, acreditavam ser Jesus o único mediador entre Deus e o homem. Visto que Jesus morrera uma vez para sempre, afirmavam que seu sacrifício não podia ser renovado pela missa celebrada por um sacerdote. Os primitivos valdenses celebravam a morte de Cristo uma vez por ano, usando pão e vinho como símbolos.
Igor Cruz disse…
Olá mano.
Os Trinitários não sabem o que querem.

Jesus Unigênito: Unico da Espécie
Consolador: Outro da mesma espécie

Que contradição!
Unknown disse…
Nunca vi tanto malabarismos teológicos e linguísticos para negar a pessoalidade do Espírito Santo. Outros textos que dão sentimentos, inteligência, escolha etc. Corrobora o argumento da pessoalidade do Espírito Santo. Esse argumento é sustentado em toda biblia NT e VT e não apenas nos textos analisados...
Prezado leitor:

Provérbios 18:13 diz: “Responder antes de ouvir os fatos é tolice e resulta em humilhação.”

Assim, procure se inteirar primeiro acerca dos textos que atribuem sentimentos, inteligência e escolha ao espírito santo. Os artigos citados na nota deste artigo consideram tais textos. Assim, verá que não há malabarismo algum em adotar esse conceito com relação ao espírito santo.

Por outro lado, poderá observar malabarismo para tentar provar a pessoalidade do espírito santo lendo o artigo abaixo:

“Malabarismo de textos bíblicos para tentar provar a Trindade”

Link: http://www.oapologistadaverdade.org/2015/03/malabarismo-de-textos-biblicos-para.html

Abraços.

Bom dia,Gostaria que você explicasse João 14 e 16 segundo a gramática em português.
Prezado Ivan:

Qual é a sua dúvida específica?

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