Pular para o conteúdo principal

Romanos 6:7 atesta contra a doutrina do inferno de fogo?

Fonte da ilustração:
https://www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/wp20131101/mentira-tornou-deus-cruel-inferno/


“Pois aquele que morreu foi absolvido do seu pecado.” – Romanos 6:7.

 
O contexto de Romanos 6:7 mostra claramente que a aplicação feita por Paulo foi em sentido figurativo. (Romanos 6:1-6) E a própria organização de Jeová reconhece isso. A revista A Sentinela de 1.º de setembro de 1975 comenta:

A consideração dos textos circundantes revela que o apóstolo Paulo estava falando dos cristãos ungidos pelo espírito que viviam naquele tempo. Enquanto ainda vivos, haviam sido batizados em Cristo Jesus e recebido a perspectiva válida da vida celestial. A fim de serem ungidos com espírito santo e aceitos como filhos espirituais de Deus, tinham de morrer para com seu proceder anterior na vida como humanos imperfeitos, tinham de receber o perdão de seus pecados por Deus e a imputação de perfeição humana. – Página 543, sob “Perguntas dos Leitores”; negrito acrescentado.

Contudo, uma ilustração ou uso figurado tem de se harmonizar com a realidade. Podemos ver isso na visão dada a Pedro em Atos 9:10-16. Tal visão dizia respeito a animais impuros sob a Lei mosaica terem sido purificados. Pedro entendeu que a aplicação dizia respeito a ‘não chamar nenhum homem [de outra raça] de aviltado ou impuro’. (At 10:28) Mas, visto que uma ilustração tem de se harmonizar com a realidade, se os animais impuros sob a Lei não tivessem sido realmente purificados, tal ilustração não serviria ao propósito de provar que os gentios haviam sido purificados. O que Pedro entendeu (e nós também devemos entender) é que, uma vez que os animais impuros sob a Lei haviam sido purificados, o mesmo havia ocorrido com os gentios. A Lei, que servia qual “muro” de separação entre judeus e gentios, havia sido ‘abolida’ por meio de Cristo, ‘reconciliando ambos os povos com Deus’. – Efésios 2:11-18.

   Veja outro exemplo: Isaías 11:6-9 tem inicialmente um cumprimento figurado na mudança de condição na personalidade dos israelitas que retornaram do exilio babilônico. Essa mudança de comportamento foi ilustrada pela mudança do comportamento dos animais no Paraíso restabelecido. Entretanto, se isso só tivesse um sentido figurado, não sendo indicação de que os animais serão mansos na Terra restaurada, a ilustração dos animais mansos não serviria ao propósito intencionado. Afinal, se os animais nunca ficarão mansos, não serviriam para ilustrar a mansidão na humanidade. Portanto, uma ilustração tem que se harmonizar com o que está sendo ilustrado.

    O mesmo se dá com relação a Romanos 6:7. A aplicação figurada expressa uma verdade, ou realidade. Ou seja, uma vez que alguém que figuradamente morreu para com seu proceder anterior “foi absolvido do seu pecado”, do mesmo modo uma pessoa que morreu literalmente igualmente foi ‘absolvida do seu pecado’. A referida Sentinela acima diz:

Para fazer este comentário com respeito aos cristãos ungidos, Paulo usou uma ilustração natural e real. Na sua aplicação ampla, poder-se-ia dizer corretamente que aquele que morreu foi absolvido de seu pecado. – Página 543.

Assim, o que Paulo quis dizer é que, uma vez que aquele que morre literalmente é absolvido do seu pecado, o mesmo ocorre em sentido figurado: quem morre para com um comportamento pecaminoso (no sentido de deixar para trás tal comportamento) é absolvido (perdoado) dessa vida pregressa. Igualmente, Romanos 6:23  afirma que “o salário pago pelo pecado é a morte”, um fato tanto em sentido figurado quanto literal.

No entanto, se a pessoa continuasse a ser torturada após a morte física e literal, ela ainda estaria pagando por seus pecados. Portanto, Romanos 6:7, 23 mostra claramente que a doutrina do tormento eterno não é bíblica. Uma vez que a Bíblia é harmoniosa, e a verdade expressa nesses dois versículos não pode ser negada, quaisquer outros textos que superficialmente pareçam sugerir a ideia do inferno de fogo eterno (devido ao conceito preconcebido infundido por séculos de apostasia) precisam ser interpretados em harmonia com Romanos 6:7, 23.

Além disso, esses dois versículos mostram que o chamado “Dia do Juízo”, ou dia do julgamento, não é um período de 24 horas. (Atos 17:31) Os ressuscitados precisarão de um período suficiente para adotar um novo modo de vida, a fim de serem julgados pelo que farão após terem sido ressuscitados. (Apocalipse 20:12) Ademais, o texto também acumula evidência de que a Terra será um Paraíso e que pessoas justas habitarão a Terra eternamente. (Salmo 37:29) Pois, visto que tais ressuscitados terão uma segunda chance de optar por um novo modo de vida, fica claro que tal ressurreição não será no céu, recompensa esta que é oferecida a quem recebe a chamada celestial e mantém até a morte um proceder fiel como cristão, para então no céu atuar como rei junto com Cristo, ‘reinando sobre a terra’. – Apocalipse 2:11; 3:21; 5:10; 2 Timóteo 2:12; Re 1:6.

Assim, diversas verdades podem ser extraídas de Romanos 6:7, 23. Cabe ao leitor que até então tinha um conceito diferente decidir se aceitará tais claras e lógicas verdades ou se continuará a ater-se aos ensinos pagãos e não bíblicos da imortalidade da alma e do tormento eterno. – João 8:32.


A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de Jeová.




Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org




Comentários

Saga disse…
Acho que alguém vai objetar em outras figurações qual é a realidade . . . quando vemos relatos sobre árvores e mortos falando como em Isaías 14 ?
nilsom rocha disse…
Gostei dessa consideração! Na internet tem muita gente questionando a aplicação que nós tj fazemos desse texto afirmando que quando o texto diz : Aquele que morreu,refere-se a morte de um procedimento anterior ou seja aquele que aceita a cristo "morre" e portanto é absolvido do seu pecado,ou seja do seu proceder anterior de pecado.
Boa consideração Apologista.Jeová continue a te abençoar.
Saga disse…
Apologista.....

Em Romanos 8 *Rm 8:5,6,27*

A expressão "intenção do espírito" do verso 27 é a mesma em grego usada no verso 6 para a "mentalidade segundo a carne" e a "mentalidade segundo o espírito"? Qual a diferença entre o "phronema" de espírito e o "phronema" de carne? Digo isso porque poderíamos dizer que assim como o espírito tem "intenção" *Rom 8:27 Almeida* assim também a carne tem intenção, vontade ou algo assim? A carne estaria sendo personificada assim como o espírito no contexto de Romanos 8.
Nos casos que você citou, é reconhecido universalmente que se trata de um recurso literário - ou figura de linguagem - conhecido como prosopopeia, no qual se atribui vida e personalidade a coisas impessoais e inanimadas. Por outro lado, Romanos 6:7 utiliza a morte em sentido figurado com base numa realidade literal.
O versículo 5 usa o verbo fronéo, que é definido conforme abaixo:

φρονέω:
1) ter compreensão, ser sábio 2) para sentir, pensar 2a) para ter uma opinião de si mesmo, pensar em si mesmo, para ser modesto, não deixe uma opinião (embora apenas) de si mesmo exceder os limites de 2b modéstia ) pensar ou julgar o que uma opinião é 2c) para ser do ie mesma mente concordaram juntos, acalentar os mesmos pontos de vista, de 3 harmoniosa) para direcionar a mente para uma coisa, para procurar, lutar pela 3a) para buscar um de juros ou vantagem 3b) ser de seu partido, do lado dele (nos assuntos públicos)
Em harmonia com as várias definições acima, a NM traduz por ‘fixar a mente’.
Já o versículo 6 usa o substantivo frónema, que tem sido definido como “O que se tem em mente, os pensamentos e propósitos”. Assim, a NM traduz por “mentalidade”. O mesmo substantivo é usado no versículo 27, sendo na NM traduzido por “sentido”, ao passo que a nota remissiva diz sobre frónema: “Ou ‘a ideia; o pensamento’.”
De fato, como você trouxe à atenção em seu comentário, tanto o espírito quanto a carne são personificados. Portanto, tentarem os trinitaristas provar a suposta personalidade do espírito santo usando essa passagem implica em também ter que aceitar a suposta personalidade da carne!
A respeito dessa passagem, o artigo “Estudo sobre Pneumatologia – Parte 5” (neste blog, no link http://oapologistadaverdade.blogspot.com.br/2012/09/estudo-sobre-pneumatologia-parte-5-o.html) fez o seguinte comentário:
“No que diz respeito a contrastes, ou antíteses, o espírito santo é contrastado com “código escrito” (“letra”, Al; Rom. 2:29; 7:6; 2 Cor. 3:6), e com “tinta” (2 Cor. 3:3); com o pecado e a morte (Rom. 8:2), e com a “carne”. (Rom. 8:4-6; Gál. 5:16-18; 6:8) Nenhuma dessas coisas é uma pessoa, do mesmo modo como o espírito santo não é. Nesse respeito, a Bíblia personifica tanto o espírito quanto a “carne” como tendo “desejo”. (Gál. 5:17). Há um contraste entre ‘ficar embriagado [cheio] de vinho’ com ‘ficar cheio de espírito’. – Efé. 5:18.”
Saga disse…
Gostei, prosopopeia eu tinha esquecido do termo exato, usa apenas o termo "sentido figurado" pra ambos pode confundir. Romanos 6:7 não usa prosopopeia.
Anônimo disse…
Por favor, me ajudem a tirar uma dúvida da minha cabeça: Eu entendo perfeitamente que a alma morre e que os mortos estão inconscientes. Lendo o cap. 12 de Daniel isso fica mais claro ainda, principalmente no vers.13, que declara que Daniel descansaria e apenas após a ressurreição receberia sua recompensa, o que significa que ele está inconsciente e ainda não recebeu recompensa nenhuma, certo? A minha dúvida está no vers. 2 do mesmo cap. 12, que diz que muitos ressucitados terão vida de duração indefinida e outros terão vitupérios de duração indefinida. Esse texto não dá a entender que alguns ressucitados passariam a viver, já que estavam mortos, e outros seriam punidos com tormentos eternos? Isso seria possível se entendermos 1Co 15:44 como mostrando que a ressurreição de todos será em um corpo espiritual? Por favor, me ajudem a esclarecer isso, pois ão quero crer que Deus vai punir pessoas após ressucitá-las... Obrigado e desculpem minha ignorância neste tema.
A doutrina do tormento eterno é um subproduto da doutrina da imortalidade da alma, e depende dessa doutrina. Contudo, as Escrituras são claras em mostrar que a alma é física, tangível e mortal. (Gn 1:20; 2:7; Ez 18:4) Ademais, o espírito que existe nas criaturas físicas (animais e humanos) é uma força impessoal sem individualidade. (Ec 3:19, 20; Sal 146:4; veja o artigo, neste blog, intitulado “Estudo sobre Pneumatologia – Parte 1”, no link http://oapologistadaverdade.blogspot.com.br/2012/08/estudo-sobre-pneumatologia-parte-1.html) Assim, o espírito, ou força de vida, também não pode sofrer tormento. Isso por si só prova que nenhum ressuscitado para a vida terrestre estará sujeito a um tormento eterno.
Com respeito à ressurreição física, como ser humano, temos o fato de que, das nove ressurreições relatadas na Bíblia, oito foram físicas. (1 Rs 17:17-24; 2 Rs 4:32-37; 13:20, 21; Mt 28:5-7; Lu 7:11-17; 8:40-56; At 9:36-42 e 20:7-12) Apenas a ressurreição de Jesus Cristo foi como ser espiritual, tendo em vista que ele já havia sido um ser espiritual no céu antes de ter vindo à Terra. (1Pe 3:18; Jo 3:13) Assim, a ressurreição é predominantemente terrestre. Apenas os chamados para governar com Cristo terão uma ressurreição celestial, espiritual. (2Ti 2:12; Re 20:4) A respeito dos ressuscitados para a vida espiritual, a Bíblia diz: “Sobre estes a segunda morte não tem autoridade.” (Re 20:6) Isso indica que não haverá punição para os que recebem tal ressurreição. Não serão submetidos à “segunda morte” (a destruição eterna), muito menos a um tormento eterno. Em outras palavras, não haverá injustos na ressurreição espiritual.
Também, para haver um tormento eterno, TODOS os que já morreram teriam de ser ressuscitados – uns para a salvação e outros para o tormento eterno. Mas não é isso o que a Bíblia ensina. A Palavra de Deus diz o seguinte a respeito daqueles que são ímpios incorrigíveis: “Morrendo eles, NÃO TORNARÃO A VIVER; falecendo, NÃO RESSUSCITARÃO; por isso os visitaste e destruíste, e apagaste toda a sua memória.” (Is 26:14, ACRF) Por isso é que Jesus falou dos “CONTADOS DIGNOS DE GANHAR aquele sistema de coisas e A RESSURREIÇÃO dentre os mortos”. (Lu 20:35) Não seria assim se todos os que morrem fossem ressuscitados.
Mas que dizer de Daniel 12:2? Prova esse texto que TODOS serão ressuscitados? Não! Note a fraseologia usada no texto: “E MUITOS [não diz “todos”] dos adormecidos no solo de pó acordarão, estes para a vida de duração indefinida e aqueles para vitupérios e para abominação de duração indefinida.”
Uma vez que a ressurreição é para os que têm oportunidade de se corrigir (Is 26:14; Lu 20:35), e uma vez que os ressuscitados serão julgados à base do que FIZEREM após sua ressurreição (Ro 6:7, 23; Re 20:12), esses “MUITOS” só podem ser pessoas com potencial de herdar a vida eterna na Terra. Então por que é que se diz que alguns “acordarão … para vitupérios e para abominação de duração indefinida”?
Evidentemente porque não aproveitarão a oportunidade que lhes será concedida. Mesmo nas melhores das condições, decidirão se rebelar contra a Soberania de Jeová. Como diz Isaías 26:10: “Ainda que se mostre favor ao iníquo, ele simplesmente não aprenderá a justiça. Na terra da direiteza ele agirá injustamente e não verá a alteza de Jeová.” Assim, a ressurreição de tais mostrará ter sido “para vitupérios e para abominação de duração indefinida”, uma vez que serão submetidos à “segunda morte” – a morte eterna. – Re 20:14, 15.
Anônimo disse…
Entendi! Muito obrigado pela explanação!
Foi muito esclarecedora.
Abraços!
Samuel
Saga disse…
A minha pergunta ali sobre figurações e realidade tem motivos válidos, afinal qualquer um poderia na hora pensar em replicar que se mesmo sendo uma figuração tem de ter uma realidade por trás, logo perguntaria qual a realidade por trás da Parábola do Lazaro e do Rico no Hades separados um posição de favor e consolo e outro em situação de maldição e angustia conversando. (Que sempre lembro também quando penso nela na expressão proverbio do Lucifer em Isaías 14 [vejam versos 3-23], onde os reis mortos conversam com "Lucifer" quando este cai no Seol [ler 9,10 e 15-18])

Também poderiam questionar qual a realidade por trás da visão profética das almas que clamam sob o altar do Apocalipse no capitulo 6 após a abertura do quinto selo [Ler do 9-11].
De fato, Saga, seus questionamentos sempre têm apresentado motivos válidos, e enriquecem as pesquisas sobre os variados temas postados neste blog. O fato é que existem diversas figuras e recursos de linguagem, como símile, metáfora, hipérbole, prosopopeia, pleonasmo, antítese, metonímia etc. O ponto alto é identificar as figuras usadas nas passagens bíblicas. No caso da parábola do rico e Lázaro, existem algumas considerações nesse respeito.

Conforme sabemos, o Seol-Hades (a sepultura comum da humanidade) é o lugar que se encontra no solo da terra, abaixo da superfície. (Núm 16:31-33; veja também o Apêndice da Tradução do Novo Mundo, p. 1514.) Assim, por semântica (estudo da evolução do sentido das palavras através do tempo e do espaço) Seol (Hades) passou a representar figuradamente uma condição de rebaixamento profundo. (Mt 11:23; Jó 11:7, 8; Estudo Perspicaz das Escrituras, volume 2, p. 278) Esse evidentemente é o sentido usado na referida parábola. Estudo Perspicaz (volume 2, p. 278) declara: “O ‘rico’ da parábola é mencionado como ‘enterrado’ no Hades, o que fornece evidência adicional de que o Hades refere-se à sepultura comum da humanidade”, mas, nessa parábola, o Hades é usado em sentido figurado – de condição de rebaixamento. Ou seja, há uma realidade – a sepultura comum da humanidade – usada em sentido figurado, como ocorre em Romanos 6:7, 23. O “rico” (pessoa de posição social plutocrática) é uma realidade neste sistema de coisas, usada para representar a opulenta e dominadora classe clerical dos judeus. (Lu 16:14, 15) “Lázaro” é um nome próprio real usados para humanos, que provavelmente é a forma grega do nome hebraico “Eleazar”, que significa “Deus Ajudou”. (Estudo Perspicaz, vol. 2, p. 666) Assim, a escolha, por parte de Jesus, desse nome para representar o povo comum oprimido e espiritualmente faminto pelo visto se deve a seu significado etimológico, para representar a ajuda dada por Deus mediante Cristo a esse povo. (Mt 9:36) A morte – um evento real – também foi usada em sentido ilustrativo, de mudança de condição. (Ef 2:1, 5) Portanto, a conversa envolvida na parábola, da parte do “rico”, é um claro exemplo de prosopopeia. Segundo o Dicionário Michaelis, prosopopeia é definida como “figura pela qual se atribui qualidade ou sensibilidade humana a um ser inanimado e se fazem falar as pessoas ausentes e até os mortos.” A mesma figura da prosopopeia se aplica à passagem de Isaías 14:3-23.

No caso das “almas” descritas em Revelação 6:9-11, sabemos que as palavras originais traduzidas por “alma” (hebraico né•fesh e grego psy•khé) significam primaria e diretamente um ser vivo (humano ou animal), que se move e que respira. (Gn 1:20; 2:7) Então, por semântica (ou afinidade de conceitos) a palavra também passou a significar a vida usufruída pela criatura, ou ser vivo respirante, a exemplo de Gênesis 35:18 e Mateus 16:25. (Veja a nota de rodapé na Almeida Corrigida sobre Mateus 16:25.) Uma vez que a vida é simbolizada pelo sangue, esses dois termos – “alma” e “sangue” – passaram a ter uso intercambiável. (Gn 9:4; Le 17:11) Visto que a passagem de Revelação, capítulo 6, menciona que tais “almas” se encontram “por baixo do altar” (versículo 9), o significado de “alma” nessa ocorrência tem a ver com o sangue, o qual era derramado “junto à base do altar” de sacrifícios. (Le 4:7) Por conseguinte, trata-se de outro uso de prosopopeia (personificação), como em Gênesis 4:10, onde Jeová declarou: “O sangue de teu irmão está clamando a mim desde o solo.” O altar (algo real) simboliza a morte sacrificial dos cristãos com esperança celestial. (Fil 3:10; 2:17) Tais cristãos foram perseguidos por “Babilônia, a Grande” – o império mundial da religião falsa , como descrito em Revelação 17:6: “E eu vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus.” Assim, é apropriado o quadro de o sangue (alma) de tais cristãos prosopopaicamente ‘gritando com voz alta’.


Anônimo disse…
Alguem pode desmistificar o que é o espirito nos humanos , pois nem mesmo o sábio salomão soube indicar o destino da força em movimento , estive pesquisando no livro raciocinios á base das escrituras e notei uma sutil evasiva , alguém aí pode tentar explicar eclesiastes 3:18-22 sem parágrafos grifados como ensina a torre?
Ec 3:18-22 mostra que tanto humanos como animais possuem “espírito”, ou força impessoal de vida sustentada pela respiração; e, nesse respeito, “há para eles o mesmo evento consequente. Como morre um, assim morre o outro”. Desse ângulo, “não há nenhuma superioridade do homem sobre o animal”. A diferença está na perspectiva de retornar a viver, algo prometido ao ser humano, feito à “imagem” e “semelhança” de Deus. (Gn 1:26) Pela observação humana, não é possível chegar a essa conclusão, mas pela inspirada Palavra de Deus é possível entender que ‘o espírito dos filhos da humanidade vai para cima’ no sentido de as perspectivas de uma futura ressurreição virem a repousar nas mãos de Deus. – Ec 12:7; Lu 23:46; Veja o artigo, neste blog, intitulado “Estudo sobre Pneumatologia – Parte 1”, no link http://oapologistadaverdade.blogspot.com.br/2012/08/estudo-sobre-pneumatologia-parte-1.html
Anônimo disse…
Na igreja que eu ia entre 1998 - 2001, a chamada "congregação crista no brasil"(CCB), dizia que o tal "tormento eterno" não era com as "supostas almas" num inferno de fogo após a morte, mas depois da ressurreição no lago de fogo e enxofre do livro de apocalipse, eles se baseiam também em 1 Coríntios 15:50-55 em que a carne e o sangue não herdarão os céus e que todos mortos inclusive os ímpios ressuscitarão com corpos eternos, com a diferença de que os salvos terão corpos incorruptíveis espirituais mas os ímpios ou melhor os não salvos com corpos eternos carnais "apenas para sofrerem" e a morte e a sepultura foram extintas, e quando digo ímpios ou não salvos me refiro não em pecadores mas até mesmo um "batizado e aceitado" Jesus como salvador e por essa igreja dizer que é a "certa a única que salva" não importa, as pessoas de outra denominações também irão para o "tormento eterno". Essas coisas me fez desanimar dessa "igreja" e sempre me colocava na pele de um perdido e pensava como um "deus" falar que é bondoso criar um local para a maioria da humanidade só para sofrem bilhões e bilhões de anos, mas a única coisa que me dava o alívio é quando diz que o lago de fogo é a "segunda morte". Nunca a CCB usa Romanos 6:7,23 para dizer que o pecado é pago com a morte. Quando conheci os ensinamentos das Testemunhas de Jeová, nesse assunto vi que no lugar de tormento ou castigo eterno em Mateus 25:46 a palavra que seria "tormento" seria basanízo ou basanos em grego, mas a palavra ali em grego é "kólasin" que tem sentido de "Cortar" ,"decepar", "punir", no correto é dizer nesse texto de Mt 25:46 é que o "destino dos ímpios" não seria o tormento eterno mas a "Decepação" ou "corte da vida para sempre". E com as TJ aprendi que Deus mesmo disse que nem mesmo teria "prazer na morte dos ímpios"-Ezequiel 18:23 e 33:11 ;então para que crer em tormento eterno ? ; e que o lago de fogo é apenas simbólico (Apo.20:14 e 19:20). Isaías 26:9,10 diz que a segunda ressurreição é para nova oportunidade, como diz também Rm 6:7,23 da absolvição do pecado, mas se recusarem serão mortos definitivamente na segunda morte como diz os versos de Isaías 26:13,14. Para as testemunhas os terríveis pecadores não irão nem ressuscitar como diz Daniel 12:2 que diz “MUITOS” mas isso quer dizer que não é “todos” que irão ressuscitar, no plano divino só irão ressuscitar os justos e injusto João 5:28,29 mas não se fala de ímpios, os injustos da segunda ressurreição se levantariam não para serem condenados como diz a a má tradução: ressurreição da condenação,pois no original grego é ressurreição de “julgamento”. Os ímpios que não serão ressuscitados estão na geena (destruição eterna)mas os que estão no hades tem esperança de ressurreição.
Unknown disse…
Parabens Vladimir pelo seu interesse em assuntos espirituais. Me lembro que no inicio das minha s pesquisas como cristao aprendi que os mortos irao ressucitar dai no ministerio de campo com alegria pregava pra todo mundo que seus entes queridos falecidos irao ressucitar, mas uma vez meditando no salmo 1;5 que diz " ...OS INIQUOS NAO SE LEVANTARAO NO JULGAMENTO''..., pude observar que nem todos que morrem vao ser ressucitados mas sim apenas os justos
Ok. Romanos 6,7 é uma frase abreviada.
Veja o verso 8 que mostra esse fato, Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos,
Romanos 6:8 ARA
Aquele que morreu com Cristo foi perdoado. Não tem mais culpa.
Unknown disse…
Esse comentário exegético é tão verdadeiro quanto o nome de Deus ser JEOVÁ

MAIS LIDOS

“Sinal dos pregos” no corpo de Jesus – o que indica?

Por que a ressurreição de Lázaro ocorreu no 4.º dia e a ressurreição de Jesus ocorreu no 3.º dia?

O que é Lilith em Isaías 34:14?

Diferença entre “criar” e “fazer”

O espírito volta a Deus – em que sentido? (Eclesiastes 12:7)

Quem são as “outras ovelhas”?

DIREITO OU “USURPAÇÃO”? (Filipenses 2:6)

Refutando acusações apóstatas (Parte 1)

Quanto tempo durou a escravidão dos israelitas no Egito?

O Faraó do Egito teve relações sexuais com a esposa de Abraão?